Tuas raízes já não tem mais nada nos seios
Tuas folhas foram embora levadas pela
ventaniaTeus galhos estão secos, solitários...
Nada mais atende aos teus anseios
Tuas irmãs te olham ao longe
Ao mesmo tempo com a mesma agoniaO vento do teu nordeste é forte
Arrasta consigo o que não mais tem serventia
Porque o homem não te levou?
Não usou o mesmo machado?Te deixou morrendo aos poucos
Sofrendo nesse descampado
Hoje te vejo gritar
Inerte pedindo clemênciaE o homem que ai te deixou
Já perdeu sua decência
O transporte cortando a estrada
Vou deixando-te para traz
E sigo minha jornada
E essa dor que não passa
A mim... humana revolta
Em saber que tenho culpa
De toda essa desgraça
Cinzento é o teu lar
A fedentina que gira
Em torno de tí... árvore minha
Que ora é o que respira
Como posso ficar inerte
Diante de tanto fracassoVer cemitério metro a metro
Estrada afora tanto descaso
Os que ainda respiram não andam
Amarrados de cordas por baixo
Pois se soltos, desandam
O respeito também não há
Por parte dos governantes
Que só lembra de nordestino
Somente para ele votar
Choro choro e sofro
Com tudo isso que vejo
Acorda Brasil... Acorda meu povo.
Está na hora de acordar...
Rosélia Santos
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