25 de fevereiro de 2011

RECONSTRUINDO


Existem certos momentos em nossa vida em que tudo parece estar perdido. Perdemos o controle de filhos, nos deparamos com um desconhecido que viveu ao nosso lado durante anos e de repente tudo está errado. Passamos a acreditar que assumimos uma responsabilidade grande demais, que somos incapazes de garantir e de cumprir com nossos deveres.
A primeira vista, a melhor coisa que pensamos em fazer é voltar para casa de papai e mamãe. Quando temos, quando não temos, bate a depressão, a angústia e uma enorme sensação de fracasso, ainda mais quando isso acontece quando estamos na meia idade. Aí, a situação fica feia. Dá até vontade de desistir da vida de adulto e dá uma de Peter Pan. Ridículo não?
A verdade é que nos sentimos numa verdadeira e pura falência e evasão de sentido. Lá se vão nossos melhores sonhos familiares e profissionais. E, numa luta ingloriosa vamos tentando nos sustentar. Não sabemos exatamente porque e por quem. Custa-nos acreditar que esse é o efeito sistêmico de nossas crises.
Ter esperança, é tudo que nos resta. Uma esperança sem romantização e não alienada, porém, concreta. Isto quer dizer com uma nova forma de ver situações, com uma nova ótica, um novo olhar para esses processos doloridos e para as dificuldades existentes.
Nossas relações afetivas são como seres vivos, nascem, crescem, amadurecem para morrerem em seguida, e nossa passagem por cada uma dessas fases é muito conflitante. Por outro lado, nos faz amadurecer. Por isso, devemos encarar como uma forma positiva, e, que servirá para nossa própria construção como seres aprendizes que somos por excelência. 
Se usarmos essa capacidade que temos de aprender, no final, obteremos uma nova compreensão dos fatos e começaremos a lidar com essas alterações de rotina de vida de forma mais leve e mais adequada a cada momento.
O ponto principal é a época em que vivenciamos.
Hoje, o casamento não é mais um pacto entre duas pessoas levadas pelo mesmo sentimento de ternura e amor, onde essas pessoas sonham em construir juntas uma base, um lar, uma família. O casamento, hoje, mais se compara a um tipo de contrato comercial em que cada um deseja tirar mais vantagem, sem muito compromisso com o outro.
Na sociedade de hoje, onde o divórcio tornou-se mais fácil do que o casamento, onde os relacionamentos são totalmente descartáveis, é muito difícil falar em união estável, falar em união para ‘o resto da vida’ ou em reconstrução.
Entretanto, é preciso ir à luta, começando a entender que a união conjugal não pode ser encarada como um contrato comercial, mas, sim, como um organismo vivente, que cumpre toda sua trajetória, como falei antes, de nascimento, crescimento, amadurecimento e por fim, morte, seguindo assim, o ciclo de vida, mas de forma muito natural.
Na maioria das vezes, as crises vêem paralisando a intimidade dos casais que, aos poucos, vão se afastando um do outro, e, muitas dessas crises poderiam passar tão rapidamente quanto o modo em que vieram se ambos soubessem passar por elas, encarando-as de forma positiva, ou seja, como uma forma de crescimento pessoal e afetivo.
Se um ser vivo não é regado para crescer, ele acaba morrendo. Assim é o casamento. Por isso, vale a pena está constantemente atentos a cultivar o relacionamento para que ele passe por esses processos naturais do cotidiano e cresça.
A reconstrução de um relacionamento, que por orgulho ou por falta de diálogo está definhando é mais saudável e muito menos amargo, sem contar que é muito menos dolorido que um processo de separação e divórcio.   
Tente identificar a etapa desse ciclo que você está passando e tente mudar o rumo da história para fortalecer seu relacionamento conjugal. Pois, se tem amor, tem tudo. O resto se resolve com uma conversa franca e verdadeira. Afinal, quando deixamos pai e mãe para nos unirmos a outrem, significa que queremos autonomia e responsabilidade sobre nós mesmos.
Muitos casais acham que deixar a casa dos pais para casar, significa apenas mudar de ambiente e muitas vezes usam deste artifício para se separar na primeira briguinha. É preciso deixar pai e mãe para assumir tal compromisso: o de casar e formar sua própria família.
Como aqui no Brasil só podemos estar casado com uma única pessoa, e se o seu relacionamento vai mal por interferência de terceiros, aí vai uma dica. Tente divorciar-se emocionalmente dessas pessoas. Muitas vezes um dos parceiros continua casado com os pais, principalmente. Divorciando-se deles, conseguirá criar um vínculo novo e profundo e terá estrutura para um novo casamento.
Perceba que um relacionamento saudável tem início com um divórcio saudável, entre filhos e pais, para então começar um novo relacionamento de forma adulta e madura, sabendo o que realmente quer da vida. A razão principal de um casamento é o ‘Até que a morte nos separe’, estabelecida por Deus.
Pena, que hoje, a maioria dos casais se deixa naufragar pela violação dessa razão estabelecida e esquece os fundamentais princípios morais, integrais e, sobretudo, humanos.
Não é vergonhoso separar e voltar quantas vezes necessário, se existe amor. Entretanto, é vergonhoso se divorciar na primeira briguinha e não saber exatamente o que levou você a isso.  
Uma boa conversa, um diálogo esclarecedor e franco, às vezes, resolve e muito, situações como essas. Converse com o seu cônjuge e se possível, salve seu relacionamento. Seja feliz.

UNHAS EM 3D

 
No Brasil, o esmalte nunca fez tanto sucesso como está fazendo no memento.
Vocês sabiam que hoje nos salões de beleza as manicures fazem unhas até em três dimensões? Incrível isso!
E é uma verdadeira febre as unhas em 3D. E digo mais são verdadeiras obras de arte. Na prática, 3D é a designação para decoração em alto relevo.
Toda mulher entende do que estou falando.
Para nosso delírio, os esmaltes estão em alta, são tantos os lançamentos de cores e efeitos que não dá para ser fiel a uma só cor, a uma só marca.
As pesquisas apontam que a venda de esmaltes no Brasil dobrou em até trinta por cento nas vendas.  
As cores que estão fazendo a cabeça das mulheres brasileiras são: O nude, azul, cinza, salmão e Pink, rosa claro, vinho e vermelho sangue. O branco está também sendo muito usado para o efeito 3D.
Você vai precisar de pincel para design 3D, pó acrílico, líquido monomer com filtro UV. No mercado já tem um kit prontinho com tudo que você vai precisar para fazer o seu grande diferencial.
Lógico que essa arte não é para ser usada no dia a dia, e sim, em ocasiões especiais como: casamentos, madrinhas de casamentos, aniversários de quinze anos, formaturas etc.
Isso não quer dizer que você não poderá inovar com desenhos mais simples para o dia a dia. A imaginação é por sua conta. bjus

19 de fevereiro de 2011

SUUUUUPEEEEERRRRRRRRRR FELIZZZZZZZZZZZZZZZ




Mais de vinte mil acessos. Em apenas seis meses de blog. Obrigada a todos! Mil beijusssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

14 de fevereiro de 2011

É DA GORDINHA QUE ELE GOSTA MAIS


Angeolinni - 26 anos, Casada, Mãe de dois filhos lindos.
Além de linda, desconhece a palavra STRESS.
Olha se com esse soriso ela parece infeliz.
Escolhi a Angeolinni para ilustrar minha matéria, 
porque não conheço ninguém que se ame mais do que ela.
Está sempre de bem com a vida e muito bem amada.
A ditadura imposta pela mídia a favor da magreza que chega a ser doentia, aos poucos está sendo banida pela maioria das pessoas que estão acima do peso. Paulatinamente, barreiras estão sendo rompidas e muitos estão assumindo seus quilinhos com muito orgulho e bom humor.
Acho bárbaro o comportamento, a determinação dessas pessoas. Demonstram que são indiferentes a opiniões de outros e que têm muita personalidade e opinião própria, não ficando à mercê da mídia, que elegeu como padrão de beleza quem veste até o número trinta e oito. Passou: é obesa... Concordam??  
Sabe-se que o principal motivo que faz com que pessoas que vestem acima do número trinta e oito se considerarem ‘gordas’? É, justamente, a campanha desenfreada imposta pela mídia.
O que devemos fazer é mostrar que existem coisas e muitas coisas a serem admiradas numa pessoa e que estes detalhes vão muito além de um corpo, pele e osso.
Há quem conviva com uns quilinhos a mais desde pequeno. E isto nem é vantagem e nem desvantagens. É apenas uma condição de vida que tem que ser aceita pelo individuo, sem impor nada além do que o seu corpo aguenta.
Tem gente que não aceita esta contingência e aos poucos vai se matando em dietas e mais dietas, medicamentos e mais outras coisas. Este tipo de atitude só piora o seu estado de saúde. E, às vezes, leva a depressão e problemas de ordens psicológicas.
Se você ainda pensa assim... é uma pena e está totalmente fora de moda!
Trabalhar a auto-estima é muito importante. Comece filtrando o que você lê, o que você vê, onde freqüenta e tudo o mais. Isto é, procure comprar e lê revista direcionada a pessoas normais. Digo, que vestem acima de trinta e oito. Entendeu?
Antes de começar a olhar roupas em uma loja, pergunte logo a vendedora: - Tem números G/GG?
Não tem. Saia imediatamente. Não fique vestindo e tirando roupas apertadas, isso fará com que você se ache mais fofinha do que realmente é. E isso é totalmente desnecessário.É simples, vá a uma costureira e encomende algo sensasional e único. 
Passar por esse tipo e coisa é perder tempo. Ainda temos que vencer alguns obstáculos, é verdade. Na maior parte do Brasil, ainda não temos produtos para esse grupo de pessoas, mas isso será por pouco tempo. Afinal, já existe um mercado destinado a nós pessoas normais, Graças a Deus!
Hoje mesmo, estando um pouco ou um muito acima do peso, já é possível se vestir com muita elegância e estar sempre na moda. Inclusive, aconteceu no dia 12 de fevereiro, em São Paulo, um desfile de moda só com modelos tamanho GG. Foi o (FWPS) ‘Fashion Weekend Plus Size.
Enfim, barreiras estão sendo rompidas. Isso é muito bom.
Elevar a auto estima significa levar uma vida normal, sem se envergonhar do que é. É estudar, trabalhar, ir à praia, se divertir, mostrar toda sua sensualidade e namorar muito.
Procure se vestir de acordo com o seu corpo, se você veste G ou GG, porque querer entrar dentro de uma calça M ou P?
Aprenda a valorizar seu corpo. Tem seios fartos? Aprenda como deixá-los ainda mais sensuais. Comece escolhendo o seu sutiã perfeito, ou seja, tamanho e modelo certos. O sutiã errado interfere muito, tanto esteticamente, como na sua saúde, pois, um sutiã sem base de sustentação sobrecarrega os ombros, causando dores e desconfortos. Por isso é importante observar a qualidade do produto, escolha tecidos de fibras naturais, com boa sustentação do bojo e com elástico de primeira qualidade. Evite comprar sutiã de material sintético.
Se você tem costas largas, se preocupe também com as laterais e as alças. Opte por aqueles reforçados que são mais confortáveis e seguros. E, ao invés de escolher por números, escolha por taças, exemplo: Taça A, Taça B Taça C. Tenha sempre em casa extensores para uma emergência. 
Celebre seu corpo, deixe-o sempre lindo, explore sua beleza peculiar, sem se preocupar em reduzi-lo aos padroes impostos pela mídia. 
Agora querida FÊMEA, a ordem é ser feliz, amar muito e ser amada do jeitinho que você é. Não permita que a opinião dos outros interfira na sua felicidade!
O preconceito existe? Eu sei que existe e daí?
Você vai escolher ser infeliz por causa disso??
Uns quilos a mais não tiram a sensualidade nem a sexualidade de um ser que se ama e acima de tudo se aceita e se admira. E, se o seu SAC (Serviço de Atendimento ao Companheiro) não fizer nenhuma reclamação sobre você nestes quesitos, o que você quer mais? Então, procure ser feliz amiga! Bjusssssss.

12 de fevereiro de 2011

VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇA EM CASA


Palmadas, beliscões, pontapé, tapas, puxão de cabelo, bater com objetos, xingar, humilhar, ameaçar, sacudir, empurrar, rejeitar, desqualificar, castigar. Essas punições corporais são formas de violência contra crianças.  
Encarada por muitos adultos como uma forma de educar, esta ‘pedagogia’ muitas vezes leva a criança a achar que a violência é a maneira correta de se solucionar conflitos. E, ao levar essa pratica humilhante ao longo de sua vida, torna-se um adulto agressivo.
Este tipo de violência fere os direitos fundamentais da criança: é um atentado à sua dignidade.
Educar não é uma tarefa fácil. O relacionamento entre pais e filhos é cheio de expectativas. E quando tais expectativas não são satisfeitas, geram frustrações e desentendimentos. São inúmeras as razões. Muitas vezes os pais não têm condições suficientes para dar aos seus filhos o que eles necessitam para um crescimento saudável ou ainda, querem que os mesmos sejam aquilo que eles esperam que sejam ou que gostariam de ser e não conseguiram.
Muitas vezes alguns pais acham que a melhor forma de educar é através da rigidez e do castigo físico, que na grande maioria das vezes não funciona e pode ter efeitos nocivos ao desenvolvimento da criança. Muitos pais alegam que conversar não dá resultado, tentando desta forma, justificar o uso do castigo físico.
É muito mais fácil dá logo um bom tapa ou mesmo uma boa chinelada, um puxão no cabelo um beliscão, etc. Pura covardia!
Logicamente, o adulto que castiga fisicamente uma criança é muito poderoso e forte, não é? Imagina...
Esse tipo de ‘educação’ a base do tapa e outras agressões, é, por conseqüência, levado para as relações futuras da criança e ele passa a praticá-las com os amigos mais fracos e irmãos mais novos.
Na verdade, as crianças que sofrem este tipo de agressão tendem a se comportar de forma retraída e confusa, sua auto estima fica seriamente comprometida, apresentado muita insegurança, medo e timidez. Geralmente, é uma criança passiva e submissa.
Alimentar esse ciclo que muitos pais enxergam como “metodologia educativa” é um grande erro. Pais que usam de violência para ‘educar’ suas crianças, fazem, tendo a certeza que é o melhor para seus filhos, talvez por ignorância, isto é, por falta de conhecimento não sabem que violência contra qualquer ser humano é crime por infringir seus direitos. Se não é aceitável a violência contra um adulto, porque deve-se aceitar e achar normal contra uma criança que não tem como se defender?
Você deve estar pensando: “é falta de conhecimento”. Puro engano. Conheço muitos ‘diplomados’ que ainda usam a diferença de ‘poder’ entre ele e a criança, onde o correto seria sentar e conversar usando toda a sinceridade possível, pelo menos para tentar explicar sua falta de controle e demonstração de arrependimento verdadeiro.
 Essa atitude é mínima diante da agressão para com a criança e servirá de exemplo tanto de humildade como de respeito. Assim o pai entenderá que pedir desculpas não é motivo para se envergonhar e que cometer erros é humano, além de ter a oportunidade de ouvir os filhos.
Dicas difíceis, mas possíveis e necessárias:
a) Respire e conte até dez. Isto é, acalme-se antes de sair distribuindo violência contra seus filhos;
b) Nos momentos de ira, evite tentar resolver qualquer situação;
c) Pense antes de falar coisas que magoe seus filhos o tanto quanto lhe magoaria;
d) Converse com seus filhos;
e) Nunca... nunca recorra a tapas, palavrões ou xingamentos, que você como adulta(o) não gostaria que usassem contra você;
f) Não descarregue no seu filho(a) seu stress, sua raiva etc. Ele(a) não tem culpa;
g) Jamais responsabilize sua criança por coisas que não são deveres dela e sim seus;
h) Ao conversar com seus(as) filhos(as), sente-se e fique na mesma altura dos olhos dela(e), para que a(o) mesma(o) não se sinta ameaçada(o);
i) Não é preciso falar aos gritos; mantenha o tom de voz calmo;
j) Demonstre confiança entre você e a criança;
l) Leve em conta as opiniões e idéias dos (as) seus (as) filhos(as).
m) Mostre que valoriza o comportamento deles (as);
n) Faça elogios sempre que eles merecerem;
o) Não faça críticas duras como: Você é um desastrado(a), não serve prá nada, você é inútil e outras; Diga: Preste mais atenção, veja o que acaba de acontecer, etc.

Espero ter contribuído. E para aqueles que usam este tipo de ‘recurso’ achando que estão ‘educando’ seus filhos, quero dizer que analise o seu tamanho e olhe para baixo e pense... e se este pequeno fosse eu???? Até a próxima.

5 de fevereiro de 2011

EU DEVIA. AH! SIM. COMO EU DEVIA!!


Sei que ainda te amo. Mas não devia.
Sei que ainda penso muito em você. Mas não devia.
Sei que me acostumei com o teu olhar, teu sorrir, teu abraçar... Mas não devia.
Sei que ainda não olho para os lados para ver outras pessoas.  Mas não devia.
A gente se acostuma a só ter olhos para quem ama. Mas não devia.
A não querer outra vista. Mas não devia.
E, por não desejar outra vista, logo se acostuma. Mas não devia.
Sei que esqueci quão belo é o sol, o ar, a amplidão. Mas não devia. Eu sei!
Acostumei a acordar de manhã sobressaltada por medo de sua partida.  Não devia. Eu sei...
A tomar café te olhando como se fosse o único. Mas não devia.
A ler o jornal só depois de você. Eu sei. Mas não devia.  
Acostumei a cochilar esperando sua vinda e isso nunca acontecia... Mas não devia. Eu sei!
A deitar cedo e dormir na esperança de um outro dia. Eu sei.
Sei que não vivi o dia presente. Mas não devia.
Acostumei a ler sobre a guerra.
Com medo de ler poesias. Mas não devia.
Aprendi a aceitar os mortos.
E, aceitando os mortos, aceitei não acreditar num outro amor. Mas não devia.
Acostumei a te esperar o dia inteiro e ouvir no final: um não posso.
Acostumei a ser ignorada quando precisava desesperadamente ser vista.
Acostumei a andar na rua e ver casais felizes ou brincando de ser.
Senti inveja...  Mas não devia. Eu sei.
Acostumei a ligar a televisão e assistir a comerciais, por você não ter aparecido. Mas não devia.
A gente acostuma a coisas demais, por medo de sofrer. Não devia!
E aos poucos, em doses pequenas, tentando não perceber, vai deixando uma dor aqui, uma revolta ali, um ressentimento acolá, uma tristeza hoje e um consentimento amanhã.
A nossa alegria, nosso amor, nosso carinho e por fim, a vida, que aos poucos se gasta, de tanto acostumar... acaba se perdendo de si mesma.
Acostumei a não mais chorar com suas idas e vindas na minha vida. Não devia. Eu sei.
Acostumei com tua ausência... Eu sei... Não devia.
Hoje, já não penso no teu olhar, no teu sorrir, teu abraçar.
Aprendi que preciso olhar para os lados e desejar outra vista.
Lembrei-me de quão belo é o sol, o ar, a amplidão e adorar a acordar calma sem pensar em sua partida.
A tomar o café e ler o meu jornal.
A deitar tarde... adormecer e sonhar.
Viver cada minuto do meu presente e precioso dia.
A ler sobre poesias e esquecer as guerras. Contudo, chorar pelos mortos.
Acreditar num mundo melhor e, acima de tudo, no amor.
Aprendi a me amar o quanto preciso ser amada.
A andar na rua e ver casais felizes.
A ver televisão e rir dos comerciais.
Enfim, acostumei-me a coisas.
E aos poucos, em doses pequenas, percebi, que uma dor aqui, uma revolta ali, um ressentimento acolá, uma tristeza hoje e um consentimento amanhã, nos ensinam o caminho a seguir até nossa alegria, nosso amor, nosso carinho e por fim, até a nossa vida.
Eu devia. Ah! Sim. Como eu devia!!