Nesta quarta-feira, cientistas afirmaram que um vírus
novo e mortal que matou 11 dos 17 pacientes que se tratavam dele no Oriente
Médio e na Grã-Bretanha parece provocar uma infecção profunda nos pulmões.
Seis macacos utilizados em pesquisas e infectados
com o novo coronavírus humano desenvolveram rapidamente pneumonia, alertaram
especialistas dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos em carta
publicada no New England Journal of Medicine.
Após serem expostos a amostras do vírus, os macacos
rhesus adoeceram em 24 horas e os sintomas incluíram febre alta, falta de
apetite, tosse e respiração rápida. As doenças dos macacos parecem durar alguns
dias antes que os sintomas clínicos desapareçam. Depois de praticar eutanásia
nos macacos, os cientistas descobriram lesões avermelhadas e áreas roxas mais
escuras de inflamação pulmonar nos pulmões dos animais.
“Vimos que ele se replica dentro dos pulmões dos
macacos, o que potencialmente poderia explicar melhor a doença em humanos”,
explicou por telefone à AFP o cientista Vincent Munster, dos Laboratórios de
Doenças Infecciosas das Montanhas Rochosas, vinculados aos Institutos Nacionais
de Saúde (NIH), em Montana. “Isto explica em parte porque este vírus poderia
ser potencialmente fatal. Caso se replique dentro dos pulmões, pode acabar
destruindo a habilidade pulmonar de captar oxigênio e eventualmente causar uma
doença severa”, acrescentou Munster.
Falência dos rins tem sido vista em pessoas
falecidas pela doença, que foi detectada pela primeira vez no ano passado.
A pesquisa com animais é um “primeiro passo para
saber o que o vírus faz nos humanos” e poderá ajudar os especialistas a reduzir
as estratégias de vacinação e opções antivirais para intervenção, afirmou à
AFP.
A carta ao New England Journal of Medicine é a
primeira a descrever uma pesquisa animal feita sobre o vírus. Segundo Munster,
as tentativas anteriores para estudá-lo em hamsters foram de pouca utilidade.
Mas ainda há muitas perguntas sobre o vírus, que se
parece ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), surgida no sudeste da
Ásia há uma década - e a gripe aviária na forma como afeta os pulmões.
Formalmente a doença é chamada hCoV-EMC/2012 de
coronarívus humano do Centro Médico Erasmus, nome herdado da instituição de
saúde holandesa que o identificou.
Segundo Munster, a amostra viral fornecida aos
cientistas no laboratório das Montanhas Rochosas pelo instituto holandês para a
pesquisa com macacos não parece causar a forma severa da doença que foi
observada em humanos.
Isto poderia indicar que há casos mais brandos em
circulação entre humanos ou poderia refletir uma diferença na forma como
primatas e humanos reagem à infecção.
A pesquisa atual limitou-se a estudar casos em
pessoas que foram hospitalizadas com a forma severa da doença.
A Organização Mundial da Saúde reportou no fim de
março que um homem de 73 anos dos Emirados Árabes Unidos foi a 11ª vítima fatal
deste novo coronavírus. A OMS documentou um total de 17 casos da doença em todo
o mundo.
Fonte: yahoo.com
SARS:
Síndrome Respiratória Aguda Grave
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