"EU ABRI A PORTA E ELA DISSE QUE IA ME MATAR”
“Você é o Satanás
e eu vou te matar”.
Assim começou o
pesadelo de Laura P., de 73 anos, no último dia 11. Após abrir a porta de seu
apartamento, ela ouviu a ameaça de sua vizinha, a travesti Verônica Bolina, de
25 anos, e começou a ser espancada.
Dona Laura recebeu
a reportagem do R7 em
casa neste sábado (18), no bairro da Bela Vista, em São Paulo. Uma semana
após a agressão, marcas de sangue ainda mancham as paredes do andar onde ela
mora.
O caso ficou
conhecido depois que a travesti foi presa e arrancou a orelha de um carcereiro,
teve fotos divulgadas em que
aparece sem blusa e com o rosto machucado, o que levantou denúncia
de entidades que defendem os direitos humanos.
Laura está com o
nariz e um braço quebrados, várias marcas roxas pelo corpo, ligamentos das
pernas rompidos e dezenas de pontos no couro cabeludo, após passar por uma
cirurgia para tratar um traumatismo craniano. Ela ainda perdeu todos os dentes
da parte superior da boca.
Desde então, ela
só consegue ficar sentada, única posição que encontrou para dormir.
Segundo Dona
Laura, ela estava trabalhando no sofá de casa quando Verônica, que mora no
mesmo andar, bateu à porta.
- Eu estava
sentada trabalhando quando ele bateu na porta. Ele disse “você é o Satanás e
vou te matar”. Depois começou a me dar socos.
Uma outra travesti
que mora no mesmo andar, conhecida como Beatriz, foi quem entrou no apartamento
para ajudar a idosa. Segundo o boletim de ocorrência, ela também apanhou de
Verônica, assim como uma terceira vizinha, Lívia.
Laura conta que,
no momento em que a Beatriz interviu na briga, as duas saíram do apartamento. A
idosa então trancou a porta, mas Verônica conseguiu arrombá-la para uma nova
agressão, dessa vez com mais violência.
Com uma bengala
nas mãos, Verônica quebrou diversos móveis e objetos do flat. Ela ainda teria
jogado uma cadeira contra Dona Laura.
- Se não fosse a
Bia, eu estaria morta. Ela salvou a minha vida. Eu nunca tive problema nenhum
com a Verônica, pelo contrário, todas as vezes que nos víamos pelo corredor nos
cumprimentávamos. Eu nunca reclamei de barulho e nunca briguei. Ele
simplesmente invadiu a minha casa e quase me matou.
Laura é corretora
de seguros e trabalha em casa, no flat onde vive há seis anos. Ela disse que
nunca se importou com os travestis e garotas de programa que moram e trabalham
no local.
- Eu nunca me
importei com o que fazem ou deixam de fazer. Minha vida se passa da minha porta
para dentro. Só que eu quero justiça, porque apanhei muito e por quase meia
hora.
O filho da idosa,
Augusto P., é quem está cuidando do processo e quem acompanhou os desdobramento
da prisão de Verônica - levada para o 2° DP, ela arrancou a orelha de um
carcereiro no local.
- Estamos
revoltados porque estão querendo transformar a Verônica em uma heroína. Ela
teve a dignidade tirada por estar no chão com os seios à mostra. Mas e minha
mãe? Eu quero justiça pelo que ele fez, independente se ele é travesti ou se
fosse homem, ou uma mulher. Outra travesti salvou a vida da minha mãe e devo
toda gratidão do mundo.
Outros moradores
do edifício disseram à reportagem, na condição de anonimato, que a violência de
Verônica foi causada por um surto por conta do uso de crack.
A reportagem também encontrou a mãe de Verônica, Marli Ferreira Alves Francisco, de 48 anos, que estava no local esvaziando o flat da filha. Ela disse que “minha filha está bem”, antes de avisar que não vai mais falar com a imprensa por orientação dos advogados.
R7.com
A reportagem também encontrou a mãe de Verônica, Marli Ferreira Alves Francisco, de 48 anos, que estava no local esvaziando o flat da filha. Ela disse que “minha filha está bem”, antes de avisar que não vai mais falar com a imprensa por orientação dos advogados.
Verônica foi
indiciada por tentativa de homicídio contra Laura, dano qualificado, desacato,
resistência e lesão corporal, além de tentativa de homicídio pela agressão
contra o carcereiro. Os inquéritos correm no 78 e 2° DP. Verônica foi
transferida para um presídio na sexta-feira (17).
Em nota, a
Secretaria de Segurança Pública informou que "ela foi ouvida na tarde
desta quarta-feira e confirmou que, quando estava detida em uma cela, expôs a
genitália e começou a se masturbar, o que provocou a revolta dos outros presos.
Para conter a situação, um carcereiro entrou na cela para retirá-la, quando Verônica
o atacou com uma mordida na orelha. O delegado esclarece que Verônica se
machucou durante esses confrontos".
O órgão afirmou
ainda que o caso será investigado pela corregedoria para apurar a conduta
dos policiais envolvidos na agressão contra Verônica. O caso ganhou grande
notoriedade depois que entidades de defesa dos direitos humanos questionaram
fotos divulgadas em que Verônica aparece no chão, sem blusa e com o rosto
ferido depois de ter apanhado.
Já fiz diversas
postagens aqui contra violência sobre qualquer aspecto. E, principalmente
contra idosos. É difícil acreditar que ainda tem gente que pronuncia a seguinte
frase “Somos todos Verônica!”. Nada!!! Nada justifica o que esse RAPAZ fez com
esta idosa.
Não é um seio de silicone,
um vestido e um rosto maquiado que vai fazer desse RAPAZ uma mulher. Na verdade,
ele tornou-se indigno desse adjetivo. Tenho vários amigos com opções sexuais
diferentes da minha, respeito e sou respeitada por todos eles. São pessoas
excepcionais que antes de tudo escolheram ser PESSOAS.
Defendem, porque
seus seios de silicone foram expostos! E os órgãos genitais quando ele resolveu
expor dentro da cela a fim de provocar os outros homens que ali se encontrava?
Não conta por quê? Merece aplausos??
E todo o corpo de
Dona Laura? E a dor que ela está sentindo? E a humilhação de ter sido agredida dentro
de sua própria casa?? Não importa??
Façam-me uma
favor!! “Jamais serei Verônica... Jamais serei um Charleston Alves
Francisco.” Trata-se de um HOMEM forte, agressivo e principalmente covarde.
Basta olhar o seu porte para ver isso.
Prefiro ser BEATRIZ, que mostrou antes de
tudo ser uma PESSOA!!! E, prestar socorro a Dona Laura.
Agora eu pergunto
aos Verônicas que querem cobrir o sol com a peneira... E se fosse Dona Laura
sua mãe ou sua avó? Seria você uma Verônica???
Querem se
justificar, usando o fato de Dona Laura morar no mesmo prédio! E daí? Isso justifica
tamanha violência? Será que algum representante dos Direitos Humanos chegou a
visitar Dona Laura?
Acredito que não!!
Afinal... isso não dá IBOPE!!!
Rosélia Santos
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