O “Financial Times”
jornal britânico afirma que no Congresso brasileiro “a raposa está
frequentemente cuidando do galinheiro”.
Entre as supostas “'raposas”'
citadas pelo diário, estão o deputado Marcos Feliciano, que preside a Comissão
de Direitos Humanos do Congresso e é acusado de fazer uma série de comentários
racistas e homofóbicos, o novo presidente da Comissão de Finanças e Tributação
(PSC-SP), João Magalhães (PMDB-MG), que responde a processo no STF sob suspeita
de corrupção, os petistas José Genoino e João Paulo Cunha, condenados no
processo do mensalão e que integram a Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania e Blairo Maggi (PR-MT), atual líder da Comissão do Senado para o Meio
Ambiente e um dos maiores produtores mundiais de soja.
Segundo o jornal,
o Congresso “é refém de diversos grupos de interesse que podem mudar suas
alianças a qualquer momento”.
De acordo com o “Financial
Times”, as comissões brasileiras, ainda que sem dispor de um poder remotamente
comparável ao das comissões do Congresso americano, “'são simbólicas dos
poderosos grupos de interesse que atuam na política brasileira, comuns a todos
os partidos”.
É por esse motivo,
acrescenta o jornal, “que os presidentes brasileiros normalmente tentam incluir
o máximo possível de partidos em seus ministérios”.
Mas o diário
comenta que, ainda assim, a presidente Dilma Rousseff não consegue assegurar “a
lealdade do Congresso”.
O diário lista
como derrotas da presidente no Congresso, a tentativa de aprovar um ‘Código
Florestal mais simpático ao meio ambiente”', que acabou sendo frustrada pelo
bloco ruralista, e a “'batalha que ela perdeu”' pela distribuição igualitária
de royalties do petróleo entre os Estados, com “os congressistas votando de
acordo com suas interesses regionais”.
DA BBC BRASIL
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Bjussss Rosélia Santos.