CELULAR X CÂNCER

OMS anuncia que celular pode aumentar risco de câncer

A radiação de telefones celulares pode causar câncer, anunciou a OMS (Organização Mundial de Saúde) nesta terça-feira.

A agência lista o uso do telefone móvel como “possivelmente cancerígeno”, mesma categoria do chumbo, escapamento de motor de carro e clorofórmio. A informação foi publicada no site CNN Health.

Antes do anúncio de hoje, a OMS havia garantido aos consumidores que a radiação não tinha sido relacionada a nenhum efeito nocivo à saúde.

Uma equipe de 31 cientistas de 14 países, incluindo Estados Unidos, tomou a decisão depois de analisar estudos revisados por especialistas sobre a segurança de telefones celulares.

A equipe encontrou provas suficientes para classificar a exposição pessoal como “possivelmente cancerígena para os seres humanos.”

Isto significa que não existem estudos suficientes a longo prazo para concluir se a radiação dos telefones celulares é segura, mas há dados suficientes que mostram uma possível conexão, e que os consumidores devem ser alertados.

O tipo de radiação que sai de um telefone celular é chamado de não-ionizante. Não é como um raio-X, mas mais como um forno de micro-ondas de baixa potência.

“O que a radiação do micro-ondas faz, em termos mais simples, é semelhante ao que acontece aos alimentos no micro-ondas: cozinha o cérebro”, disse Keith Black ao site da CNN, neurologista do Centro Médico Cedars-Sinai, em Los Angeles.

A OMS classifica os fatores do ambiente em quatro grupos:

1 - cancerígenos ou causadores de câncer para o homem;

2 - possivelmente cancerígeno para os seres humanos;

3 - não classificados quanto ao risco de câncer para o homem;

4 - e provavelmente não cancerígeno para os seres humanos.

O anúncio foi feito do escritório da OMS em Lyon, na França, após o número crescente de pedidos de cautela sobre o risco potencial da radiação do celular.

A Agência Europeia do Ambiente pediu mais estudos, dizendo que os telefones celulares podem ser tão nocivos para a saúde pública quanto o tabagismo, o amianto e a gasolina.

O líder de um instituto de pesquisa do câncer da Universidade de Pittsburgh enviou um memorando a todos os funcionários, pedindo a diminuição do uso do celular por causa de um possível risco de câncer.

A indústria de telefonia celular afirma que não há provas conclusivas de que a radiação dos aparelhos cause impacto sobre a saúde dos usuários.

O anúncio de hoje pode ser um divisor de águas para as normas de segurança. Os governos costumam usar a lista da Organização Mundial de classificação de risco cancerígeno como orientação para as recomendações de regulamentação ou ações

OPINIÃO DA BLOGUEIRA

Já li vários textos sobre esse assunto. E num dos textos que li, especialistas afirmavam que a radiação emitida pelo aparelho lesa a saúde, e que se você segura perto da cabeça ou do corpo, há muitos riscos de danos. Todos os celulares têm alerta sobre esse assunto.

Por isso, acho que esse tipo de informação não deve ser descartada. Lembro das controvérsias sobre as pesquisas relacionadas ao fumo passivo e amianto. Atitudes só foram tomadas depois de provas incontestáveis do sério dano causado a saúde.

Se não se tem provas concretas nesse momento, é necessário que autoridades no assunto entendam que, há grave ameaça neste sentido, e, por isso, tem obrigação de fazer algo a respeito.

Esperar mais provas é esperar que seres humanos morram para constatar tal fato. Não seria mais prudente prevenir do que remediar???

Postei anteriormente uma pesquisa que mostra que a radiação enfraquece o esperma. Homens que usam celulares por quatro horas ao dia têm a metade da contagem de esperma em relação aos demais.

Eu fico me perguntando. Se no adulto causa esse dano e outros mais que ainda não foram divulgados, imaginem numa criança? Deve ser uma bomba-relógio.

Sabia que na França é ilegal vender celular voltado para crianças?

Enquanto os cadáveres não aparecem para que autoridades no assunto tomem providencias, o que temos a fazer é usá-lo de forma mais inteligente. Longe do nosso corpo o maior espaço de tempo possível.