O bailarino campinense Iure de Castro, aos 22
anos, comemora os resultados alcançados na carreira que começou quando ele
ainda tinha 12 anos. Abril, mês em que se comemora o Dia Internacional da
Dança, Iure falou com o Departamento de Comunicação do Teatro Municipal
Severino Cabral, em campina Grande, onde falou sobre a trajetória.
Ele conta que no início, participou de testes
seletivos feitos em escolas públicas da Paraíba e assim surgiu a chance de
estudar na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, cuja única sede fora da Rússia
encontra-se na cidade de Joinville, Santa Catarina.
Com apenas 12 anos, mas cheio de sonhos, o
menino passou oito anos em Joinville estudando e crescendo profissionalmente na
área. No ano da formatura, a escola recebeu a visita de Peter Breuer, diretor
da companhia de Salzburg Landestheater na Áustria. Peter ministrou algumas
aulas na escola e contratou Iure de Castro para trabalhar na companhia dele,
onde o jovem está até hoje.
O bailarino fala que na Escola do Teatro
Bolshoi, no Brasil, teve aulas de dança clássica e contemporânea, e hoje, na
atual companhia dança clássico, neoclássico, contemporâneo e dança moderna.
Perguntado sobre como enxerga o incentivo à
dança em Campina Grande e região, Iure falou que como bailarino vê que a cidade
possui crianças talentosas e com grandes possibilidades, mas não tem incentivo
suficiente para fazer com que as pessoas acreditem que a arte, incluindo a
dança, possa ser uma profissão.
“Precisa-se de profissionais capacitados para
transformar todos os talentos em grandes artistas prontos para o mundo do
trabalho”, declarou.
O jovem talento diz que o mais importante na
escolha foi o apoio da família. “Com certeza foi difícil para eles quando
precisei sair tão novo de casa para o outro lado do país, mas eles sabiam que
era uma grande oportunidade para o meu futuro”.
Sobre a dança, ele diz que ela lhe
proporcionou uma profissão que lhe oportunizou conhecer muitos lugares dentro e
fora do país e abriu a cabeça para o mundo da arte, fazendo com que ele tenha
uma grande bagagem cultural que não seria possível adquirir de outra forma.
“Pude conhecer uma grande parte do Brasil, a Áustria onde trabalho atualmente,
Alemanha, Bósnia e Suíça; sou muito feliz”.
Para os que estão começando Iure de Castro
manda um recado. “Não é uma carreira fácil, é preciso muita determinação
disciplina e um pouco de sorte, mas se persistir em seu sonho, a dança pode te
trazer prazeres maravilhosos que nenhuma outra profissão é capaz. Desejo sorte
e coragem para todos aqueles que querem isso para sua vida”, finaliza.
Portalcorreio.com
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