Você tem certeza
de que já chegou a um orgasmo? Parece uma pergunta óbvia, mas muitas mulheres
não sabem se realmente alcançaram o clímax: uma pesquisa realizada pelo Projeto
Sexualidade (Prosex), da Universidade de São Paulo, revelou que 34,6% das
brasileiras sofrem com a falta de desejo sexual e 29,3% delas têm vida sexual
sem orgasmo.
De acordo com a
ginecologista e obstetra Erica Mantelli, durante o orgasmo a mulher tem uma grande sensação de prazer físico. “A
lubrificação da vagina e a musculatura da pélvis apresentam contrações rítmicas
e involuntárias - algumas mulheres sentem contrações fortes e outras, mais
suaves”, explica. Esse momento não dura mais do que alguns segundos, mas é
arrebatador e dá para saber que aconteceu - o corpo ficará relaxado depois,
como se estivesse anestesiado. Se você tem dificuldades de chegar a esse
clímax, confira a seguir dez dos principais motivos apontados por
especialistas.
FICAR DISPERSA DURANTE O SEXO
Pode até parecer que você não está
interessada no momento, mas há grandes chances de a culpa ser do excesso de estresse e preocupações que bloqueiam
o relaxamento. A ginecologista e obstetra Erica Mantelli conta que os fatores
psicológicos que interferem na relação são até mais importantes que os físicos
para a mulher. “Ela precisa estar 100% focada na relação sexual para conseguir
identificar em seu corpo os locais onde mais sente prazer”, afirma a médica. “A
mulher depende de estímulos sonoros e táteis, diferente do homem que é excitado
mais facilmente - muitas vezes apenas com estímulo visual”, afirma. Procure
tomar um banho, ouvir uma música ou fazer uma massagem para ficar mais
relaxada.
APEGO AOS TABUS
A psicoterapeuta Evelyn Vinocur
explica que a educação rígida gera crenças falsas em relação ao sexo oposto,
sexualidade, masturbação e orgasmo. “Muitas mulheres que acreditam nisso se
sentem culpadas, ficam preocupadas demais e não conseguem chegar ao orgasmo”,
diz. Procurar um psicólogo, nesses casos, pode ser uma ótima forma de trabalhar
com o medo e a tensão.
SÓ COM A LUZ APAGADA...
Sentir vergonha do corpo a ponto de
se preocupar na hora da relação sexual interfere no seu prazer. A psicóloga
Janaína Reis explica que a mulher com autoestima baixa tende a não se sentir à
vontade para explorar o corpo por meio de toques e carícias para descobrir os
pontos de prazer. “A masturbação é uma das principais formas de alcançar o
autoconhecimento sexual”, diz. Se a mulher não se sente segura e não sabe como
ter prazer, pode ter dificuldade em atingir o orgasmo tanto sozinha quanto com
o parceiro - já que não consegue guiá-lo ou expressar de que forma sente mais
prazer.
A psicoterapeuta Evelyn lembra outro problema da autoestima baixa: o fingimento. “Por medo de não agradar o parceiro, a mulher finge que chegou ao orgasmo quando, na verdade, não sente”, afirma a profissional. “Nesses casos, recomendo uma terapia breve para incentivar a mulher a ultrapassar esse bloqueio em relação ao corpo”.
A psicoterapeuta Evelyn lembra outro problema da autoestima baixa: o fingimento. “Por medo de não agradar o parceiro, a mulher finge que chegou ao orgasmo quando, na verdade, não sente”, afirma a profissional. “Nesses casos, recomendo uma terapia breve para incentivar a mulher a ultrapassar esse bloqueio em relação ao corpo”.
FALTA DE ATRAÇÃO
Se você sente que o seu parceiro não
a atrai sexualmente, as especialistas recomendam fazer uma reflexão: você já
sentiu desejo antes com esse parceiro? Segundo Janaína Reis, é preciso
identificar qual disfunção sexual a mulher apresenta: desejo sexual hipoativo
(a falta de vontade de fazer sexo, frigidez) ou anorgasmia (incapacidade de
chegar ao orgasmo mesmo com excitação).
Se for o primeiro caso, talvez seja
preciso rever os motivos que a levou a ter um relacionamento amoroso com o seu
parceiro ou os fatores que estão interferindo na atração física, pode ser até
rancor do marido. “É importante buscar ajuda com um terapeuta sexual”,
recomenda Janaína.
MEDO DE NÃO CONSEGUIR
A expectativa de querer chegar ao
orgasmo pode causar o efeito inverso: deixar você ainda mais longe do clímax. “Quando
a mulher vivencia o relacionamento sexual preocupada tanto com o seu desempenho
como com o objetivo de atingir o orgasmo, ela pode deixar de se entregar às
sensações prazerosas do encontro sexual”, explica Janaína Reis. Se você sentir
que não consegue controlar essa ansiedade,
converse com um psicólogo.
FADIGA
Há diversas causas por trás da
fadiga, desde a correria do dia a dia até problemas de saúde, como alteração
hormonal, hipertensão e fadiga crônica. “Mulheres com fadiga
podem perder o interesse pelas relações sexuais e iniciá-las apenas para
agradar o parceiro, sem conseguir aproveitar o momento e chegar ao orgasmo”,
explica a psicóloga Janaína. O excesso de cansaço pode ser reflexo da rotina
agitada, mas se você sentir que está sonolenta e indisposta demais, converse
com um médico.
SAÚDE DEBILITADA
Há uma infinidade de doenças e
problemas de saúde que podem interferir na libido e no orgasmo feminino.
Confira os principais, apontados pela ginecologista Érica:
a) Infecções vaginais e doenças no
colo do útero, que podem gerar desconforto na penetração e dor durante a
relação, prejudicando a lubrificação e interferindo no prazer sexual;
b)Doenças como diabetes e alterações hormonais, que
diminuem o estímulo causado na zona erógena (zona de maior prazer), reduzindo
também a sensibilidade da mulher e a condução do estimulo através de nervos que
mandam mensagem ao cérebro;
c)Doenças psiquiátricas, estresse e
ansiedade, que prejudicam os pensamentos
da mulher, atrapalhando seu relaxamento e impedindo que chegue facilmente ao
clímax;
d)Uso abusivo de drogas e álcool, que
causam repercussões negativas na relação sexual, dificultando e até impedindo a
chegada ao orgasmo.
MEDICAMENTOS
Alguns medicamentos inibem a libido,
ou seja, a vontade sexual: antidepressivos, diuréticos, medicação para úlcera
gástrica e anticoncepcionais. “Os anticoncepcionais
inibem a ovulação e, com isso, diminuem a libido”, explica Érica Mantelli. Já
os outros medicamentos atuam no sistema nervoso central, diminuindo o hormônio
responsável pelo prazer.
CICLO MENSTRUAL
O prazer sexual pode variar de acordo
com o seu ciclo. “Na semana da menstruação, a sua libido pode ficar maior
devido aos altos níveis hormonais, principalmente estrógeno e testosterona”, conta a ginecologista
Erica. Com o aumento de circulação sanguínea na região da pélvis, o clitóris
também fica mais sensível e é mais fácil chegar ao orgasmo.
Uma semana após a menstruação, os
níveis hormonais continuam altos e o seu corpo começa a se preparar para a
ovulação - que ocorre aproximadamente 14 dias após a menstruação. “Nesse
período, a lubrificação vaginal está maior, favorecendo a penetração e trazendo
mais conforto à mulher, que fica mais relaxada para ter orgasmos”, afirma a
médica.
No meio do ciclo, ocorre a ovulação e pode ser um período doloroso para a mulher, menos favorável à relação sexual. Já na semana que antecede a menstruação, há queda da libido e TPM, sendo uma fase bem mais difícil de chegar ao orgasmo. “Vale lembrar que é preciso respeitar esse tempo se não houver possibilidade de manter relações sexuais - afinal, dura apenas alguns dias”, afirma Erica.
No meio do ciclo, ocorre a ovulação e pode ser um período doloroso para a mulher, menos favorável à relação sexual. Já na semana que antecede a menstruação, há queda da libido e TPM, sendo uma fase bem mais difícil de chegar ao orgasmo. “Vale lembrar que é preciso respeitar esse tempo se não houver possibilidade de manter relações sexuais - afinal, dura apenas alguns dias”, afirma Erica.
TRAUMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL
Mulheres que já foram vítimas de
violência sexual necessitam de acompanhamento médico de rotina, com suporte
psicológico e orientação sexual. “Não tenha medo ou vergonha de falar sobre o
que aconteceu e converse com o seu ginecologista”, recomenda Erica Mantelli.
Ela explica que, em vez de relaxar e aproveitar a relação sexual, a mulher pode
relembrar cenas tristes que aconteceram, interferindo na libido. O apoio
profissional irá minimizar esses traumas e preparar a mulher para uma vida
sexual saudável.
Fonte:msn.minhavida.com.br/
Por Letícia
Gonçalves
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