Um tratamento novo
e diferente contra o câncer usa terapia genética para induzir uma resposta
imunológica de combate cuja intensidade pode ser controlada com comprimidos. A
combinação pode ajudar a adequar o tratamento à resposta individual de cada
paciente.
O tratamento usa
células do próprio paciente, ou células cancerígenas, para produzir cópias
extras de uma molécula natural, que é como um hormônio, chamada interleucina 12
(IL-12), que regula as respostas imunológicas antitumorais. A Ziopharm Oncology
anunciou semana passada um estudo clínico para o tratamento de pacientes com
câncer de mama. A empresa já está testando a substância em pacientes com
melanoma.
Muitos
pesquisadores exploraram os métodos que aumentam a resposta natural usada pelo
organismo para detectar e atacar células cancerígenas. O controle dessas
células destruidoras do sistema imunológico às vezes pode ser um desafio para
os pesquisadores. Nos anos 90, pacientes com câncer receberam a IL-12 em um
estudo clínico e morreram por causa de seus efeitos colaterais tóxicos.
“A IL-12 é um
regulador do sistema imunológico muito potente, que pode produzir muitos
efeitos colaterais”, afirma Per Basse, médico-cientista da Faculdade de
Medicina da Universidade de Pittsburgh, e estudioso das células do sistema
imunológico e sua capacidade de combater o câncer. “Como clínico, eu gostaria
de conseguir ajustar para cima e para baixo [a medicação] e interromper o
processo caso a situação não pareça muito boa”, afirmou.
Com intuito de evitar os efeitos colaterais perigosos da IL-12, o método da Ziopharm foi desenvolvido para controlá-la usando uma combinação de terapia genética e medicamento de origem química. Para introduzir o gene da interleucina 12, um vírus é injetado no tumor. No início, ele não produz a IL-12 porque permanece inativo. Para ativá-lo, o paciente precisa tomar um comprimido que fornece outra molécula.
Com intuito de evitar os efeitos colaterais perigosos da IL-12, o método da Ziopharm foi desenvolvido para controlá-la usando uma combinação de terapia genética e medicamento de origem química. Para introduzir o gene da interleucina 12, um vírus é injetado no tumor. No início, ele não produz a IL-12 porque permanece inativo. Para ativá-lo, o paciente precisa tomar um comprimido que fornece outra molécula.
O benefício está
em poder interromper o uso do medicamento caso o paciente comece a apresentar
efeitos colaterais nocivos. “É possível desistir caso o tratamento não dê certo”,
afirma o diretor-executivo da Ziopharm, Jonathan Lewis.
Uma versão do receptor que controla a descamação dos artrópodes (insetos, aranhas e crustáceos) modificada para determinar se o gene da interleucina 12 está ativo é o elemento fundamental desse método induzível. O gene desse receptor, que também é inserido no corpo por meio de vírus, está sempre ativo, mas a produção da proteína, ou expressão da Interleucina 12, é ativada pelo comprimido. O Ziopharm licenciou o método de controle da Intrexon para ser usado em seu tratamento oncológico.
Uma versão do receptor que controla a descamação dos artrópodes (insetos, aranhas e crustáceos) modificada para determinar se o gene da interleucina 12 está ativo é o elemento fundamental desse método induzível. O gene desse receptor, que também é inserido no corpo por meio de vírus, está sempre ativo, mas a produção da proteína, ou expressão da Interleucina 12, é ativada pelo comprimido. O Ziopharm licenciou o método de controle da Intrexon para ser usado em seu tratamento oncológico.
“A capacidade de
indução é uma grande ideia, mas o segredo está em conseguir alguma substância
que possa ser inserida no tumor”, afirma Ralph Weichselbaum, pesquisador de
tumores da Universidade de Chicago, que trabalhou em um tratamento contra o
câncer induzido por radiação. Atualmente, a Ziopharm injeta vírus com o gene
diretamente no tumor dos pacientes, mas Lewis diz que, no futuro, a empresa
pretende injetá-los nos músculos. “As células musculares são fábricas de
produção de proteínas extremamente eficazes”, afirma.
A introdução do
vírus em um único tumor gera efeitos sobre outros tumores tanto em animais de
laboratório como em humanos. Em estudos com animais, o tumor que recebe a
injeção fica maior no início, devido ao acúmulo de células do sistema
imunológico causado pela reação à Interleucina 12. “Em seguida, ele fica menor
e desaparece”, afirma Lewis. Isso também ocorre com os tumores que não
receberam a injeção: eles crescem, depois encolhem e desaparecem. “Estamos
observando a mesma reação em pessoas”, afirma Lewis.
Esse método poderá ser usado no futuro para fornecer diversos tratamentos genéticos ao mesmo tempo, afirma Lewis. “Com uma injeção, seria possível controlar três ou quatro proteínas destruidoras de câncer de modos diferentes”.
Esse método poderá ser usado no futuro para fornecer diversos tratamentos genéticos ao mesmo tempo, afirma Lewis. “Com uma injeção, seria possível controlar três ou quatro proteínas destruidoras de câncer de modos diferentes”.
Fonte: New York Times
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