28 de maio de 2012

ESCLEROSE MÚLTIPLA OU EM


A esclerose múltipla também chamada de EM ou esclerose disseminada é uma doença neurológica crônica, ou seja, uma doença do Sistema Nervoso Central, lenta e progressiva, é caracterizada por inflamação e destruição da mielina em indivíduos com predisposição genética. Podemos comparar a mielina a uma capa de revestimento dos fios de condução dos nossos impulsos nervosos, ela é responsável pela alta velocidade de condução desses impulsos. Por isso é considerada uma doença desmielinizante, isto é, a bainha de mielina dos neurônios é danificada. Com isso, a lesão da mielina ao comprometer a condução dos impulsos nervosos, pode afetar nossas funções como a visão, a sensibilidade, o equilíbrio e os movimentos de todo o corpo.
A esclerose múltipla é uma doença auto-imune, o sistema imunológico ataca estruturas do organismo que deveria, em condições normais, defender. Esta doença afeta jovens e adultos. Apesar de pesquisas já terem mostrado que mulheres entre 20 e 45 anos são afetadas em maior número, homens também estão sujeitos, embora com menor frequência. Pessoas com mais de 50 anos correm menos riscos. No Brasil, a estimativa é de cerca de trinta mil casos.
Falando um pouco da evolução da esclerose múltipla, é importante dizer que varia muito de uma pessoa para outra podendo se manifestar sob quatro padrões:

I - Surto-remissão: os sintomas duram de 24 horas a três semanas e desaparecem totalmente, podendo deixar mínima sequela. É o que chamamos de SURTO. O paciente pode, por exemplo, acordar pela manhã com perda ou diminuição da visão em um olho, recuperando-a espontaneamente após alguns dias. Surto-remissão é o padrão de inicio da doença em cerca de 85% dos casos.

II - Primariamente progressiva: há uma progressão lenta desde o início da doença, sem a ocorrência de surtos. 

III - Secundariamente progressiva: após um longo período na forma surto-remissão, a doença progride com agravamento da incapacidade. Incide em cerca de 50% dos pacientes após dez anos do início da doença sob a forma surto-remissão.

IV - Progressiva recorrente: é progressiva desde o início como a primariamente progressiva, mas está associada a surtos. Há progressão da doença entre os surtos. Essa é a forma mais rara.
Os sintomas do paciente com esclerose múltipla, geralmente, são problemas de visão, fraqueza muscular, problemas na linguagem, no equilíbrio, dormências, que melhoram e pioram sendo que quando sua predominância encontra-se na medula, as manifestações motoras, sensitivas são muito presentes.
Em algumas pessoas a doença pode provocar insuficiência respiratória, incontinência ou retenção urinária, perda de audição, impotência sexual e depressão. Também é comum o surgimento de rigidez muscular, dores articulares e, principalmente na coordenação motora. O doente sente dificuldade para realizar movimentos simples principalmente com os braços e as pernas, quando fica em pé, perde o equilíbrio, sente dificuldade para andar, tremores e formigamentos em várias partes do seu corpo. Fadiga e movimentos involuntários do olho, são possíveis sintomas nesses casos.
Quanto a causa da esclerose múltipla, não existem causas conhecidas para a doença, entretanto, estudam-se anomalias imunológicas, infecção produzida por um vírus latente ou lento e mielinólise por enzimas. Na maioria das vezes, observações de casos familiares sugerem suscetibilidade genética.
Na realidade, sua causa permanece de difícil compreensão. Hoje, de acordo com o que pesquisei, a teoria mais aceita é de que ela resulta de ataques ao sistema nervoso central pelo próprio sistema imunológico do organismo. Enquanto outros sugerem que a esclerose múltipla é uma doença metabolicamente dependente, outros já defendem que ela pode ser causada por um vírus como o Epstein-Barr. Ou seja, várias teorias e nenhuma certeza. 
Tratamos agora do diagnóstico da EM. O diagnóstico depende de um exame neurológico e da experiência de um bom especialista no assunto “o Neurologista”. Que, auxiliado por exames para-clínicos pertinentes, como a ressonância magnética, líquido cefalorraquidiano, potenciais evocados, punção lombar e outros, irá fazer com que o mesmo chegue ao diagnóstico. Preste bem atenção é imprescindível procurar um bom especialista. Não esqueçam esse detalhe de muita importância.
Como todo tipo de doença, o diagnóstico precoce e o tratamento médico apropriado evitam complicações, por exemplo, as infecções de alguns órgãos. Uma ampla investigação do histórico do paciente também é muito importante.
Vamos falar agora um pouco no tratamento. Quanto ao tratamento, segundo minhas pesquisas, recomenda-se fisioterapia e psicoterapia. Usam-se antivirais, Imunossupressores, Corticoides e outras drogas que são indicadas para combater a doença, porém, o tratamento da EM pode ser dividido em duas partes. Na fase aguda, os surtos são tratados, visando diminuir sua duração. A fase de manutenção envolve o uso de drogas imunomoduladoras, que podem modificar o curso da doença, diminuindo o número de surtos e prevenindo a incapacidade. São usadas também em alguns pacientes, terapias alternativas como apiterapia, vitaminoterapia e acupuntura. Contudo não há comprovação de eficácia nestes tratamentos.
Na realidade, o tratamento não comprova cura, porém, é muito importante que o portador de EM compreenda os limites de sua doença, assim, o tratamento ficará mais fácil e ele poderá ter uma vida normal, sem restrições e preocupações. A visita ao Neurologista de forma regular é essencial para obtenção de respostas às suas dúvidas.
Uma boa qualidade de vida é importante para aliviar os sintomas. Fazer Fisioterapia e Hidroterapia só melhoram e ajudam na recuperação, pois, mantém o paciente ativo e fortalece os membros mais afetados que são os  inferiores.
Espero ter contribuído de alguma forma. E não esqueçam que meus artigos, não possuem valor científico. O objetivo é unicamente alertar para o problema e orientar pessoas que se identificam com os mesmos a procurar ajuda. Por isso, se isso acontecer com você, procure um ESPECIALISTA NO ASSUNTO.  
Sites consultados:
http:// wikipedia
http://www.icbneuro.com.br/
CORRÊA, Eber Castro. Entenda melhor o que é a esclerose múltipla

2 comentários:

Anônimo disse...

ADOREI ESTE COMENTARIO , QUERIA RECEBER MAIS EM MEU IMAIL , wellingtonbe2009@hotmail.com

Unknown disse...

Amei o seu blog muito diversificado cheio de informações.
Parabéns! Gosto de blogs inteligentes o que falta por ai. Bjus

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