Médicos na Europa e nos EUA alertam para a
proliferação de uma “supergonorreia”, ou seja, uma bactéria causadora da doença
que é resistente a antibióticos e pode se transformar em uma doença “pior que a
Aids”.
Esta nova cepa da doença, chamada de HO41,
foi descoberta no Japão há dois anos em uma prostituta de 31 anos. A superbactéria
já foi encontrada, depois, no Havaí, na Califórnia e na Noruega fazendo a OMS
emitir um alerta no ano passado.
Em entrevista à CNBC, o médico Alan Christianson, criador de
um centro de medicina integrativa nos EUA, diz que a “supergonorreia” pode ser
pior que a Aids por se mais agressiva e ter o potencial de afetar um número
maior de pessoas rapidamente.
Contrair essa cepa de gonorreia pode levar a
pessoa a ter infecção generalizada e morrer em poucos dias, segundo o médico.
No mês passado, o
diretor executivo da Coalisão Nacional de DSTs dos EUA, William Smith,
enfatizou ao congresso americano a urgência em aprovar o investimento de US$ 54
milhões na pesquisa por um antibiótico capaz de conter o H041 e em campanhas
educacionais.
Apesar de a superbactéria ainda não ter
causado nenhuma morte, os especialistas reforçam que a prevenção é fundamental
- as pessoas devem praticar sexo seguro e fazer exames regularmente.
Pela forma como a gonorreia age, nem todo mundo sabe que tem a doença. “E, com essa nova
cepa, é mais importante do que nunca que as pessoas descubram se estão
infectadas”, alerta Christianson.
Se não for tratada, a gonorreia pode levar a
complicações como doença inflamatória pélvica, infertilidade e infecções. Além
disso, as lesões provocadas pela doença aumentam o risco de contrair o HIV,
vírus da Aids.
A gonorreia é mais comum em jovens de 15 a 24
anos e pode ser transmitida por sexo oral. A doença tornou-se curável em 1940,
com a descoberta da penicilina e de outros antibióticos. Mas o uso incorreto e
abusivo desses medicamentos está levando ao desenvolvimento de bactérias
resistentes.
Vários Estados norte-americanos têm
vivenciado um aumento dos casos de gonorreia. No Brasil, há mais de 1,5 milhão
de pessoas com a doença, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde.
uol.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita!
Fique a vontade e volte quando quiser.
Deixe seu comentário no quadro abaixo.
Bjussss Rosélia Santos.