28 de fevereiro de 2012

ARQUEÓLOGOS ACHAM CANHÃO DO SÉCULO XVII EM OBRA NA ZONA PORTUÁRIA DO RIO DE JANEIRO


Arqueólogos do Museu Histórico Nacional encontraram um canhão do século XVII, nesta sexta-feira (24), durante as obras da primeira fase do projeto Porto Maravilha, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. De acordo com a Secretaria municipal de Obras, este já foi o terceiro encontrado desde o início das escavações.
A relíquia tem 1,70 metro de comprimento e foi achada na Rua Sacadura Cabral, que passa por obras de urbanização. A Secretaria informou que o equipamento precisa de restaurações e, por motivos de segurança, foi coberto com areia, para evitar depredações ou roubo.
A expectativa da Secretaria municipal de Obras é retirar a peça na próxima semana. Assim como os outros dois canhões, o equipamento será levado para um depósito.
A Secretaria informou ainda que a Prefeitura do Rio é quem vai decidir o destino das relíquias arqueológicas.

Fonte: G1.

27 de fevereiro de 2012

NOVO PISO NACIONAL PARA PROFESSORES É DIVULGADO PELO MEC


O Ministério da Educação divulgou na tarde desta segunda-feira (27) que o piso salarial nacional dos professores será reajustado em 22,22% e seu valor passa a ser de R$ 1.451,00 como remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. A decisão é retroativa para 1º de janeiro deste ano.
Segundo o MEC, a correção reflete a variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) de 2011, em relação ao valor de 2010. O piso aplicado em 2011 foi de R$ 1.187, e em 2010, de R$ 1.024.
A aplicação do piso é obrigatória para estados e municípios de acordo com a lei federal número 11.738, de 16 de junho de 2008. Estados e municípios podem alegar não ter verba para o pagamento deste valor e, com isso, acessar recursos federais para complementar a folha de pagamento. No entanto, desde 2008, nenhum estado ou município recebeu os recursos porque, segundo o MEC, não conseguiu comprovar a falta de verbas para esse fim.

G1.com

26 de fevereiro de 2012

ENTREVISTA COM REYNALDO GIANECCHINI

Pequenos objetos como elefantes, bicicletas, velocímetro de táxi, placa de carro de Montevidéu e girassóis artificiais preenchem cada canto da sala de estar de Reynaldo Gianecchini. Na estante do apartamento em que o ator mora, na região paulistana dos Jardins, há DVDs de músicas de Carnaval, do filme argentino Um conto chinês e de O artista, sensação deste Oscar. Um imenso livro de fotos de Steve McCurry, o lendário fotógrafo da revista National Geographic, domina a mesa de centro. Uma poltrona de Sergio Rodrigues fica em frente à televisão de plasma. Uma instalação colorida da artista plástica e grafiteira Nina Pandolfo anima a entrada da cozinha. “Adoro essas pinturas que remetem a desenhos animados, meio japoneses, lúdicos, com animais, crianças. Tenho uma criança eternamente alimentada dentro de mim”, diz Reynaldo – ou Giane, como é conhecido entre os amigos. 
Nem sempre foi assim. Antes do câncer, a casa de Giane só tinha móveis pretos e brancos, nenhum objeto. A doença o internou no hospital e no apartamento paulistano. “Passei a fazer terapia e descobri que a casa é você. Comecei a encher as prateleiras de objetos de antiquário, transformar livros antigos em mesa, pintar parede de laranja e até pensei em fazer faculdade de arquitetura”, diz Giane. “Mudei tudo internamente com a doença. Tenho uma nova medula. E mudei minha casa. Agora tenho cantinhos que representam meu desejo de aventura, de pegar uma moto e sair pela América Latina.”
De seu primeiro estágio em escritório de advocacia em São Paulo – quando, estudando Direito na PUC, conheceu a cidade “quase como um office boy, de metrozão e busão” – até hoje, Giane atravessou muitas estradas, algumas delas tortuosas. Ele não esquece que, na primeira novela na TV Globo, no ano 2000, assistia a seu desempenho “com o chicote nas costas”. “Eu era muito ruim, me sentia muito mal, não sabia nada, era estabanado, derrubava cenário do estúdio, meus colegas até se condoíam de mim, mas aprendi com a ajuda deles e dos diretores.”
Apaixonado pela profissão, diz que quer retomar quanto antes o trabalho interrompido por causa da doença – ele interpretava, no teatro, o papel de vilão na peça Cruel, baseada num texto do sueco August Strindberg. Sentado no sofá do apartamento cada vez mais personalizado, Gianecchini falou sobre o câncer, a espiritualidade, as fofocas, a sexualidade, o trabalho e o futuro.

ÉPOCA – Você se sente curado?
Reynaldo Gianecchini A operação de medula para mim foi um renascimento. Meu transplante é um pouco menos cabeludo do que os que se fazem com a medula de outra pessoa, quando pode rolar uma rejeição. Eu super me aceitei (risos). Meu transplante foi nada mais que uma quimioterapia muito pesada. Eu sabia que seria duro, mas não tinha noção. É uma quimioterapia que mata sua medula, aí você toma suas células de novo, as que foram salvas e são sadias. E essas células vão se reproduzindo para formar uma nova medula. Foi o único momento de meu tratamento em que eu pensei, caramba, será que aguento isso? É muito penoso. Seu corpo inteiro, por dentro, fica em carne viva. Não para nada dentro. Você come, vomita, tem diarreia. Comer ainda está uma briga, porque eu não tenho apetite.

ÉPOCA – Como ficou sua imunidade?
Gianecchini Logo após o transplante, imunidade zero, por não ter mais medula. Você fica com febre, fica sujeito a tudo. Eu, graças a Deus, não tive nenhuma infecção. Fiquei o tempo todo no hospital, a gente fica bem isolado, não pode receber visita, nada. A boa notícia é que a operação é intensa, mas rápida. Em nove dias, minha nova medula já tinha “pegado”. Aí você é um bebê. A gente perde todos os anticorpos, tem de tomar todas as vacinas de novo.

ÉPOCA – O que você quer fazer agora?
Gianecchini Nadar. E ir à praia no Rio.

ÉPOCA – Como será sua volta ao palco?
Gianecchini A partir de 13 de março, vou começar bem devagar minha peça Cruel às segundas e terças. Faço o vilão, o cruel. Isso vai ser meio louco. Lidei com tanto amor, tanta gente vai me assistir, as pessoas tão carinhosas, querendo me rever no palco. E vou estar lá fazendo horrores (risos), supermalvado. Mas vou continuar muito cuidadinho. Tenho de me alimentar direitinho, e não quero trabalhar como um louco. Gravações de novela os médicos liberaram só a partir de junho.

ÉPOCA – Você continuará a fazer exames?
GianecchiniTenho de fazer exame de sangue sempre, porque ainda estou sujeito a pegar qualquer bactéria. São seis meses de acompanhamento mais profundo. Na verdade, são cinco anos de acompanhamento. Posso viajar, mas não posso ficar dando mole. Não posso ficar com gente gripada. Uma coisa meio chata é que, na minha peça em São Paulo, não vou poder receber as pessoas no camarim, ficar abraçando, beijando. Porque uma pessoa que pode nem saber que está gripada pode me custar muito caro.

ÉPOCA – Qual foi a primeira reação ao descobrir que estava mesmo com câncer?
Gianecchini
Meu médico me ligou e disse: “É. Vai para o hospital”. Minha mãe estava na cozinha aqui em casa fazendo comida. Pensei: como vou falar isso para minha mãe, se o marido dela, meu pai, está com câncer terminal? Era só isso que eu pensava. Sentia muito por minha mãe. Essa é uma notícia que não dá para rodear. Eu disse: “Mãe, eu tenho de ir para o hospital porque estou com câncer”. Não tinha outra maneira de falar. Ela desligou o fogão. A gente foi em silêncio absoluto para o hospital.

ÉPOCA – O que você sentiu?
Gianecchini É como se um buraco se abrisse em sua vida, como se tudo começasse a passar em câmera lenta. O tratamento tinha um prazo de seis meses. Pensei: nesse tempo vou virar uma chavinha, nada mais vai me importar a não ser me curar.

ÉPOCA – Em que momento profissional chegou o diagnóstico?
Gianecchini A doença me pegou num momento muito cheio de vida e de muitos planos de trabalho. Como disse, eu estava fazendo a peça Cruel. Quando me internei, dois dias depois ia começar a ensaiar um musical com Claudia Raia, Cabaret, que amo e está em cartaz lindamente. Ia voltar para a TV com uma novela. Foi uma rasteirinha.
ÉPOCA – Quais eram seus sintomas?
GianecchiniSentia umas dores, estava com o pescoço meio inchado, tinha acabado de operar uma hérnia, meu corpo estava meio esquisito, parecia uma gripe com dor de garganta, apareciam uns gânglios pequenos. Fui a um médico para verificar se era bactéria, virose. Fiz todos os exames possíveis, desde a coisa mais cabeluda até a mais simples. E deu tudo negativo. Até aí, beleza. Mas meu médico, infectologista, resolveu se certificar de tudo. O exame detectou que eu tinha gânglios no corpo inteiro. Daí para chegar ao câncer foi relativamente rápido, mas não se chegava a um diagnóstico. É preciso saber que tipo de câncer é, que subtipo. Câncer tem nome e sobrenome. Cada um tem um tratamento. Como eu me sentia bem, tinha dia que eu pensava: não é câncer. Eu tomava cortisona, sumiam os gânglios e a febre. Ficou um mês nisso. É. Não é. Fiquei um mês internado. Ficava num quarto, fazendo todos os exames, esperando os resultados, exames chegaram a ir para os Estados Unidos. Quando os laudos todos bateram, descobriu-se que era um tipo muito raro e agressivo de câncer.

ÉPOCA – De onde veio inicialmente sua certeza de cura?
Gianecchini Eu aprendi, li sobre minha doença. Soube que era uma doença muito agressiva, mas que tinha um elemento positivo. Como ela é muito agressiva e sou muito jovem, podia entrar com um tratamento superagressivo e bater de frente. Com tumores menos agressivos, às vezes o tratamento pode durar a vida inteira. No meu caso, eu poderia receber uma quimioterapia muito forte, porque meu corpo conseguiria combater. A doença chegou com tudo, mas o remédio iria também com tudo. Um campo de batalha feroz, um tratamento muito intensivo, mas falei: “Vamos lá!”.

ÉPOCA – Você teve medo de morrer?
GianecchiniO importante para mim era saber que valores eu precisava rever, qual o sentido de tudo isso. A primeira questão foi, sim, a morte. Caramba, pensei, a gente age como se não tivesse de lidar com isso. Estou lidando muito cedo, muito jovem, é claro que não quero morrer agora. Mas ela está aqui na minha frente. Comecei a fazer terapia para fuçar em mim tudo o que havia para fuçar, porque era o momento. A gente vive o dia a dia como se a morte não fosse uma certeza. A gente devia viver sempre com a certeza de que amanhã a gente pode morrer. Tanta coisa fica tão pequena, tão sem valor diante da possibilidade da morte. Decidi viver o presente, que é maravilhoso, sem passado e futuro. Comecei a viver de forma tão intensa que até nos momentos de introspecção eu ia muito fundo.

ÉPOCA – Você chegou a ficar na UTI porque a colocação de um cateter perfurou uma veia sua. Foi uma noite de sofrimento.
Gianecchini Uma noite é delicadeza sua. Na verdade, foi uma intercorrência, um acidente cirúrgico bem grave. Era o primeiro passo, nem tinha feito quimioterapia ainda. E foi uma loucura. Eu poderia ter morrido ali facilmente. Uma cirurgia que deveria durar poucos minutos. Mas acordei sete horas depois, muito mal, com todas as minhas funções muito ruins. Fiquei 10 quilos mais pesado de tanto que inchei. Demorei dias para recuperar todas as minhas funções, minha pressão foi lá embaixo. Fiquei totalmente ferrado. O doutor Raul Cutait foi falar comigo, me explicou que foi uma fatalidade. Ele foi muito delicado. Vi que ele sentia muito. Acreditei nele. Eu não ia brigar, nem questionar. O cateter perfurou uma veia minha, e ela sangrou muito lá dentro, num procedimento muito simples que em 99% dos casos é bem-sucedido. Não vai mudar nada eu ficar buscando agora se foi erro ou não. Eu gosto do Raul. Mas ele não é meu médico. Ele é gastro e quis estar presente naquele momento.

ÉPOCA – Como surgiu a história de que você seria HIV positivo?
Gianecchini
Foi quando procurei o infectologista por causa da dor na garganta e dos gânglios. Logo se espalhou o boato: o cara tem HIV. Nunca desmenti nada. Porque eu ficaria eternamente nesse jogo. Mas agora acho melhor falar, até por respeito às pessoas que gostam de mim e nem comentam comigo. Eu não poderia jamais fazer o tratamento agressivo que fiz se tivesse aids. Primeiro chequei todos os vírus, todas as bactérias, para depois chegar ao câncer. Por isso posso dizer com toda a alegria do meu coração para quem se preocupa realmente comigo: “Eu não tenho aids”. Poderia mostrar um exame aqui, mas não é o caso. Já fui invadido com tantas mentiras absolutamente infundadas. Fui dado como morto. Alguém resolveu soltar essa notícia – e chegou às redações.

ÉPOCA – Foi o que aconteceu também com a história de seu ex-empresário, que disse ter recebido de presente um apartamento seu?
GianecchiniOutro caso tratado de forma muito leviana. Essa é uma história que tem muitos desdobramentos, que envolve dinheiro, bens e contas. Ele não era meu empresário. Era uma espécie de administrador. Administrava toda a minha vida profissional e até minha casa. Como eu estava sempre viajando, precisava de alguém assim. É uma história que vai levar dez anos na Justiça. Eu o estou processando, porque tem muito dinheiro meu de que ele precisa prestar conta. Não é uma questão amorosa, definitivamente, que está em jogo. Não é uma questão homossexual. Fui ameaçado no meu patrimônio maior, a minha imagem. Mas é uma questão de trabalho, e precisa ser comprovado por A mais B onde foi parar meu dinheiro.

ÉPOCA – Você se considera hétero ou bissexual?
GianecchiniPenso que essa questão da sexualidade é muito mais complexa do que as pessoas tendem a achar. Cada um tem sua sexualidade. Nunca tive uma história com um homem, nunca fui casado com um homem, nunca tive um romance com um homem. Mas a sexualidade, ou a sedução, é outra coisa. A gente é sexual no dia a dia sem transar. Conheço amigos que seduzem homem, mulher, seduzem a porta. A gente é mais sensual nos trópicos. Mas essas coisas são muito íntimas e, no meu caso, sou tão discreto que, se a história está publicada numa revista como fofoca, pode ter certeza de que é mentira.

ÉPOCA – Sua família é muito religiosa. Qual foi o papel da religião em sua cura?
Gianecchini
Existe uma distinção muito grande entre religião e espiritualidade. Religião é uma coisa às vezes perigosa, manipuladora, cheia de “não faça isso”, “não pode aquilo”. Uma religião pode até conduzir para o sentido contrário da espiritualidade. Respeito todas as religiões, mas acho que só vale o que nos coloca em contato com uma coisa maior. Só a troca nos coloca numa outra dimensão. A troca é o amor, a caridade. Tirar o foco de você e se doar, entrar numa outra sintonia. Como acredito no amor, a imagem que mais me alimenta é a do Cristo. Não me fiz de vítima. Achava que minha jornada seria tão enriquecedora que no final eu acharia tudo uma bênção. Como acho mesmo. Tive a oportunidade de ver como eu podia mudar tanta coisa. 

ÉPOCA – Você chegou a se submeter a tratamento espiritual?
Gianecchini
Não fiz nenhum tratamento miraculoso para me curar. Pessoas no Brasil me procuravam, de todas as crenças e credos. Do rabino a alguém do candomblé, passando por evangélicos, católicos e espíritas. Sempre conversei com todos. Rezo sempre. Fui batizado, fiz primeira comunhão. Adoro ouvir o que as pessoas falam e sou grato por toda a energia positiva que as pessoas me enviaram orando por mim. Mas teve uma hora que precisei abstrair e ir buscar a minha crença.

ÉPOCA – E qual é sua crença?
Gianecchini Não acredito que alguém vá colocar a mão na minha cabeça e me curar. Mas acredito em outras vidas, na reencarnação. E que é sempre para melhorar que voltamos. Para mim, não faz sentido ter uma vida só. Independentemente de religião, porque não me considero espírita.

ÉPOCA – Pensa em ter filhos?
GianecchiniMeus amigos do interior falavam já aos 14 anos em casar e ter filhos. Comigo, nunca foi assim. Sempre fui uma alma muito solta. Adoro criança e sou um ótimo tio dos filhos de meus amigos, brinco a tarde inteira, mas depois devolvo – “vai com papai” –, porque eu fico exausto. Mas é verdade que, depois de encarar a morte, minha doença e a do meu pai, a ideia de ter um filho tem rondado minha cabeça. Mexe um pouco com o ciclo da vida, o sentido de tudo. Meu pai vinha passar as férias comigo. Geralmente no Rio de Janeiro. Mas a gente não participava tanto da vida um do outro. Ele ficou doente em janeiro do ano passado e já deram seis meses de vida para ele. Tenho certeza de que vou ser um pai incrível, muito presente.

ÉPOCA – Quando você ficou solteiro, passou a usar uma camiseta com a inscrição “Me pega”. Era um convite às mulheres?
Gianecchini Faltou informação nisso. Era uma fase em que eu estava meio soltinho, querendo curtir a vida. Homem é muito mais solto, separa o sexo mais facilmente. Vi uma frase: “Me pega mas não se apega”. E mandei fazer a camiseta, só que o complemento da frase estava nas costas e ninguém fotografou. As mulheres se apegam. Não dá para curtir um pouco de sexo sem se apegar tanto?

ÉPOCA – Você disse que hoje as mulheres estão oferecidas demais.
Gianecchini
É, acho mais graça na sutileza. Pode esfregar o peito na minha cara, mas depois. Primeiro me conquista. Claro que às vezes tem uma graça na sedução barata. Homem pode ser bagaceiro demais. Mas a mulherada perdeu um pouco o rumo. Tem mulher que chega assim: vai me comer ou não? Porque, se não me comer, é gay. Logo respondo: não vou te comer e não sou gay. Gosto de mulher ousada, mas os dois precisam ter a sensibilidade de saber como chegar lá.

ÉPOCA – Se você brincasse Carnaval de que se fantasiaria?
Gianecchini
Não costumo pular, mas adoro bloco de rua. Os amigos me convenceram no ano passado que eu tinha de me fantasiar. Ninguém me reconheceu. Uma sensação muito boa. Eu fiquei muito, muito feio. Coloquei uns dentes enormes para fora. Acabou meu sorriso, é como se tivesse uma outra boca. Botei uns óculos e um negócio na cabeça. Curti horrores a tarde inteira no Leblon. Voltei para casa de ônibus e ninguém desconfiava, meus amigos riam muito. E a graça era só essa, porque eu não ia pegar ninguém com aquela cara.

ÉPOCA – O que o atrai numa mulher?
Gianecchini Gosto de mulher forte. Tenho admiração. Diferentemente da maioria dos homens que costuma se concentrar se a bundinha está durinha, para mim o que é sexy é um conjunto de coisas, e a inteligência faz parte disso. No caso da Marília, tem vários fatores que a deixam super sexy. Não só a inteligência, mas a postura, a segurança, uma coisa de peitar o mundo. Quando as pessoas criticavam e preferiam acreditar que eu era gay por estar com uma mulher mais velha que não era “a gatinha”, eu falava: “Vocês não entendem nada do que é uma mulher sexy, ou têm outro conceito”. Tenho muita dificuldade em levar uma relação com uma pessoa que só tenha uma bundinha e um peitinho, pode ser uma delícia uma noite, mas ter uma relação envolve muitas coisas. Fui criado no universo feminino, com mãe, tias, vizinhas, primas, irmãs. Aprendi a respeitar a natureza da mulher. Nós, homens, somos mais escrachados. Mas gosto muito de ser um homem sensível.

ÉPOCA – Sua mãe disse que você nunca chorou de tristeza durante o tratamento.
Gianecchini
É louco eu falar isso, mas nem sei se tive momentos de tristeza. Eu pensava: tenho de ter uma participação ativa na minha cura. Não quero ficar aqui sentado na minha cama de hospital recebendo os remédios. Para falar a verdade, só chorei de emoção ao constatar o amor que vinha para mim. Uma carta ou uma pessoa que me parava no hospital com um sorriso enorme, força, estou junto com você. Falo e me arrepio. Eu embarquei muito nisso. De trazer o amor para mim. Voltar para o sentido real da vida. E o sentido era este: troca. Um aprendizado. Só pode ser esse o sentido. Trocar um olhar de amor. É isso que move a gente para um outro patamar. É isso que faz a gente até se curar.


Fonte: Entrevista retirada na íntegra da Revista Época.
revistaepoca.globo.com/

23 de fevereiro de 2012

MARIDÓDROMOS

Se você é daquela que sofre horrores com o maridão cada vez que vai as compras! Seus problemas acabaram.
Se para nós mulheres, fazer compras é um imenso prazer, para a maioria deles, é sinônimo de irritação e estresse garantido. Muitos, fazem qualquer coisa para não acompanhar as companheiras nas compras coitadinhos.
E foi justamente pensando nesses homens sofridos que arquitetos têm investido em lojas e shopping deixando o ambiente um verdadeiro sonho aos olhos masculinos. Trata-se do MARIDÓDROMOS.
Esses espaços estão cada vez mais comuns em grandes e renomadas lojas. Tudo para que seu companheiro fique o mais confortável possível e nem sinta que está esperando você.
Que maravilha!!! O mundo conspira a nosso favor mulheres.
Nesse cantinho reservado aos homens eles contam com sinuca, Tvs com futebol, videogames, jornais, revistas, café, colchonetes, cadeiras super confortáveis e outros mimos. Isso varia de loja para loja!
Já ficou mais que provado que o tempo do homem é muito diferente do tempo de nós mulheres. Eles quando saem para comprar algo, já saem focado no que querem ao contrário de nós, que estamos sempre na dúvida. Por isso levamos mais tempo e isso irrita os homens.
Já tem lojas em São Paulo que oferecem até redes de deitar, e, isso acaba agradando mais aos homens do que mesmo as mulheres.
Gostou? Imagina! Você tendo a oportunidade de andar um shopping inteirinho e seu maridão lá deitadinho... comendo petiscos, vendo Tv, calminho... calminho.  Isso é o que chamo de uma boa idéia.

Rosélia Santos

GRANDE AVANÇO NO TRATAMENTO DO CÂNCER, TRATA-SE DA USP15

Um grupo de pesquisadores liderado por Joan Seoane, doutor e diretor de pesquisas no Instituto de Oncologia Vall d'Hebron, publicou no último domingo (19) um artigo identificando a proteína USP15, que é uma promessa para o tratamento do câncer. O estudo foi publicado na revista “Nature Medicine".
Foram anos de estudo do glioblastoma, um tipo de câncer do cérebro que é comum e bastante agressivo apesar disso, a proteína também pode ser vista ativa em outros tipos de câncer, como o de mama ou o de ovário. Segundo os pesquisadores, a USP15 promove a progressão do tumor ao ativar um caminho chamado TGFβ, que permite que a doença "escape" das investidas do sistema imune da pessoa.
O artigo batiza a USP15 de “termostato biológico” dentro da cadeia que ativa o TGFβ. Assim como um termostato regula a temperatura de um ambiente, o USP15 controle e corrige as atividades do TGFβ, diz o comunicado divulgado sobre o estudo.
De acordo com os pesquisadores, a estabilidade da proteína é regulada pela eliminação ou agregação de pequenas proteínas, que estabelecem quais moléculas devem ser eliminadas. Esse processo é regulado por enzimas como a USP15.
Um dos problemas envolvendo a USP15 acontece quando o gene da enzima é amplificado após mutações genéticas e ela é produzida em excesso. O “termostato biológico” fica quebrado e há uma superativação da cadeia do TGFβ.
O potencial terapêutico da identificação da USP15 está na inibição da proteína. “Quando inibimos a USP15 em um modelo de glioblastoma humano, a atividade do TGFβ caiu e o tumor não se desenvolveu. Esse tipo de proteína pode ser facilmente desativada e, por isso, é um bom alvo para o tratamento”, explicou Seoane, em comunicado divulgado sobre a pesquisa.

g1.globo.com/

22 de fevereiro de 2012

NOVAS EXIGÊNCIAS PARA AS UNIVERSIDADES E CENTROS UNIVERSITÁRIOS


Universidades e centros universitários, públicos e particulares, para manter o título obtido junto ao MEC devem oferecer quatro mestrados e dois doutorados até 2016. A exigência e o prazo valem, ainda, para faculdades que desejam ser universidade.
A medida representa um novo sistema de ensino superior e testará 144 instituições, sendo 58 federais e 86 privadas. As 37 universidades estaduais e as sete municipais não precisam seguir a resolução, porque têm regulamentação própria. O Ministério da Educação e o Conselho Nacional de Educação tornaram mais abrangentes, e rígidas, as regras para criar e manter universidades em funcionamento. Foi dado um prazo para as instituições se adaptarem.
A preocupação do MEC e do CNE é melhorar a qualidade de ensino, o que exige formação e histórico. O presidente do CNE, Antonio Carlos Ronca, disse que o CNE “tornou mais rigoroso o processo; o sarrafo subiu de altura e o pulo será maior”, explicou. Maria Paula Bucci, secretário de Ensino Superior do MEC, explicou que “cada instituição, dentro de sua categoria, terá um nível de exigência”. Para ela, mais de 50% das universidades e centros universitários atenderiam, hoje, as novas qualificações.

21 de fevereiro de 2012

A MINHA MÃE


Saudades sentida...
Sentimento que não se explica
Uma lágrima que cai
Pensamentos permanentes, que crescem.
Que envolvem minha mente
Com um emaranhado de lembranças de momentos vividos
Intensamente vividos...
Tristeza por não ter outros tantos momentos compartilhado
A angustia de ter deixado passar despercebidos.
Como tua ausência me trás  dor...
Agora já não é só mais uma lágrima que cai
São centenas... milhares que vem
Acompanhada de um soluço que consome
Soluço que surge de dentro do meu ser
Incontrolável, insensível
Alheio ao meu sofrimento.


Rosélia Sousa

CREO QUE SOY SHY

Estamos praticamente em todos os lugares. Porém, não nos deixamos ser percebidos. Não temos razão para isso, muito pelo contrário, temos razão para querer sermos percebidos. Contudo, isso só existe na ficção, na vida real não funciona assim.
Diferentemente dos esfuziantes, loquazes, expansíveis, sociáveis, pessoas tímidas vivem espremidas num imenso mundo, onde seu espaço se torna limitado ao extremo. O tímido/introvertido (explico a barra entre as palavras a seguir) sofre com esses limites, limites impostos por uma sociedade que valoriza os populares e extrovertidos. E essa imposição gera o desprezo aos que gaguejam, coram, ficam com mãos suadas quando precisam esboçar uma reação.
Na verdade, 'lamentamos' que a espécie humana seja gregária, o que nos obriga a interagir o tempo todo com nossos semelhantes. E, essa incômoda realidade para nós, na máxima do Jean-Paul Sartre, filósofo francês – "o inferno são os outros".
Será mesmo esse nosso espaço? Espaço tão pequeno num mundo tão imenso?
Pessoas tímidas não deveria fazer um certo esforço e deixar de ser o que são?  Encarar a timidez como se encara uma doença? São tantas indagações que fazemos diante do espelho isolados no nosso recanto mais sagrado... o nosso quarto!
Há quem diga que timidez e introversão não são sinônimos. Para a maioria que tem o problema dá no mesmo. Não adianta teorias, pesquisas e mais pesquisas, na prática, é tudo a mesma coisa, o mesmo sentimento. Por isso, a barra entre as palavras.
E, esses sentimentos nos fazem sofrer, e, corriqueiramente, nos apavora a sensação de exposição e julgamento de outros. 
Saiba que corremos também o risco de nos tornarmos o antissocial patológico, que são aqueles que começam com tais comportamentos e acabam desenvolvendo ansiedade quando diante de alguma situação de exposição normal. Nesse caso, só um bom especialista, ou seja, um bom psicólogo.
Enfim, acho que nosso espaço não é tão pequeno. Devemos, sim, lutar contra isso. E, se preciso buscar ajuda.
A dica é aprender a pensar muito antes de falar, ter segurança em si próprio, tentar se expressar com calma e escutar o que os outros falam com bastante atenção. E vamos a luta sem medo de ser feliz! Afinal...

“O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras, acho que estou entre elas, aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação”
"Seja você quem for, seja qual for a posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força, muita determinação e sempre faça tudo com muito amor e com muita fé em Deus, que um dia você chega lá. De alguma maneira você chega lá.”
Ayrton Senna

Rosélia Santos

GENTE... NÃO É O QUE VOCÊS ESTÃO PENSANDO

No banheiro de um camarote, Edmundo falava com um amigo da fama de pegador. "Estou apaixonado, cara. Agora sou um homem sério", disse o Animal, que estava acompanhado da mulher, Clarissa.
O papo foi interrompido com a entrada de Alexandre Nero no recinto. "Tá pegando veado na novela!", gritou Edmundo. O ator respondeu: "Eu como na novela, e você come na vida real". "Como mesmo. Já comi muito veado por aí", entregou o ex-jogador.
Coisas de carnaval!

20 de fevereiro de 2012

ATRIZ JUDI DENCH ESTÁ PERDENDO A VISÃO

A atriz britânica Judi Dench, muito conhecida por interpretar a "M", chefe do serviço secreto britânico no filme "007", e inúmeros outros, não consegue mais ler e tem muita dificuldade de enxergar. Judi, é portadora de uma doença degenerativa  que a impede de ler e reconhecer rostos.
Contudo, Judi afirma que apesar de correr o risco de ficar totalmente cega não pretende abandonar a carreira, informa a revista Daily Mirror.
A atriz de 77 anos precisa da ajuda das pessoas que a cercam para estudar os roteiros dos filmes que faz, uma vez que não consegue mais lê-los.
Judi Dench, afirmou a publicação que sempre pede ajuda a filha ou a amigos para ler os roteiros.
A atriz está atualmente produzindo um filme novo de James Bond e, a estréia está prevista para o mês de outubro.

19 de fevereiro de 2012

PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO COM LIVROS IMPRESSOS NA CHINA, ÍNDIA, COREIA, CHILE E COLÔMBIA

 As importações no Brasil avançam a cada dia chegando até ao mercado de livros didáticos. Nos bancos escolares, os estudantes brasileiros estão estudando em livros impressos na China, Índia, Coreia, Colômbia e Chile.
Em 2011, editoras que fornecem material para o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), do governo federal, ampliaram em quase 70% as encomendas no exterior, estimam empresários da indústria gráfica. Os motivos são o câmbio e o custo Brasil.
Principal cliente para as gráficas do segmento editorial, o governo responde por 24,4% das compras de livros no País, que somam cerca de R$ 4,5 bilhões. No ano passado, o governo fez uma compra recorde de 170 milhões de livros didáticos para o ano letivo de 2012.
Segundo Fabio Arruda Mortara, presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), as editoras foram às compras no exterior, com base no argumento de que as gráficas editoriais brasileiras não teriam condições de entregar todas as encomendas dentro dos prazos estabelecidos nos editais.
A consequência disso foi que boa parte das gráficas trabalhou com alguma ociosidade a partir do segundo semestre de 2011, período em que elas costumam rodar livros didáticos. Em dezembro, representantes dos empresários e dos trabalhadores foram ao Ministério da Educação expor a preocupação com o crescimento nas importações.
"Já estamos perdendo empregos", diz o presidente da Abigraf. A indústria gráfica investiu US$ 5 bilhões no Brasil nos últimos quatro anos. Um empresário paulista, que pediu para não ser identificado, conta que demitiu 300 empregados nos últimos dois meses, o equivalente a 25% no quadro de pessoal. Além disso, engavetou um projeto de investimento US$ 20 milhões previsto para este ano. "Eu estava comprando uma máquina de 64 páginas e agora não tenho mais condições", diz o empresário.
O presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), José Carlos Wanderley Dias de Freitas, que participou de uma das reuniões com empresários e trabalhadores do setor, disse ao Estado que o órgão não tem informações diretas sobre aumento nas importações de livros didáticos.
Custo. "A relação de contrato do CNDL é com as editoras e a impressão do livro didático não é uma questão nossa", argumentou Freitas. "Se a editora vai fazer a impressão no Brasil, na China, na Europa ou na América do Sul, é um problema dela."
O avanço das importações não aparece nas estatísticas oficiais porque não existe posição aduaneira específica para o livro didático. Mas a indústria gráfica tem algumas sinalizações sobre o tamanho da encrenca. Uma delas é que, até 2010, as importações de livros medidas em dólares e em toneladas caminhavam praticamente juntas. No ano passado, porém, a quantidade de títulos do exterior saltou 62%, para 31,1 mil toneladas, enquanto o crescimento em valor foi de apenas 27%, para R$ 175,8 milhões.
Na avaliação dos empresários do setor gráfico editorial, o descolamento se deve a um forte aumento na compra de livros didáticos, que custam bem menos que a grande maioria dos livros importados pelo País.
A presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), Karine Pansa, prefere não tomar partido no debate. Ela fez questão de ressaltar que a entidade defende os valores éticos do mercado, mas não interfere nas questões comerciais das editoras.
"Gostaríamos que houvesse menos importações em todos os segmentos, não só o livreiro, para o bem do desenvolvimento do Brasil". E acrescenta: "Sabemos que os editores estão buscando a possibilidade de impressão em outros países porque o custo Brasil é prejudicial nesse momento à produção nacional.

Fonte: O Estadão

18 de fevereiro de 2012

DADOS PREOCUPANTES SOBRE A SÍFILIS

Em levantamento feito pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, unidade de referência em doenças infectocontagiosas no país, afirma que cinco novos casos de sífilis em adultos são notificados por dia. Em época de Carnaval, um dos dados levantados pelo Instituto é preocupante: a maioria dos pacientes infectados não sabe que a doença pode ser transmitida pelo sexo oral feito sem o uso de preservativo. O Ministério da Saúde quer eliminar a sífilis congênita, transmitida pela gestante ao recém-nascido durante a gravidez, até 2015.
No levantamento do Emílio Ribas, a maioria dos infectados tem de 40 a 43 anos. De novembro a dezembro de 2011, foram diagnosticados 369 casos de sífilis dos quais, 347 eram homens. Segundo David Uip, diretor do hospital, isso deve-se ao fato de que os homens conseguem visualizar as lesões com mais facilidade. Na mulher, as feridas costumam estar dentro do canal da vagina. "Há também pouca informação sobre a doença. Os pacientes surpreendem-se porque não têm ideia de que ela pode ser transmitida pelo sexo oral", diz David Uip, diretor do hospital.
Não existe hoje no Brasil um levantamento preciso sobre incidência de sífilis. O Emílio Ribas, por sua vez, ainda trabalha na compilação de dados de anos anteriores. Mas, de acordo com Mauro Romero Passos, presidente do Departamento de Doenças Infectocontagiosas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), os números de sífilis são ainda relativamente altos no Brasil - embora estáveis. "O problema está no fato de que esses números deveriam estar em queda, não estáveis", diz.
Sífilis gestacional - Segundo o Ministério da Saúde, a notificação compulsória da sífilis vem sendo feita desde 2010. Como as informações são repassadas por blocos ao governo, o levantamento completo dos dados ainda não está pronto. A referência que se tem hoje para acompanhar a prevalência da doença são os casos de sífilis congênita, que tem notificação obrigatória desde dezembro de 1986 (com dados digitalizados apenas em 1996).
Na sífilis congênita, a doença pode ser transmitida para o feto por via placentária já a partir da nona semana da gestação. A taxa de óbito (aborto, natimorto, óbito neonatal precoce) é elevada, variando de 25% a 40% dos casos. Mais de 50% das crianças que nascem infectadas são assintomáticas. Os primeiros sintomas surgem geralmente nos primeiros 3 meses de vida.
Segundo Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, em 2011 o governo federal já começou a distribuir testes rápidos para a detecção da sífilis em gestantes. "Para 2012, pretendemos distribuir 3,3 milhões desses testes rápidos, número que deve cobrir metade das cerca de 2,4 milhões de gestantes que temos ao ano", diz. Em 2013, as projeções apontam para uma cobertura de 75% das grávidas e, em 2014, perto dos 100%. “Assim, acreditamos que em 2015 a sífilis gestacional pode estar eliminada”, diz Barbosa.
Os dados do Ministério mostram uma situação muito desigual no Brasil. Enquanto a média nacional é de 2,3 casos para 1.000 nascidos vivos, os números oscilam entre estados e regiões. No Nordeste, por exemplo, enquanto o Ceará registra uma média de 4,9 / 1.000, o Maranhão apresenta média baixa (e irreal) de 0,8 / 1.000. "Acredito que essa diferença tenha um único motivo: a subnotificação", diz Barbosa.
Diagnóstico e tratamento - No Brasil, o diagnóstico da sífilis é feito por exames de sangue. De acordo com Mauro Romero Passos, a doença costuma ter as primeiras manifestações clínicas após cerca de 21 dias do contágio. Mas, como a doença pode ser facilmente confundida com uma alergia ou uma irritação, os médicos precisam estar preparados para o diagnóstico.
Quanto mais cedo o diagnóstico e o tratamento forem feitos, menor o risco de complicações permanentes. O tratamento é feito com o uso de medicamentos antibióticos e o paciente deve permanecer em acompanhamento durante meses. O desaparecimento dos sintomas não é garantia de cura, que só pode ser avaliada pelo médico por meio de monitoramento clínico e laboratorial até que seja constatada a cura da doença
Após o contato sexual, os sintomas da sífilis primária podem aparecer entre duas e três semanas. A doença se manifesta com pequenas lesões, que são chamados de “cancro duro”, não dolorosas, na vagina, no pênis, no ânus e na boca. Os sintomas tendem a desaparecer mesmo sem o tratamento devido e retornam depois de meses, seguindo para a segunda fase da doença. Nessa fase secundária, os sintomas voltam depois de meses ou, em alguns casos, semanas. Os principais sintomas são erupções, principalmente nas palmas da mão e na planta do pé, mas podem aparecer ainda em outras partes do corpo, e são acompanhadas de febre alta, falta de apetite e prostração. Durante todo esse período, o indivíduo contaminado pode continuar transmitindo a bactéria. As consequências podem levar a danos neurológicos graves como demência, meningite e dificuldade para andar, além das cardiopatias.

Veja.com

COMBUSTÍVEL VERDE

Cientistas estão desenvolvendo sistemas para conseguir biocombustíveis fabricados a partir de óleos vegetais extraídos de diferentes espécies de algas marinhas. O combustível verde chegou. As algas marinhas, espécies de organização muito simples que vivem e realizam sua fotossíntese na água e se alimentam de substâncias inorgânicas, têm cada vez mais aplicações. Não só são utilizadas como alimento, por causa de sua riqueza em vitaminas e minerais, mas também em cosmética, devido a suas propriedades hidratantes, antioxidantes e regeneradoras.
Dentro de alguns anos, os combustíveis ecológicos que colocaremos em nossos veículos realmente poderão levar o rótulo de “verde”: a cor das algas. Já terão dado fruto muitas das pesquisas que estão em andamento no mundo todo, destinadas a utilizar estes vegetais marítimos para produzir diversos combustíveis de origem biológica ou biocombustíveis, como a alternativa aos cada vez mais escassos e caros hidrocarbonetos de origem mineral.
A companhia biotecnológica espanhola Biomar Microbial identificou seis micro-organismos denominados microalgas que, ao serem cultivadas com sais e luz solar e sem sofrer modificação genética, produzem ácidos graxos que originam um biocombustível de uma qualidade similar ao atual óleo diesel.
Segundo explica Antonio Fernández Medarde, executivo-chefe da companhia, "algumas multinacionais líderes do setor petroquímico como a Repsol já avaliam o cultivo destes micro-organismos como uma fonte de energia ecológica alternativa útil para a indústria do motor". "O biodiesel obtido tem as mesmas aplicações que o atual diesel e sua produção é ilimitada. Além disso, sua utilização não precisa realizar nenhuma mudança na atual tecnologia da indústria do motor", explica Antonio, especialista em biologia celular e patologia molecular.
já Arturo Ayats, vice-presidente da Biomar, destaca que "os biocombustíveis obtidos a partir de cereais podem ser criticados pelos países que precisam deles como fonte de alimentação, enquanto o gasóleo obtido a partir do cultivo de microalgas não traz esta polêmica". Arturo Ayats, vice-presidente da Biomar. "O oceano cobre 70% da superfície do planeta e sua diversidade biológica é muito superior à que existe na terra", assinala Arturo, para quem "o cultivo de microalgas como fonte para obter biocombustível é uma revolução no âmbito das energias renováveis com capacidade ilimitada de produção".
Os primeiros testes da Biomar para produzir biodiesel foram realizados em laboratório, e depois este cultivo se transferiu para piscinas de 400 litros nas instalações da empresa.
"Obtemos biocombustível ecológico a partir dos óleos que surgem da conversão da biomassa de microalgas, em processo denominado transesterificação", explica Arturo à Agência EFE. A biomassa se define como a "matéria orgânica originada em processo biológico, espontâneo  ou provocado, utilizada como fonte de energia".
Segundo o especialista, "os ácidos graxos resultantes dão lugar ao biocombustível de alta qualidade. A produção em grande escala será realizada aumentando a disponibilidade do espaço de cultivo dessas microalgas".
Cientistas do Instituto de Ciência e Tecnologia Ambiental (Icta), associado à Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), na Catalunha, Espanha, conseguiram fabricar biodiesel a partir do cultivo de três espécies de algas marinhas.
O pesquisador Claudio Fuentes Grünewald explicou que este avanço faz parte do biodiesel de "terceira geração", fabricado a partir de óleos vegetais, o que difere do bioetanol, um biocombustível produzido à base de açúcares.
Segundo este engenheiro chileno de pesca e aquicultura do Instituto de Ciências do Mar do Conselhos Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) de Barcelona, - que fez seu teste em condições ambientais e também controladas  "esta nova descoberta permite fabricar biocombustíveis sem depender de potenciais alimentos terrestres, como soja ou óleo de palma, nem utilizar recursos valiosos como a água doce".
As três espécies que se revelaram viáveis, escolhidas após comparar seu perfil, taxas de crescimento e produção de biomassa de 12 microalgas diferentes, são comuns na maior parte do globo: dois dinoflagelados (alexandrium e karlodinium) e uma rafidoficea (heterosigma).
O trabalho do pesquisador consistiu em "estressar" as algas para que produzissem mais óleo, aumentando a temperatura, reduzindo os nutrientes e injetando nitrogênio. Ele comprovou que as condições controladas permitem obter uma produtividade mais elevada, já que não se depende das variações climáticas. “Já se pode produzir biodiesel, mas em termos energéticos e econômicos ainda é inviável, embora esta 'desvantagem' deva ser revertida à medida que o petróleo aumente seu preço no mercado", explicou Claudio, que realizou primeiro seu experimento em um litro de água e depois em um tanque com mil litros.
De acordo com o pesquisador, "ainda há problemas técnicos para separar a biomassa da água, porque se consome muita energia, e de nada serve buscar combustíveis ecológicos se não são eficientes e consumimos mais energia para produzi-los".
As microalgas marinhas pesquisadas por Claudio produzem florações no litoral e mudam a cor da água, crescem em todas as partes do planeta. Cada país litorâneo poderia isolar suas próprias cepas e usar variedades locais que já estão bem adaptadas para produzir seu próprio biodiesel.

yahoo.com/

17 de fevereiro de 2012

QUE TAL PENSAR MAIS... NAQUILO?

Estudiosos da Universidade de Amsterdã Holanda, resolveram fazer um tipo de experiência bem interessante. Interessante não só pelo resultado, mas também pelo fato de, eles mesmos fazerem parte do grupo de voluntários.
O desafio era fazer com que homens e mulheres, pensassem em sexo o tempo todo. Em seguida, determinaram que todos resolvessem problemas de lógica e matemática. Qual foi o resultado??? Os que só pensavam naquilo... tiveram o melhor desempenho.
A explicação dos cientistas e que, quando se pensa em sexo, o cérebro ativa uma área “projetada” pela evolução para ajudar ao ser a se reproduzir. Daí em diante, começamos a prestar mais atenção nas pessoas, achá-las mais atraentes e identificar sinais de interesse sexual.
As mudanças mentais, que acontecem naturalmente para favorecer a reprodução, intensificam a nossa atenção e focamos mais nos detalhes, o que afia mais nossa percepção favorecendo também o raciocínio, e a inteligência. Que maravilha!!!