28 de julho de 2010

FRENESI

Rafael Chateaubriand
 Hoje, eu senti um vento frio levando minha ignorância.
Quando temos algo, aprendemos a dar importância.
Quando não entendemos o significado
Nunca podemos começar, nunca estará acabado.
Lutei com mais força para conseguir
Sentir o que me entorpece.
Se não provei do gosto do doce,
O resto amargo me perece.
A noite o mel chegou em meus lábios
E mostrou-me algo diferente.
Um sabor novo que toma conta da gente.
Isso e meio louco, anormal, ou mesmo alucinante.
E pior que a droga, o álcool, ou outro estimulante.
Por que esse efeito não quer mais passar?...
Estou com medo de uma overdose ter,
Onde isso vai parar?
Eu já estou viciado, queria nunca ter te experimentado.
Essa droga que eu tanto evitei, acabei conhecendo.
Eu sei se não parar morrerei, e no fim sofrendo
Eu quero matar a infeliz que me trouxe o sabor
Da droga que eu tanto evitei que me traz pavor.
E o bendito sofrer de amor...



Esta Poesia é do meu filho Rafael Chateaubriand, que eu gosto muito. Espero que vocês gostem. Por favor deixem o comentário bjusssss

25 de julho de 2010

AFONSO ARINOS - A GARUPA

                                    A GARUPA

 Este conto é do escritor mineiro Afonso Arinos, considerado um dos pioneiros do regionalismo literário no Brasil. Publicado inicialmente no livro ‘História e Paisagens’ (1898), figura na coletânea ‘História e Paisagens do Brasil’ (Minas Gerais), de onde foi retirado para este blog, mantendo-se a grafia inicial para não alterar o seu valor literário. Espero que vocês gostem...

              Saímos para o campeio com a fresca da madrugada. Tínhamos de ir longe e de pousar no campo. Eu tomava conta da eguada, êle era vaqueiro. Vizinhos de retiro na fazenda de meu amo, companheiros de muitos anos, não largávamos um do outro. Sempre que havia uma folgazinha, ou êle vinha para o meu rancho, ou eu ia para o rancho dêle. Às vêzes, quando meu amo queria perguntar por nós aos outros vaqueiros e camaradas, dizia:
             - Onde estão a corda e a caçamba?
              Vancê bem pode imaginar, patrão, que tábua eu não carrego, que dor me não dói bem no fundo do coração, desde aquêle triste dia.
             Como eu lhe ia dizendo, nós saímos com a fresca. Por sinal que, naquele dia, compadre Quinca estava alegre, animado como poucas vêzes. Ainda me lembra que o cavalo dele, um castanho estrêlo calçado dos quatro pés, a modo que não queria sair do terreiro. Quando nós fomos passando perto do côcho da porta, ou êle viu alguma coisa lá dentro ou que, o diacho do cavalinho virou nos pés.
             O defunto Joaquim - coitado! Deus lhe dê o céu! - juntou o bicho nas esporas, jogou-o para a frente e, num galão, quase ralou a perna no rebuço do telhado de mei’água dos bezerros.
Saímos.
             Quando fomos confrontados com a lagoa da Caiçara êle ganhou o trilho para umas barrocas, lá embaixo, onde diziam que duas novilhas tinham dado cria e que um dos bezerros estava com bicheira no umbigo.
              Eu torci para o logradouro das éguas, cá para a banda do cerado de cima.
              - Está bom. Então, até, compadre!
              - Se deus quiser, meu compadre!
              Não sei o que falou por dentro dêle, porque, naquele mesmo suflagrante, êle virou para mim e disse:
             - Qual, compadre! Vamos juntos. Assim como assim, a gente não pode chegar à casa hoje. Pois então, a gente viajeia junto, e da Água Limpa eu torço lá para Fundão, para pegar as novilhas; vancê apanha lá adiante o caminho do logradouro.
               Eu já ia indo um pedaço, quando dei de rédeas para trás e ajuntei-me outra vez com o compadre. Parece que êle estava adivinhando!
               E fomos indo, conversa tira conversa, caso puxa caso. Êta, dia grande de meu Deus!
              Ainda na beira de um Corguinho, lá adiante, eu tirei dos alforjes um embornal com farinha, fiz um foguinho e assamos um naco de carne-sêca, bem gorda e bem gostosa, louvado seja Deus! Bebemos um gole d’agua e tocamos.
             Aí, já na virada do dia, o compadre me disse:
             - Compadre, vancê vai andando, que eu vou descer àquele buraco. Pode ter alguma rês ali. A modo que eu vi relampear o lombo daquela novilha chumbadinha, que anda sumida faz muito tempo.
              Êle foi descendo para o buraco e eu segui meu caminho pelos altos. Com pouca dúvida, ouvi um grito grande e doído: —Aiiii!
              Acudi logo:
              - Que é lá, compadre! - e apertei nas esporas o meu queimado.
             Não le conto nada, patrãozinho! Quando cheguei lá, o castanho galopava com os arreios e meu compadre estava estendido numa moita de capim, com a cabeça meio para baixo e a mão apertada no peito.
               - Que é isto, meu compadre? Não há de ser nada, com o favor de Deus!
               Apalpei o homem, levantei-lhe a cabeça, arrastei-o para um capim, encostei- o ali, chamei por êle, esfreguei-lhe o corpo, corri lá embaixo, num ôlho-d'água, enchi o chapéu, quis dar-lhe de beber, sacudi-o, virei, mexi: nada! Estava tudo acabado! O compadre morrera de repente; só Deus foi testemunha.
               E agora, como é, Benedito Pires? Peguei a imaginar como era, como não era: eu sozinho e Deus, ou melhor, abaixo de Deus, o pobre do Benedito Pires; afora eu, o defunto e os dois bichos, o meu cavalo e o dêle. Imaginei, imaginei... Dali à casa era um pedaço de chão, umas cinco léguas boas; ao arraial, também cinco léguas. Tanto fazia ir à casa, como ao arraial. Mais perto, nenhum morador, nem sinal de gente! Largar meu compadre, eu não podia: amigo é amigo! Demais, estava ficando tarde. Até eu ir buscar gente e voltar, o corpo ficava entregue aos bichos do mato, onça, ariranha, tatu-peba, tatu-canastra... Nem é bom falar! Levar o corpo para a casa e de lá para o arraial, era andar dez léguas, não contando o tempo de ajuntar gente em casa para carregar a rêde. Assim, assentei que o melhor era fazer o que eu fiz. Distância por distância, decidi levar o compadre direito para o arraial onde há igreja e cemitério.
              Mas, ir como? Aí é que estava a coisa. Pobre do compadre! Banzei um pedacinho e tirei o laço da garupa. Nós, campeiros, não largamos o nosso laço. Antes de ficar duro o defunto, passei o laço embaixo dos braços dêle - coitado! - joguei a ponta por cima do galho de um jatobá e suspendi o corpo no ar. Então, montei a cavalo e fiquei bem debaixo dos pés do defunto. Fui descendo o corpo devagarinho, abrindo-lhe as pernas e escarranchando-o na garupa.
               Quando vi que estava bem engarupado, passei-lhe os braços por baixo dos meus e amarrei-lhe as mãos diante do meu peito. Assim ficou, grudado comigo. O cavalo dêle atufou-se no cerrado.
              - Lá se avenha! - pensei. - Tomara eu tempo para cuidar do pobre do dono!
               Caminho para o arraial era um modo de falar. Estrada mesmo não havia: mal-mal uns trilhos de gado, uns cortando os outros, trançando-se pelos campos e sumindo-se nos cerradões.
               Tomei as alturas e corri as esporas no meu queimado, que, louvado Deus, era bicho de fiança; nunca me deixou a pé e andou sempre bem arreadinho.
              O sol já estava some-não-some atrás dos morros; a barra do céu, cor de açafrão; as jaós cantavam de lá, as perdizes respondiam de cá, tão triste!
              Quando eu ganhei o espinhaço da serra, lá em cima, as nossas sombras, muito compridas, estendiam as cabeças até ao fundo do boqueirão.
              Era tempo de escuro. O que ainda me valeu, abaixo de Deus, foi que estava chegando o meio do ano, e nessa ocasião, a estrêla do pastor nasce de tarde e alumia pela noite adentro.        
              Enquanto foi dia, ainda que bem; mas, quando a noite fechou deveras e eu não tinha no meio daquele campo outra claridade senão a da estrêla, só Noss'enhor sabe por que não acompanhei o compadre para o outro mundo, rodando por alguma perambeira, ou caindo com o seu corpo no fundo de algum grotão. Nos cerradões, ou nos matos, como no da beira do ribeirão, eu não enxergava, às vêzes, nem as orelhas do meu queimado, que descia os topes gemendo. O compadre, aí rente. O que vale é que “macho que geme, a carga não teme”, lá diz o ditado.
             Toquei para diante: sobe morro, desce morro, vara chapada, fura mato, corta cerradão, salta córrego - eu fui andando sempre. O defunto vinha com o chapéu de couro prêso no pescoço pela barbela e caído para a carcunda. Quando o queimado trotava um pouco mais depressa, o chapéu fazia - pum, pum, pum. O compadre a modo que estava esfriando demais. Não sei se era porque fôsse mesmo tempo de frio, eu peguei a sentir nas costas uma coisa que me gelava os ossos e chegava a me esfriar o coração. Jesus! que friúra aquela!
              A noite ia fechando, fechando. Eu já seguia não sei como, pois tinha de andar só pelo rumo. O queimado, às vêzes, refugava aqui, fugia dacolá, cheirava as moitas e bufava. Pelo barulho d'água, eu vi que nós íamos chegando à beira do ribeirão. Tinha aí de atravessar uma mataria braba, por um trilho de gado. Insensivelmente, eu fugia de um galho, negava o corpo a outro, virando na sela campeira. A cabeça do compadre, que, no princípio, batia de lá para cá e, às vêzes, escangotava, endureceu, e o queixo dêle, com a marcha do animal, me martelava a apá.
             Fui tocando. Dentro da mataria, passava um ou outro vaga-lume, e havia uma voz triste, grossa, vagarosa, de algum pássaro da noite que eu não conheço e que cantava num tom só, muito compassado, zoando, zoando...
             Em certa hora parecia que meu cavalo marchava num terreno oco: ao baque das passadas respondia lá no fundo outro baque e o som rolava como um trovão longe. A ramaria estava cerrada por cima de minha cabeça, que nem a coberta do meu rancho. O trilho a modo que ia ficando esconso, porque o queimado não sabia onde pisar; chegou uma horinha em que êle pegou; a patinhar para cima, para baixo, de uma banda e de outra, sem adiantar um passo. O bicho parecia que estava ganhando força para fazer alguma. Não levou muito tempo, êle mergulhou aqui para sair lá adiante, descendo ao fundo de um buraco e galgando um tope aos arrancos, escorrega aqui, firma acolá.
               Nesse vaivém, nesse balanço dos diabos, o corpo do compadre pendia pra lá, pra cá. Uma vez ou outra, êle ia arcando, arcando; a cara dêle chegava mais perto da minha e - Deus me perdoe! - pensei até que êle queria me olhar no rosto.
               Eu ia tocando tôda-vida. Mas, aquêle frio, ih! Aquêle frio foi crescendo, foi me descendo para os pés, subindo para os ombros, estendendo-se para os braços e encarangando-me os dedos. Eu já quase não sentia as rédeas, nem os estribos.
               Aí, por Deus! eu não enxergava nem as pontas das orelhas do queimado; a escuridão fechou de todo e o cavalo não pôde romper. Corri-lhe as esporas; o bicho era de espírito, eu bem sabia; mas bufava, bufava, cheirando alguma coisa na frente e refugava... Tanto apertei o bicho nas esporas, que, de repente, êle suspendeu as mãos no ar... O corpo do compadre me puxou para trás, mas eu não perdi o tino. Tinha confiança no cavalo e debrucei-me para a frente... Senti que o casco do queimado batia numa torada de pau atravessada por cima do trilho.
              E agora, Benedito? Entreguei a alma a Deus e bambeei as rédeas. O cavalo parou, tremendo... Mas, o focinho dêle andava de um lado para o outro, cheirando o chão e soprando com fôrça... Com pouca dúvida, êle foi se encostando devagarinho, bem rente do mato; minhas pernas roçavam nos troncos e nas fôlhas do arvoredo miúdo. Senti um arranco e, com a ajuda de Deus, caí do outro lado, firme nos arreios: o queimado achou jeito de saltar a barreira nalgum lugar favorável.
              Toquei para diante. Ah! Patrão! não gosto de falar no que foi a passagem do ribeirão aquela noite! Não gosto de lembrar a descida do barranco, a correnteza, as pedras roliças do fundo d'água, aquêle vau que a gente só passa de dia e com muito jeito, sabendo muito bem os lugares. Basta dizer que a água me chegou quase às borrainas da sela, e do outro lado, cavalo, cavaleiro e defunto - tudo pingava!
              Eu já não sentia mais o meu corpo: o meu, o do defunto e o do cavalo misturaram-se num mesmo frio bem frio; eu não sabia mais qual era a minha perna, qual a dêle... Eram três corpos num só corpo, três cabeças numa cabeça, porque só a minha pensava... Mas, quem sabe também se o defunto não estava pensando? Quem sabe se não era eu o defunto e se não era êle que me vinha carregando na frente dos arreios?
              Peguei a imaginar nisso, meu patrão, porque - mêdo não era, tomo a Deus por testemunha! - eu não sentia mais nada, nem sela, nem rédea, nem estribos. Parecia que eu era o ar, mas um ar muito frio, que andava sutil, sem tocar no chão, ouvindo - porque ouvir eu ouvia - de longe, do alto, as passadas do cavalo, e vendo - eu ainda enxergava também - as sombras do arvoredo no cerrado e, por cima de mim, a boiada das estrêlas no pastoreio lá do céu!
               Só êste mêdo eu tive, meu patrão - de não poder falar. Quis chamar por meu nome, para ver se eu era eu mesmo; quis lembrar alguma coisa desta vida, mas não tive coragem de experimentar...
Aí já não posso dizer que marchei para diante: fui levado nessa dúvida, pensando que bem podia ser eu alguma alma perdida naquela noite, zanzando pelos campos e cerrados da terra onde assisti de menino...
E quem sabe também se a noite era só noite para meus olhos, olhos vidrados de defunto? Bem podia ser que fôsse dia claro... Haverá dia e noite para as almas, ou será o dia das almas essa noite em que vou andando?
              Essa dúvida, patrão, foi crescendo... E uma hora chegou em que eu não acreditava em mim mesmo, nem punha mais fé no que eu tinha visto antes... Peguei a pensar que era minha alma quem ia acompanhando pela noite fora aquêles três vultos... Minha alma era um vento, um vento frio, avoando como um curiango arriba das nossas cabeças.
              Daí, patrão, enfim, entendi que aquilo tudo por ali em roda era algum logradouro da gente que já morreu, alguma repartição de Noss'enhor, por onde a gente passa depois da morte. Mas, aquelê escuro e aquêle frio! Sim, era muito estúrdio aquilo. Ou quem sabe se aquilo era um pouso no caminho do outro mundo? Numa comparação, podia bem ser o estradão assombreado por onde a alma, depois de separada do corpo, caminha para onde Deus é servido.
              Ah! patrão! o que minh'alma imaginou aquêle tempo todo eu não lhe posso contar, não! Sei que fomos embora, aquêles três vultos, um carregando dois e todos três irmanados da mesma escuridão.
Tocamos.
             De repente, peguei a ouvir galo cantar. Uai! Era bem o canto do galo; com pouca dúvida, um cachorro latiu lá adiante. Gente, que é isso? Que trapalhada era essa? Era o compadre que estava ouvindo, ou era eu? Pois, então, Benedito virou de novo Benedito?
              Ou é que as coisas por lá são tal e qual as nossas de cá, com pouca diferença? Galo e cachorro eu ouvi. Estive assuntando mais e ouvi o mugido de uma vaca e o berro de um bezerro... Com um tiquinho de tempo mais, eu vi, e vi bem, uma casa e outra e outra ainda! Gente, isso é o arraial: olha a igreja ali!
Não havia dúvida mais: estávamos no arraial e o queimado batia o casco numa calçadinha da rua.
              Era eu mesmo, era o meu queimado e o compadre aí rente, na garupa!
             Toquei para a casa do sacristão e bati. Custou muito a responder, mas uma janela abriu e uma cabeça apareceu a modo muito assustada.
             - Abre a igreja, que tem defunto aqui!
             - Cruz, cruz, cruz, Ave Maria! - gritou o sacristão assombrado, e bateu a janela, correndo para dentro da casa.
            Eu não insisti mais. Toquei para a porta da igreja, de onde correram assustados uns cabritos. Defronte, o cruzeiro abria os braços para nós. Como havia de ser? Quem me podia ajudar a descer aquêle corpo?
              Parei um pedaço, olhando para o tempo.
              Aí o frio pegou a apertar outra vez, e uma coisa me fazia uma zoeira nos ouvidos, que nem um lote de cigarras num dia de sol quente. Que frio, que frio! Meu queixo pegou a bater feito uma vara de canelas-ruivas. Turrr! turrr! O compadre, atracado na minha carcunda, ficou feito um casco de tatu; quando meu calcanhar batia no pé dêle, o baque respondia no corpo todo e o queixo dêle me fincava com mais fôrça na apá. A porta da igreja pegou a rodar, principiando muito devagarinho; e o cruzeiro a modo que saía do lugar, vinha para mim, subia lá em cima, descia cá embaixo, como uma gangorra, mal comparando.
Peguei a sentir, não sei se na cabeça, não sei mesmo onde, um fogo, que fogo lá dentro e cá fora, no meu corpo, nas minhas pernas, nas mãos, nos pés, nas costas era uma friúra, que ninguém nunca viu tão grande!...
             Meu braço não mexia, minhas mãos não mexiam, meus pés não saíam do lugar; e, calado como defunto, eu fiquei ali, de olhos arregalados, olhando a escuridão, ouvidos alertas, ouvindo as coisas caladas!
             Meu cavalo, entresilhado também de fome, de cansaço e de frio, vendo que a carga não era de cavaleiro, desandou a andar à toa, pra baixo, pra cima, catando aqui-acolá uns fiapos de capim...
             Quando eu passava por perto da porta de alguma casa, fazia fôrça e podia gritar:
             - Ô de casa! Gente, vem ajudar um cristão! Vem dar uma demão aqui!
             Ninguém respondia!
             Numa porta em que o cavalo parou mais tempo - porque uma hora meu queimado parecia cavalo de aleijado parando nas portas para receber esmola - apareceu uma cara... E quando eu disse:
             - “É um defunto...” - a pessoa soltou um grito e correu para dentro esconjurando...
             Mas, as casas tôdas pegaram a embalançar outra vez, e eu estava como em cima d'água, boiando, boiando...
            Parece que o queimado cansou de andar. Lá nos pés do cruzeiro, onde havia um gramado, êle parou...
            E foi aí que vieram me achar, de manhãzinha, com os olhos arregalados, todo frio, todo encarangado e duro no cavalo, com o compadre à garupa!
            Ah! patrão! amigo é amigo!
            Daí para cá eu andei bem doente...
            Quantos anos já lá se vão, nem eu sei mais.
            O que eu sei, só o que eu sei, é que nunca mais, nunca mais aquêle friúme das costas me largou!
            Nem chás, nem mezinha, nem fogo, nem nada!
            E quando eu ando pelo campo, quando eu deito na minha cama, quando eu vou a uma festa, me acompanha sempre, por toda a parte, de dia e de noite, aquêle friúme, que não é mais dêste mundo!
           Coitado do compadre! Deus lhe dê o céu!

 

22 de julho de 2010

ESPAÇO ÚNICO

SIGNIFICADO DO NOME ROSÉLIA
ROSÉLIA: variante de ROSALIE (Sugerida por internauta - pendente de revisão)
ORIGEM DO NOME ROSELIA: LATIM
SIGNIFICADO DE ROSÉLIA: Maneira francesa de escrever Rosália.
SIGNIFICADO E ORIGEM DO NOME ROSÉLIA: Para resolver os problemas dos outros age com muita sabedoria, já quando o problema é seu tende a sentir-se desnorteado. Isso acontece porque sente-se mais confortável em decidir as coisas sempre com a cabeça fria. Mas seu coração sempre se intromete no meio das duvidas, e fica difícil mesmo decidir. Um bom conselho seria controlar a ansiedade nestas horas e não ter medo errar. Eis uma boa maneira de aprender.

SUA MARCA NO MUNDO!
Generosidade, cortesia, influência, caridade, companheirismo.
Sua generosidade já é percebida na infância, desde muito cedo já sabe dividir, entende a necessidade dos outros e sente-se bem ajudando como pode. Liga-se a profissões onde possa exercer este seu lado. Sempre pensando num mundo melhor, não poupa energia ao participar de atividades de cunho social. Busca atividades rentáveis também, mas não sem um propósito de ajudar o maior número de pessoas possível. Sempre à vontade em todos os ambientes, não carrega em si preconceito de qualquer origem. Muito hospitaleira, raramente se fecha no seu mundinho, por isso está sempre disposta a lutar por seus ideais e de seus amigos também. Como são muito levadas pela emoção, as vezes parecem pouco confiáveis em tomar decisões, pois não conseguem julgar com uso da razão. Manter os pés no chão e mais determinação faz com que as pessoas não vejam seus objetivos como utópicos.
COMO O MUNDO  VÊ ROSÉLIAS
O número da Expressão revela a missão que tem, o que deve fazer ou ser nesta vida, para que atinja sucesso e alcance suas metas e objetivos. Descreve como você se expressa no mundo. O seu ‘eu’ completo - personalidade, caráter, disposição, identidade, temperamento. Sempre em busca do saber e da verdade, é alguém cujas coisas do espírito e do ‘eu’ interior fazem muita importância na vida, por isso é estudioso, gosta de filosofia e pesquisas. Estuda para provar e obter respostas sobre o desconhecido. Por ser um tanto solitário as pessoas o consideram distante e estranho, mas é difícil não notar sua presença, pois possui um refinamento inigualável. Procura viver de acordo com suas experiências e descobertas e não conforme padrões pré-estabelecidos. Não se atrai por agitos e modismos, considera isso como coisas descartáveis. Prefere atividades que não envolvam esforço físico, ou mesmo com máquinas. Tem forte tendência para ser um educador, advogado, cientista, banqueiro, corretor, contador, tecelão, relojoeiro, inventor, escritor de temas técnicos, científicos ou filosóficos, editor, autoridade em religião, naturalista, astrônomo ou metafísico. Precisa ficar atento aos aspectos negativos, como impaciência, e a tendência à indiferença.
COMO ROSÉLIAS OBSERVAM O MUNDO?
Mostra a pessoa como é interiormente. Revela como pensa, sente e age. Seu o desejo íntimo da alma, o seu "eu interior", suas esperanças, sonhos, ideais, motivações. Às vezes é possível que percebamos essa manifestação, mas talvez não a expressamos como deveríamos ou mesmo não vivemos de acordo com ela, assim estamos reprimindo os nossos sentimentos e impulsos, o que gostaríamos de ser ou fazer, estamos adormecendo nossos objetivos secretos, as ambições, os ideais mais íntimos. São muito trabalhadores, sólidos, competentes e agem com praticidade. Buscam sempre a proteger o bem estar da sua família. Muitos ordeiros e disciplinados, são também reconhecidos por sua honestidade. Novas oportunidades às vezes demoram a surgir para estas pessoas, e até por isso costumam se estabelecer quando encontram uma situação confortável na vida. Colocam seu trabalho à frente do lazer e por isso tendem a ter dificuldade de relaxar e aproveitar a vida. Dão grande importância ao tempo quando planejam ou constroem. É de se reconhecer que sua paciência e determinação trazem mais resultados do que seus impulsos. Aprendem com os próprios erros e suportam melhor a pressão física e mental do que a maioria das pessoas. Procuram amigos com interesses semelhantes, por isso não são muito sociáveis. Geralmente trabalham para si mesmas, pois não gostam de receber ordens, quando muito atuam como administradores ou gerentes, pois preferem dar as ordens. São em geral proprietários de seus negócios, ou então são aqueles que os gerenciam. Autoritarismo, presunção, dominação ou mania de exatidão, são fatores negativos deste número. Quando são reprimidos por algo tornam-se tristes, ressentidos e limitados. Obter sucesso na vida é fácil quando colocam em prática suas próprias idéias e realizam seus próprios planos.