O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a necessidade de
uma reforma política no País. Em palestra nesta terça-feira, 22, para cerca de
400 líderes sindicais ligados à Federação dos Químicos, na Praia Grande (SP),
Lula disse que a política “está
desmoralizada”. “Eu diria até
apodrecida”, afirmou, ressaltando que o Brasil não pode permitir que se
criem partidos de aluguel.
Lula
defendeu a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição, argumentando
que ainda há muito a ser feito. “Não me contento com o que a gente fez, numa
escala de dez degraus, subimos só dois”, afirmou em palestra no 8º Congresso da
Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado
de São Paulo (Fequimfar).
Segundo
Lula, agora é o momento de pensar “o que queremos ser daqui para frente”. “Não
existe a possibilidade de esse País não ir pra frente, de ter retrocesso”,
afirmou. “Precisamos levantar a cabeça e fazer reflexão profunda. O País tem
que continuar andando para frente”.
O
ex-presidente aproveitou seu discurso para defender a política econômica do
governo petista, mas admitiu que o crescimento do País é modesto. “É verdade
que economia não está crescendo tanto, eu gostaria que estivesse crescendo 4%,
5%”, disse. “Mas o comércio do mundo diminuiu, a China, que crescia 14%, está
crescendo 7%”, completou.
Lula
alfinetou, na fala, os “países ricos” e disse que a crise mundial aconteceu “no
coração” deles. “(Países ricos) Poderiam ter humildade e perguntar para nós que
nós ensinamos (como sair da crise)”, afirmou. Segundo ele, o governo Dilma
Rousseff está atento e não deixará a inflação fugir da meta e que ela está
assim “há doze anos”. “Quem já viveu inflação como nós não quer que ela volte.
Se tem alguém que perde com a inflação é quem vive de salário”, afirmou. “É por
isso que a Dilma cuida disso (controle da inflação)”.
A
Fequimfar, que é ligada à Força Sindical, apoiou Lula e Dilma nas últimas
eleições. Este ano, no entanto, ainda não há uma definição, mas a diretoria da
Força declarou apoio ao candidato Aécio Neves (PSDB). A entidade representa
mais de 180 mil trabalhadores.
Um
dos objetivos da presença de Lula é tentar costurar o apoio da Fequimfar à
candidata e atual presidente Dilma Rousseff. Os dirigentes da Força costumam
ressaltar que a entidade é pluripartidária e já há registro de dissidentes que
não estão com o candidato tucano.
Além
de Lula, estão presentes no evento o prefeito de São Bernardo e coordenador da
campanha de Dilma em São Paulo, Luiz Marinho, o secretário-geral da Força
Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, e o presidente da CUT, Vagner
Freitas.
Fonte: msn.com
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