28 de maio de 2012

ESCLEROSE MÚLTIPLA OU EM


A esclerose múltipla também chamada de EM ou esclerose disseminada é uma doença neurológica crônica, ou seja, uma doença do Sistema Nervoso Central, lenta e progressiva, é caracterizada por inflamação e destruição da mielina em indivíduos com predisposição genética. Podemos comparar a mielina a uma capa de revestimento dos fios de condução dos nossos impulsos nervosos, ela é responsável pela alta velocidade de condução desses impulsos. Por isso é considerada uma doença desmielinizante, isto é, a bainha de mielina dos neurônios é danificada. Com isso, a lesão da mielina ao comprometer a condução dos impulsos nervosos, pode afetar nossas funções como a visão, a sensibilidade, o equilíbrio e os movimentos de todo o corpo.
A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, o sistema imunológico ataca estruturas do organismo que deveria, em condições normais, defender. Esta doença afeta jovens e adultos. Apesar de pesquisas já terem mostrado que mulheres entre 20 e 45 anos são afetadas em maior número, homens também estão sujeitos, embora com menor frequência. Pessoas com mais de 50 anos correm menos riscos. No Brasil, a estimativa é de cerca de trinta mil casos.
Falando um pouco da evolução da esclerose múltipla, é importante dizer que varia muito de uma pessoa para outra podendo se manifestar sob quatro padrões:

I - Surto-remissão: os sintomas duram de 24 horas a três semanas e desaparecem totalmente, podendo deixar mínima sequela. É o que chamamos de SURTO. O paciente pode, por exemplo, acordar pela manhã com perda ou diminuição da visão em um olho, recuperando-a espontaneamente após alguns dias. Surto-remissão é o padrão de inicio da doença em cerca de 85% dos casos.

II - Primariamente progressiva: há uma progressão lenta desde o início da doença, sem a ocorrência de surtos. 

III - Secundariamente progressiva: após um longo período na forma surto-remissão, a doença progride com agravamento da incapacidade. Incide em cerca de 50% dos pacientes após dez anos do início da doença sob a forma surto-remissão.

IV - Progressiva recorrente: é progressiva desde o início como a primariamente progressiva, mas está associada a surtos. Há progressão da doença entre os surtos. Essa é a forma mais rara.
Os sintomas do paciente com esclerose múltipla, geralmente, são problemas de visão, fraqueza muscular, problemas na linguagem, no equilíbrio, dormências, que melhoram e pioram sendo que quando sua predominância encontra-se na medula, as manifestações motoras, sensitivas são muito presentes.
Em algumas pessoas a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária, perda de audição, impotência sexual e depressão. Também é comum o surgimento de rigidez muscular, dores articulares e, principalmente na coordenação motora. O doente sente dificuldade para realizar movimentos simples principalmente com os braços e as pernas, quando fica em pé, perde o equilíbrio, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos em várias partes do seu corpo. Fadiga e movimentos involuntários do olho, são possíveis sintomas nesses casos.
Quanto a causa da esclerose múltipla, não existem causas conhecidas para a doença, entretanto, estudam-se anomalias imunológicas, infecção produzida por um vírus latente ou lento e mielinólise por enzimas. Na maioria das vezes, observações de casos familiares sugerem suscetibilidade genética.
Na realidade, sua causa permanece de difícil compreensão. Hoje, de acordo com o que pesquisei, a teoria mais aceita é de que ela resulta de ataques ao sistema nervoso central pelo próprio sistema imunológico do organismo. Enquanto outros sugerem que a esclerose múltipla é uma doença metabolicamente dependente, outros já defendem que ela pode ser causada por um vírus como o Epstein-Barr. Ou seja, várias teorias e nenhuma certeza. 
Tratamos agora do diagnóstico da EM. O diagnóstico depende de um exame neurológico e da experiência de um bom especialista no assunto “o Neurologista”. Que, auxiliado por exames para-clínicos pertinentes, como a ressonância magnética, líquido cefalorraquidiano, potenciais evocados, punção lombar e outros, irá fazer com que o mesmo chegue ao diagnóstico. Preste bem atenção é imprescindível procurar um bom especialista. Não esqueçam esse detalhe de muita importância.
Como todo tipo de doença, o diagnóstico precoce e o tratamento médico apropriado evitam complicações, por exemplo, as infecções de alguns órgãos. Uma ampla investigação do histórico do paciente também é muito importante.
Vamos falar agora um pouco no tratamento. Quanto ao tratamento, segundo minhas pesquisas, recomenda-se fisioterapia e psicoterapia. Usam-se antivirais, Imunossupressores, Corticoides e outras drogas que são indicadas para combater a doença, porém, o tratamento da EM pode ser dividido em duas partes. Na fase aguda, os surtos são tratados, visando diminuir sua duração. A fase de manutenção envolve o uso de drogas imunomoduladoras, que podem modificar o curso da doença, diminuindo o número de surtos e prevenindo a incapacidade. São usadas também em alguns pacientes, terapias alternativas como apiterapia, vitaminoterapia e acupuntura. Contudo não há comprovação de eficácia nestes tratamentos.
Na realidade, o tratamento não comprova cura, porém, é muito importante que o portador de EM compreenda os limites de sua doença, assim, o tratamento ficará mais fácil e ele poderá ter uma vida normal, sem restrições e preocupações. A visita ao Neurologista de forma regular é essencial para obtenção de respostas às suas dúvidas.
Uma boa qualidade de vida é importante para aliviar os sintomas. Fazer Fisioterapia e Hidroterapia só melhoram e ajudam na recuperação, pois, mantém o paciente ativo e fortalece os membros mais afetados que são os  inferiores.
Espero ter contribuído de alguma forma. E não esqueçam que meus artigos, não possuem valor científico. O objetivo é unicamente alertar para o problema e orientar pessoas que se identificam com os mesmos a procurar ajuda. Por isso, se isso acontecer com você, procure um ESPECIALISTA NO ASSUNTO.  
Sites consultados:
http:// wikipedia
http://www.icbneuro.com.br/
CORRÊA, Eber Castro. Entenda melhor o que é a esclerose múltipla

27 de maio de 2012

ESCLEROSE MÚLTIPLA: EX-PAQUITA LUISE WISCHERMANN, RELATA O DRAMA DE VIVER LONGE DO FILHO

O último dia das mães da ex-paquita Luise Wischermann foi triste como os anteriores. Longe do filho, Oliver, de cinco anos, que mora no Canadá com o pai, ela viu o pequeno abrir seu presente via internet. “Tentei não demonstrar minha tristeza, mas não consegui e chorei muito”, disse Luise ao EGO, inconformada com a falta de apoio do governo brasileiro em relação ao caso. “Já mandei diversas cartas às autoridades brasileiras, e me respondem que vão ver o que podem articular, mas nada fazem.”
Luise luta pela guarda de Oliver desde que voltou para o Brasil em 2010 para tratar de uma esclerose múltipla (doença que afeta a coordenação motora), após 18 anos morando no exterior. O filho ficou com o ex-marido de Luise, que é canadense. No momento, o menino mora com o pai e passa as férias com a mãe, no Brasil. “Vejo meu filho de oito em oito semanas. Agora vou buscá-lo no dia 12 de junho, e ele vai passar dez semanas comigo. Mas eu sou a mãe, deveria ser o contrário, ele morar comigo e passar férias com o pai”, diz a ex-paquita que, apesar de ter esgotado seus recursos financeiros com o processo na justiça, não desistiu de lutar. “É muito difícil, ele é meu filho, saiu de mim. Não vou deixar de tentar.
A ex-paquita se revolta quando ouve comparações com o caso do menino Sean Goldman, que após quase três anos de disputas judiciais entre Brasil e Estados Unidos, acabou ficando com o pai. “As pessoas dizem que vai ser difícil eu ficar com meu filho. Mas a mãe do Sean morreu, eu estou viva.”
Luise também rebate as acusações de que, por conta da doença, não teria condições de cuidar do menino. “Isso não me impede, pelo contrário. Minha saúde fica melhor quando ele está do meu lado.” A ex-paquita continua fazendo tratamentos com vitamina D, além de ioga, hidroginástica e shiatsu. “Estou me sentindo bem, quem me vê caminhando não diz que tenho esclerose múltipla."
Luise está ainda tentando auxílio para viabilizar seu programa de entrevistas com pessoas com deficiências. Luise tem feito os vídeos por conta própria, que são aos poucos publicados no blog da ex-paquita. “Queria ajuda de uma produtora e de uma emissora de TV para poder rodar o Brasil mostrando histórias de superação. Tenho certeza de que tenho uma missão na Terra: ajudar essas pessoas.”

Fonte: http://www.paraiba.com.br/

25 de maio de 2012

ENEM 2012: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) publicou na edição desta sexta-feira (25)  do "Diário Oficial da União" o edital com as regras do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2012. O exame será realizado nos dias 3 e 4 de novembro.
Segundo o Inep, órgão que é vinculado ao MEC e responsável pela realização do exame, a expectativa é que 6 milhões de pessoas se inscrevam para fazer o Enem 2012. Veja abaixo as principais regras sobre a próxima edição do exame:

INSCRIÇÃO
As inscrições para o Enem serão abertas às 10h desta segunda-feira (28) e poderão ser feitas até as 23h59 do dia 15 de junho no site do Enem. O valor da taxa de inscrição será de R$ 35. Ela poderá ser paga via boleto até 20 de junho. No ato de inscrição é emitida uma guia para ser paga em uma agência bancária até o dia 20 de junho.
A isenção do pagamento da taxa pode ser feita por meio do sistema de inscrição e é conferida ao aluno que vai concluir o ensino médio em 2012 em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar ou a estudantes que se declaram membros de família de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para isso, deverá apresentar documentos que comprovem sua condição. Os documentos serão analisados pelo Inep, que poderá negar a isenção.
No ato de inscrição, o candidato deve fornecer o número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) e o seu número do documento de identidade (RG). Estudantes com necessidades especiais deverão informar no ato da inscrição sua situação. O Inep oferece provas diferenciadas, intérpretes e salas de aula e mobiliários acessíveis. Estudantes que estão internados e recebem aulas dentro do hospital poderão realizar a prova no próprio hospital, desde que indiquem a necessidade na inscrição.
Quem for usar o Enem para obter a certificação de conclusão do ensino médio deverá indicar uma das instituições certificadoras que estará autorizada a receber seus dados cadastrais e resultados. Para receber a certificação, é necessário tirar nota mínima de 450 nas quatro provas e 500 na redação.
O edital indica ainda que cabe ao candidato verificar no sistema do Inep se a inscrição foi concluída com sucesso. Que não for isento deverá acompanhar a confirmação do pagamento da taxa. O candidato deverá guardar número da inscrição e a senha. Elas são indispensáveis para todo o processo do Enem, como inscrição, realização da prova, obtenção dos resultados e participação no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que seleciona os alunos melhores classificados no Enem para vagas em universidades públicas cadastradas.
Também será usado nos programas de bolsa de estudos (Prouni) e de financiamento estudantil (Fies), entre outros programas do Ministério da Educação, como o Ciência sem Fronteiras. O Comprovante da Inscrição estará disponível no http://sistemasenem2.inep.gov.br/inscricao.

AS PROVAS
O Enem será realizado nos dias 3 e 4 de novembro. O exame tem quatro provas objetivas, cada uma com 45 questões de múltipla escolha e uma redação. As provas vão tratar de quatro áreas de conhecimento do ensino médio. Veja as tabelas abaixo.
Para a realização, das provas o candidato deverá usar somente caneta com tinta esferográfica preta e feita com material transparente.
As provas terão início às 13h (horário de Brasília). No dia 3 de novembro, os candidatos farão as provas de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias, até as 17h30. No dia 4 serão realizadas as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias, redação e matemática e suas tecnologias, que terminarão às 18h30. O candidato só pode entregar o gabarito e deixar a sala após duas horas de prova. Para levar o caderno de questões, é necessário esperar na sala até que faltem 30 minutos para o fim da prova.
O Inep recomenda que os candidatos cheguem ao local de prova ao meio-dia (horário de Brasília). É obrigatória a apresentação de documento de identificação original com foto para a realização das provas. Quem não tiver o documento deverá apresentar boletim de ocorrência emitido no máximo 90 dias antes da data da prova e se submeter a uma identificação especial e preenchimento de formulário próprio.

CONFERÊNCIA DOS DADOS
Antes de iniciar as provas, de acordo com o edital, o candidato deverá verificar se o seu caderno de questões contém a quantidade de questões indicadas no seu cartão-resposta e contém qualquer defeito gráfico que impossibilite a resposta às questões. O estudante deverá ler e conferir todas as informações registradas no caderno de questões, no cartão-resposta, na folha de redação, na lista de presença e demais documentos do exame.
Se notar alguma coisa errada, o candidato deverá imediatamente comunicar ao aplicador de sua sala para que ele tome as providências cabíveis no momento da aplicação da prova.
Segundo o edital, a capa do caderno de questões possui informações sobre a cor do mesmo e uma frase em destaque, e caberá obrigatoriamente ao candidato marcar nos cartões-resposta, a opção correspondente à cor da capa do caderno de questões; transcrever nos cartões-resposta a frase apresentada na capa de seu caderno de questões. As respostas das provas objetivas e o texto da redação do deverão ser transcritos, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente, nos respectivos cartões-resposta e folha de redação, que deverão ser entregues ao aplicador ao terminar o exame.

O QUE NÃO PODE
O edital proíbe ao candidato, sob pena de eliminação, falar com outros candidatos, usar lápis, lapiseira, borracha, livros, manuais, impressos, anotações, óculos escuros, calculadora, agendas eletrônicas, celulares, smartphones, tablets, ipod, gravadores, pen drive, mp3 ou similar, relógio ou qualquer receptor ou transmissor de dados e mensagens.
Todos os pertences que não sejam a caneta azul de material transparente e o documento de identificação deverão ser guardados em um porta-objetos com lacre, que deverá ficar embaixo da carteira do candidato e só poderá ser reaberto após a saída dele da sala de prova.
A REDAÇÃO
O sistema de correção do Enem sofreu mudanças em 2012. A partir deste ano, a redação será corrigida por dois corretores de forma independente, sem que um conheça a nota atribuída pelo outro. A nota final é composta de cinco notas, que avaliam competências específicas do candidato.
A nota final corresponde à média aritmética simples das notas atribuídas pelos dois corretores. Caso haja discrepância de 200 pontos ou mais na nota final atribuída pelos corretores (em uma escala de 0 a 1.000), ou de 80 pontos ou mais em pelo menos uma das competências, a redação passará por um terceiro corretor, em um mecanismo que o Inep chama de "recurso de oficio".
Se a discrepância persistir, uma banca certificadora composta por três avaliadores examinará a prova. Os candidatos poderão solicitar vistas da correção, porém não poderão pedir a revisão da nota.
Será atribuída nota zero à redação: que não atender a proposta solicitada ou que possua outra estrutura textual que não seja a do tipo dissertativo-argumentativo; sem texto escrito na folha de redação, que será considerada "em branco"; com até sete linhas, qualquer que seja o conteúdo, que configurará "texto insuficiente"; linhas com cópia dos textos motivadores apresentados no caderno de questões serão desconsideradas para efeito de correção e de contagem do mínimo de linhas; com impropérios, desenhos e outras formas propositais de anulação, que será considerada "anulada".

OS RESULTADO
Os gabaritos das provas objetivas serão divulgados no site http://www.inep.gov.br/enem no dia 7 de novembro. Os candidatos poderão acessar os resultados individuais do Enem 2011 a partir de 28 de dezembro, mediante inserção do número de inscrição e senha ou CPF e senha no endereço eletrônico http://sistemasenem2.inep.gov.br/.
O Inep diz que a utilização dos resultados individuais do Enem para fins de certificação, seleção, classificação ou premiação não é de responsabilidade do órgão, mas das entidades às quais os dados serão informados pelo candidato. O Inep não fornecerá atestados, certificados ou certidões relativas à classificação ou nota dos candidatos. De acordo com a portaria publicada no "Diário Oficial", a inscrição do participante implica a aceitação das disposições, diretrizes e procedimentos para a edição do Enem contidas no edital. Para os adultos submetidos a penas privativas de liberdade e adolescentes sob medidas socioeducativas, que incluam privação de liberdade, haverá um edital para o processo de inscrição específico.

CRONOGRAMA DO ENEM 2012
Início das inscrições
28/05 (10h)
Término das inscrições
15/06 (23h59)
Pagamento das inscrições
Até 20/06
Taxa de inscrição
R$ 35,00

Data das provas
03/11 (13h - 17h30): ciências humanas, ciências da natureza
04/11 (13h - 18h30): linguagens, matemática e redação
Divulgação do gabarito
07/11
Resultado individual
28/12
Fonte: Inep


ÁREAS DO CONHECIMENTO

Ciências humanas e suas tecnologias
História, geografia, filosofia e sociologia
Ciências da natureza e suas tecnologias
Química, física e biologia
Linguagens, códigos e suas tecnologias e redação
Língua portuguesa, literatura, língua estrangeira (inglês ou espanhol), artes, educação física e tecnologias da informação e comunicação
Matemática e suas tecnologias
Matemática

VEJA AS COMPETÊNCIAS DA REDAÇÃO

Competência I
Demonstrar domínio da norma padrão da língua escrita
Competência II
Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo.
Competência III
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista.
Competência IV
Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação.

Fonte: matéria retirada na íntegra do  http://g1.globo.com/

24 de maio de 2012

ANTICONCEPCIONAL PARA HOMENS


A descoberta de um gene abriu as portas para o desenvolvimento de um novo anticoncepcional voltado para os homens. Esse contraceptivo teria vantagens sobre os métodos disponíveis, pois não causaria os efeitos colaterais do tratamento com hormônios, como acne e alterações de humor e seria facilmente revertido, ao contrário da vasectomia. A pesquisa foi divulgada pela revista científica “PLoS Genetics” nesta quinta-feira (24).
O que o estudo traz de novo é a descrição da função do gene "Katnal1" essencial para o desenvolvimento final dos espermatozoides. Se a ação dele puder ser evitada, a ejaculação terá espermatozoides que ainda não estão prontos e, portanto, não podem fecundar um óvulo.
Como o gene influi somente sobre a última fase do desenvolvimento, a produção dos espermatozoides não seria afetada. Por isso, bastaria deixar de tomar a pílula ou injeção, ou qualquer outro formato do medicamento para retomar a fertilidade.
“Embora outras pesquisas estejam sendo conduzidas no campo de anticoncepcionais masculinos sem hormônios, a identificação de um gene que controla a produção de esperma da forma que o Katnal1 controla é um passo único e significativo na direção de entender a biologia dos testículos”, afirmou Lee Smith, autor do estudo, em material de divulgação da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
Ao mesmo tempo em que pode levar ao desenvolvimento de anticoncepcionais, a descoberta pode servir para tratamentos de fertilidade. Se um homem tiver dificuldade espermatozoides incapazes de fecundar um óvulo, o defeito pode estar no gene.
De toda forma, novas pesquisas serão necessárias para as duas aplicações do avanço.
Outra pesquisa, publicada também nesta quinta, pela revista “American Journal of Human Genetics”, traz uma lista com mais de 40 regiões genéticas que têm influência sobre a fertilidade masculina. Segundo os autores, mutações nesses genes poderiam explicar alguns casos ainda não explicados de infertilidade.
O estudo da Universidade de Chicago foi feito entre os huteritas, uma comunidade religiosa que vive nos Estados Unidos e, há gerações, incentiva casamentos entre si. Isso faz com que os mesmos genes apareçam várias vezes, o que facilita a pesquisa. Além disso, eles não usam métodos contraceptivos e preferem grandes famílias, o que também foi um ponto positivo para a procura dos genes.

Fonte: http://g1.globo.com/

20 de maio de 2012

FAMOSO PSIQUIATRA PEDE DESCULPAS POR ESTUDO SOBRE "CURA" PARA GAYS

O fato foi simplesmente que ele fez tudo errado, e ao final de uma longa e revolucionária carreira, não importava com quanta frequência estivesse certo, o quão poderoso tinha sido ou o que isso significaria para seu legado.
O Dr. Robert L. Spitzer, considerado por alguns como o pai da psiquiatria moderna, que completa 80 anos nesta semana, acordou recentemente às 4 horas da madrugada ciente de que tinha que fazer algo que não é natural para ele.
Ele se esforçou e andou cambaleando no escuro. Sua mesa parecia impossivelmente distante; Spitzer sofre de mal de Parkinson e tem dificuldade para caminhar, se sentar e até mesmo manter sua cabeça ereta.
A palavra que ele às vezes usa para descrever essas limitações –patéticas - é a mesma que empregou por décadas como um machado, para atacar ideias tolas, teorias vazias e estudos sem valor.
Agora, ali estava ele diante de seu computador, pronto para se retratar de um estudo que realizou, uma investigação mal concebida de 2003 que apoiava o uso da chamada terapia reparativa para “cura” da homossexualidade, voltada para pessoas fortemente motivadas a mudar.
O que dizer? A questão do casamento gay estava sacudindo novamente a política nacional. O Legislativo da Califórnia estava debatendo um projeto de lei proibindo a terapia como sendo perigosa. Um jornalista de revista que se submeteu à terapia na adolescência, o visitou recentemente em sua casa, para explicar quão miseravelmente desorientadora foi a experiência.
E ele soube posteriormente que um relatório da Organização Mundial de Saúde, divulgado na quinta-feira (17), considera a terapia “uma séria ameaça à saúde e bem-estar até mesmo à vida das pessoas afetadas”.
Os dedos de Spitzer tremiam sobre as teclas, não confiáveis, como se sufocassem com as palavras. E então estava feito: uma breve carta a ser publicada neste mês, na mesma revista onde o estudo original apareceu. “Eu acredito que devo desculpas à comunidade gay”, conclui o texto.

Perturbador da paz
A ideia de estudar a terapia reparadora foi toda de Spitzer, dizem aqueles que o conhecem, um esforço de uma ortodoxia que ele mesmo ajudou a estabelecer.
No final dos anos 90 como hoje, o establishment psiquiátrico considerava a terapia sem valor. Poucos terapeutas consideravam a homossexualidade uma desordem.
Nem sempre foi assim. Até os anos 70, o manual de diagnóstico do campo classificava a homossexualidade como uma doença, a chamando de “transtorno de personalidade sociopática”. Muitos terapeutas ofereciam tratamento, incluindo os analistas freudianos que dominavam o campo na época.
Os defensores dos gays fizeram objeção furiosamente e, em 1970, um ano após os protestos de Stonewall para impedir as batidas policiais em um bar de Nova York, um grupo de manifestantes dos direitos dos gays confrontou um encontro de terapeutas comportamentais em Nova York para discutir o assunto. O encontro foi encerrado, mas não antes de um jovem professor da Universidade de Columbia sentar-se com os manifestantes para ouvir seus argumentos.
“Eu sempre fui atraído por controvérsia e o que eu ouvi fazia sentido”, disse Spitzer, em uma entrevista em sua casa na semana passada. “E eu comecei a pensar, bem, se é uma desordem mental, então o que a faz assim?”
Ele comparou a homossexualidade com outras condições definidas como transtornos, tais como depressão e dependência de álcool, e viu imediatamente que as últimas causavam angústia acentuada e dano, enquanto a homossexualidade frequentemente não. Ele também viu uma oportunidade de fazer algo a respeito. Spitzer era na época membro de um comitê da Associação Americana de Psiquiatria, que estava ajudando a atualizar o manual de diagnóstico da área, e organizou prontamente um simpósio para discutir o lugar da homossexualidade.
A iniciativa provocou uma série de debates amargos, colocando Spitzer contra dois importantes psiquiatras influentes que não cediam. No final, a associação psiquiátrica ficou ao lado de Spitzer em 1973, decidindo remover a homossexualidade de seu manual e substituí-la pela alternativa dele, “transtorno de orientação sexual”, para identificar as pessoas cuja orientação sexual, gay ou hétero, lhes causava angústia.
Apesar da linguagem arcana, a homossexualidade não era mais um “transtorno”. Spitzer conseguiu um avanço nos direitos civis em tempo recorde.
“Eu não diria que Robert Spitzer se tornou um nome popular entre o movimento gay mais amplo, mas a retirada da homossexualidade foi amplamente celebrada como uma vitória”, disse Ronald Bayer, do Centro para História e Ética da Saúde Pública, em Columbia. “‘Não Mais Doente’ foi a manchete em alguns jornais gays.”
Em parte como resultado, Spitzer se encarregou da tarefa de atualizar o manual de diagnóstico. Juntamente com uma colega, a Dra. Janet Williams, atualmente sua esposa, ele deu início ao trabalho. A um ponto ainda não amplamente apreciado, seu pensamento sobre essa única questão - a homossexualidade - provocou uma reconsideração mais ampla sobre o que é doença mental, sobre onde traçar a linha entre normal e não.
O novo manual, um calhamaço de 567 páginas lançado em 1980, se transformou em um best seller improvável, tanto nos Estados Unidos quanto no exterior. Ele estabeleceu instantaneamente o padrão para futuros manuais psiquiátricos e elevou seu principal arquiteto, então próximo dos 50 anos, ao pináculo de seu campo.
Ele era o protetor do livro, parte diretor, parte embaixador e parte clérigo intratável, rosnando ao telefone para cientistas, jornalistas e autores de políticas que considerava equivocados. Ele assumiu o papel como se tivesse nascido para ele, disseram colegas, ajudando a trazer ordem para um canto historicamente caótico da ciência.
Mas o poder tem seu próprio tipo de confinamento. Spitzer ainda podia perturbar a paz, mas não mais pelos flancos, como um rebelde. Agora ele era o establishment. E no final dos anos 90, disseram amigos, ele permanecia tão inquieto como sempre, ávido em contestar as suposições comuns.
Foi quando se deparou com outro grupo de manifestantes, no encontro anual da associação psiquiátrica em 1999: os autodescritos ex-gays. Como os manifestantes homossexuais em 1973, eles também se sentiam ultrajados por a psiquiatria estar negando a experiência deles - e qualquer terapia que pudesse ajudar.

A terapia reparativa
A terapia reparativa, às vezes chamada de terapia de “conversão” ou “reorientação sexual”, é enraizada na ideia de Freud de que as pessoas nascem bissexuais e podem se mover ao longo de um contínuo de um extremo ao outro. Alguns terapeutas nunca abandonaram a teoria e um dos principais rivais de Spitzer no debate de 1973, o Dr. Charles W. Socarides, fundou uma organização chamada Associação Nacional para Pesquisa e Terapia da Homossexualidade (NARTH, na sigla em inglês), no sul da Califórnia, para promovê-la.
Em 1998, a NARTH formou alianças com grupos de defesa socialmente conservadores e juntos eles iniciaram uma campanha agressiva, publicando anúncios de página inteira em grandes jornais para divulgar histórias de sucesso.
“Pessoas com uma visão de mundo compartilhada basicamente se uniram e criaram seu próprio grupo de especialistas, para oferecer visões alternativas de políticas”, disse o Dr. Jack Drescher, psiquiatra em Nova York e coeditor de “Ex-Gay Research: Analyzing the Spitzer Study and Its Relation to Science, Religion, Politics, and Culture”.
Para Spitzer, a pergunta científica no mínimo valia a pena ser feita: qual era o efeito da terapia, se é que havia algum? Estudos anteriores tinham sido tendenciosos e inconclusivos.
“As pessoas me diziam na época: ‘Bob, você vai arruinar sua carreira, não faça isso’”, disse Spitzer. “Mas eu não me sentia vulnerável.”
Ele recrutou 200 homens e mulheres, dos centros que realizavam a terapia, incluindo o Exodus International, com sede na Flórida, e da Narth. Ele entrevistou cada um profundamente por telefone, perguntando sobre seus impulsos sexuais, sentimentos, comportamentos antes e depois da terapia, classificando as respostas em uma escala.
Spitzer então comparou os resultados de seu questionário, antes e depois da terapia. “A maioria dos participantes relatou mudança de uma orientação predominante ou exclusivamente homossexual antes da terapia, para uma orientação predominante ou exclusivamente heterossexual no ano passado”, concluiu seu estudo.
O estudo - apresentado em um encontro de psiquiatria em 2001, antes da publicação - tornou-se imediatamente uma sensação e grupos de ex-gays o apontaram como evidência sólida de seu caso. Afinal aquele era Spitzer, o homem que sozinho removeu a homossexualidade do manual de transtornos mentais. Ninguém poderia acusá-lo de tendencioso. Mas líderes gays o acusaram de traição e tinham suas razões.
O estudo apresentava problemas sérios. Ele se baseava no que as pessoas se lembravam de sentir anos antes - uma lembrança às vezes vaga. Ele incluía alguns defensores ex-gays, que eram politicamente ativos. E não testava uma terapia em particular; apenas metade dos participantes se tratou com terapeutas, enquanto outros trabalharam com conselheiros pastorais ou em grupos independentes de estudos da Bíblia.
Vários colegas tentaram impedir o estudo e pediram para que ele não o publicasse, disse Spitzer. Mas altamente empenhado após todo o trabalho, ele recorreu a um amigo e ex-colaborador, o Dr. Kenneth J. Zucker, psicólogo-chefe do Centro para Vício e Saúde Mental, em Toronto, e editor do “Archives of Sexual Behavior”, outra revista influente. “Eu conhecia o Bob e a qualidade do seu trabalho, e concordei em publicá-lo”, disse Zucker em uma entrevista na semana passada.
O artigo não passou pelo habitual processo de revisão por pares, no qual especialistas anônimos avaliam o artigo antes da publicação.
“Mas eu lhe disse que o faria apenas se também publicasse os comentários” de resposta de outros cientistas para acompanhar o estudo, disse Zucker.
Esses comentários, com poucas exceções, foram impiedosos. Um citou o Código de Nuremberg de ética para condenar o estudo não apenas como falho, mas também moralmente errado.
“Nós tememos as repercussões desse estudo, incluindo o aumento do sofrimento, do preconceito e da discriminação”, concluiu um grupo de 15 pesquisadores do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York, do qual Spitzer era afiliado.
Spitzer não deixou implícito no estudo que ser gay era uma opção, ou que era possível para qualquer um que quisesse mudar fazê-lo com terapia. Mas isso não impediu grupos socialmente conservadores de citarem o estudo em apoio a esses pontos, segundo Wayne Besen, diretor executivo da Truth Wins Out, uma organização sem fins lucrativos que combate o preconceito contra os gays.
Em uma ocasião, um político da Finlândia apresentou o estudo no Parlamento para argumentar contra as uniões civis, segundo Drescher.
“Precisa ser dito que quando este estudo foi mal utilizado para fins políticos, para dizer que os gays deviam ser curados - como ocorreu muitas vezes. Bob respondia imediatamente, para corrigir as percepções equivocadas”, disse Drescher, que é gay.
Mas Spitzer não conseguiu controlar a forma como seu estudo era interpretado por cada um e não conseguiu apagar o maior erro científico de todos, claramente atacado em muitos dos comentários: simplesmente perguntar para as pessoas se elas mudaram não é evidência de mudança real. As pessoas mentem, para si mesmas e para os outros. Elas mudam continuamente suas histórias, para atender suas necessidades e humores.
Resumindo, segundo quase qualquer medição, o estudo fracassou no teste do rigor científico que o próprio Spitzer foi tão importante em exigir por muitos anos

Reconhecimento
Foram necessários 11 anos para ele reconhecer publicamente.
Inicialmente ele se agarrou à ideia de que o estudo era exploratório, uma tentativa de levar os cientistas a pensarem duas vezes antes de descartar uma terapia de cara. Então ele se refugiou na posição de que o estudo se concentrava menos na eficácia da terapia e mais em como as pessoas tratadas com ele descreviam mudanças na orientação sexual.
“Não é um pergunta muito interessante”, ele disse. “Mas por muito tempo eu pensei que talvez não tivesse que enfrentar o problema maior, sobre a medição da mudança.”
Após se aposentar em 2003, ele permaneceu ativo em muitas frentes, mas o estudo da terapia reparativa permaneceu um elemento importante das guerras culturais e um arrependimento pessoal que não o deixava em paz. Os sintomas de Parkinson pioraram no ano passado, o esgotando física e mentalmente, tornando ainda mais difícil para ele lutar contra as dores do remorso. E, em um dia em março, Spitzer recebeu um visitante. Gabriel Arana, um jornalista da revista “The American Prospect”, entrevistou Spitzer sobre o estudo sobre terapia reparativa. Aquela não era uma entrevista qualquer; Arana se submeteu à terapia reparativa na adolescência e o terapeuta dele recrutou o jovem para o estudo de Spitzer (Arana não participou).
“Eu perguntei a ele sobre todos os seus críticos e ele disse: ‘Eu acho que eles estão certos’”, disse Arana, que escreveu sobre suas próprias experiências no mês passado. Arana disse que a terapia reparativa acabou adiando sua autoaceitação e lhe induziu a pensamentos de suicídio. “Mas na época que fui recrutado para o estudo de Spitzer, eu era considerado uma história de sucesso. Eu teria dito que estava fazendo progressos.”
Aquilo foi o que faltava. O estudo que na época parecia uma mera nota de rodapé em uma grande vida estava se transformando em um capítulo. E precisava de um final apropriado - uma forte correção, diretamente por seu autor, não por um jornalista ou colega.
Um esboço da carta já vazou online e foi divulgado.
“Você sabe, é o único arrependimento que tenho; o único profissional”, disse Spitzer sobre o estudo, perto do final de uma longa entrevista. “E eu acho que, na história da psiquiatria, eu não creio que tenha visto um cientista escrever uma carta dizendo que os dados estavam lá, mas foram interpretados erroneamente. Que tenha admitido isso e pedido desculpas aos seus leitores.”
Ele desviou o olhar e então voltou de novo, com seus olhos grandes cheios de emoção. “Isso é alguma coisa, você não acha?”

Benedict Carey
The New York Times, em Princeton (EUA)
Tradutor: George El Khouri Andolfato

Fonte: http://noticias.uol.com.br/internacional/

AS CARTAS SECRETAS DO PAPA GERA ESCÂNDALO NA ITÁLIA

A publicação de uma série de cartas confidenciais do papa Bento 16 sobre temas quentes, como as intrigas do Vaticano e os escândalos sexuais do padre mexicano Macial Maciel, provocou desconforto na Itália diante de um vazamento de informações sem precedentes.
Um resumo do livro, que estará a venda no sábado em toda a Itália com o título "Sua Santidade, cartas secretas do Papa", escrito por Gianluigi Nuzzi, autor do best-seller "Vaticano SA", sobre as finanças da Santa Sé, foi publicado nesta sexta-feira pelo jornal Il Corriere della Sera.
Baseado em cartas confidenciais destinadas ao papa Bento 16 e ao seu secretário pessoal, Gerog Gaenswein, o livro descreve manobras e confabulações dentro do Vaticano e inclui relatórios internos enviados para o Papa sobre políticos italianos como Silvio Berlusconi e o presidente da República Giorgio Napolitano.
Também relata os confrontos com a chanceler alemã Angela Merkel sobre aqueles que negam o Holocausto, e as confissões do secretário do fundador da Congregação Mexicana Legionários de Cristo, Marcial Maciel, acusado de abusar de crianças e de ter uma vida dupla com duas esposas e filhos.
Nuzzi teve acesso, possivelmente através de funcionários da Secretaria de Estado, a centenas de documentos, incluindo alguns que levam o selo "Reservado", que foram elaborados pelo mesmo secretariado.
Este é o maior vazamento de documentos na história recente do Vaticano, que até agora não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
Entre as informações vazadas, figuram diretrizes específicas para tratar de questões com o Estado italiano por ocasião da visita presidencial em 2009.
"Devemos evitar qualquer equivalência entre a família fundada sobre o matrimônio e outros tipos de uniões", diz o texto.
De acordo com trechos publicados pelo Il Corriere della Sera no suplemento especial "Sette", o secretário do papa recebeu por fax todos os detalhes do chamado "escândalo Boffo", a operação para desacreditar o editor do jornal Avvenire, jornal da Conferência Episcopal italiana, mediante acusações falsas de assédio homossexual e homossexualidade contra o jornalista Dino Boffo.
Tais cartas resumem o clima recente de guerra ocultada pelo poder dentro do governo central do Vaticano, a influente Cúria Romana, que minou a credibilidade da Igreja.
O nome do atual secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, mão direita do Papa e número dois da Santa Sé, está presente em muitos dos documentos e é afetado de forma negativa, sendo possível que o livro seja uma operação midiática para atacá-lo.
O jornal italiano Libero também publicou comentários sobre o livro. Nuzzi chegou a comentar sobre o difícil ano vivido com os "corvos" do Vaticano, que lhe passaram os documentos entre "silêncios, longas esperas e precauções maníacas".
O jornalista confessou que não manteve mais contato com este "grupo informal" de informantes desde que o Papa nomeou uma comissão de inquérito, em março passado, para investigar os vazamentos, conhecidos como "Vatileaks".

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/