De acordo com uma pesquisa americana
divulgada nesta quarta-feira (9), o exame de papanicolau, que é um exame de
rotina que as mulheres devem se submeter a cada um ou dois anos para detectar o
câncer de colo do útero, pode ajudar a identificar outros tipos de câncer.
O novo exame utilizaria o fluido extraído do
colo do útero para examinar a presença de determinadas mutações específicas do
câncer. Desta forma, os cientistas esperam identificar o câncer de ovário e de
útero, dois dos carcinomas mais comuns e mortais que, até o momento, não eram
detectados em um exame de rotina.
Atualmente, o papanicolau detecta apenas o
vírus do papiloma humano (HPV) e o câncer do cólo do útero. No estudo piloto, o
exame foi capaz de detectar com precisão 24 tipos de câncer de endométrio, com
uma taxa de êxito de 100%, de acordo com os resultados publicados na
quarta-feira na revista “Science Translational Medicine”.
O exame também encontrou nove dos 22 tipos de
cânceres de ovário, uma taxa de sucesso de 41%, durante o estudo piloto. E, em
nenhum caso, as mulheres saudáveis do grupo de controle foram diagnosticadas
com câncer.
Os cientistas advertiram, contudo, que o novo
estudo deve ser testado em um grupo muito maior antes de ser colocado à
disposição do público. Mas consideram que o exame pode ser uma ferramenta
poderosa na luta contra o câncer de ovário e câncer endometrial.
O câncer de ovário provoca mais mortes do que
qualquer outro câncer do sistema reprodutivo feminino, de acordo com a agência
de saúde CDC, acrescentando que o tratamento é mais eficaz quando detectado em
seus estágios iniciais.
O câncer de endométrio é o mais comumente
diagnosticado, de acordo com o CDC, e também é melhor tratado quando
diagnosticado precocemente. De acordo com especialistas, o preço do exame pode
ser semelhante ao exame do vírus HPV, que custa nos Estados Unidos cerca de US$
100.
A cada ano, cerca de 70.000 mulheres
americanas são diagnosticadas com câncer de ovário ou câncer de endométrio, e
cerca de um terço delas morre disso, indicaram os autores do estudo.
Fonte: http://g1.globo.com/
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