Palmadas, beliscões, pontapé, tapas, puxão de cabelo, bater com objetos, xingar, humilhar, ameaçar, sacudir, empurrar, rejeitar, desqualificar, castigar. Essas punições corporais são formas de violência contra crianças.
Encarada por muitos adultos como uma forma de educar, esta ‘pedagogia’ muitas vezes leva a criança a achar que a violência é a maneira correta de se solucionar conflitos. E, ao levar essa pratica humilhante ao longo de sua vida, torna-se um adulto agressivo.
Este tipo de violência fere os direitos fundamentais da criança: é um atentado à sua dignidade.
Educar não é uma tarefa fácil. O relacionamento entre pais e filhos é cheio de expectativas. E quando tais expectativas não são satisfeitas, geram frustrações e desentendimentos. São inúmeras as razões. Muitas vezes os pais não têm condições suficientes para dar aos seus filhos o que eles necessitam para um crescimento saudável ou ainda, querem que os mesmos sejam aquilo que eles esperam que sejam ou que gostariam de ser e não conseguiram.
Muitas vezes alguns pais acham que a melhor forma de educar é através da rigidez e do castigo físico, que na grande maioria das vezes não funciona e pode ter efeitos nocivos ao desenvolvimento da criança. Muitos pais alegam que conversar não dá resultado, tentando desta forma, justificar o uso do castigo físico.
É muito mais fácil dá logo um bom tapa ou mesmo uma boa chinelada, um puxão no cabelo um beliscão, etc. Pura covardia!
Logicamente, o adulto que castiga fisicamente uma criança é muito poderoso e forte, não é? Imagina...
Esse tipo de ‘educação’ a base do tapa e outras agressões, é, por conseqüência, levado para as relações futuras da criança e ele passa a praticá-las com os amigos mais fracos e irmãos mais novos.
Na verdade, as crianças que sofrem este tipo de agressão tendem a se comportar de forma retraída e confusa, sua auto estima fica seriamente comprometida, apresentado muita insegurança, medo e timidez. Geralmente, é uma criança passiva e submissa.
Alimentar esse ciclo que muitos pais enxergam como “metodologia educativa” é um grande erro. Pais que usam de violência para ‘educar’ suas crianças, fazem, tendo a certeza que é o melhor para seus filhos, talvez por ignorância, isto é, por falta de conhecimento não sabem que violência contra qualquer ser humano é crime por infringir seus direitos. Se não é aceitável a violência contra um adulto, porque deve-se aceitar e achar normal contra uma criança que não tem como se defender?
Você deve estar pensando: “é falta de conhecimento”. Puro engano. Conheço muitos ‘diplomados’ que ainda usam a diferença de ‘poder’ entre ele e a criança, onde o correto seria sentar e conversar usando toda a sinceridade possível, pelo menos para tentar explicar sua falta de controle e demonstração de arrependimento verdadeiro.
Essa atitude é mínima diante da agressão para com a criança e servirá de exemplo tanto de humildade como de respeito. Assim o pai entenderá que pedir desculpas não é motivo para se envergonhar e que cometer erros é humano, além de ter a oportunidade de ouvir os filhos.
Dicas difíceis, mas possíveis e necessárias:
a) Respire e conte até dez. Isto é, acalme-se antes de sair distribuindo violência contra seus filhos;
b) Nos momentos de ira, evite tentar resolver qualquer situação;
c) Pense antes de falar coisas que magoe seus filhos o tanto quanto lhe magoaria;
d) Converse com seus filhos;
e) Nunca... nunca recorra a tapas, palavrões ou xingamentos, que você como adulta(o) não gostaria que usassem contra você;
f) Não descarregue no seu filho(a) seu stress, sua raiva etc. Ele(a) não tem culpa;
g) Jamais responsabilize sua criança por coisas que não são deveres dela e sim seus;
h) Ao conversar com seus(as) filhos(as), sente-se e fique na mesma altura dos olhos dela(e), para que a(o) mesma(o) não se sinta ameaçada(o);
i) Não é preciso falar aos gritos; mantenha o tom de voz calmo;
j) Demonstre confiança entre você e a criança;
l) Leve em conta as opiniões e idéias dos (as) seus (as) filhos(as).
m) Mostre que valoriza o comportamento deles (as);
n) Faça elogios sempre que eles merecerem;
o) Não faça críticas duras como: Você é um desastrado(a), não serve prá nada, você é inútil e outras; Diga: Preste mais atenção, veja o que acaba de acontecer, etc.
Espero ter contribuído. E para aqueles que usam este tipo de ‘recurso’ achando que estão ‘educando’ seus filhos, quero dizer que analise o seu tamanho e olhe para baixo e pense... e se este pequeno fosse eu???? Até a próxima.
Um comentário:
Rosélia Santos,
Saudações Federais!
A partir desta data estarei lendo suas matérias, poemas,enfim, o que você faz de melhor e disponibiliza para nosso querido Brasil.
Sou Seridoense, conterrâneo e amigo de José Assis e, há pouco tempo resolvi, também, expor minhas idéias por meio do Blog Genildo Medeiros - Políticas e outras coisas. Por fim, esta matéria falando dos "maus tratos" sofridos por nossas crianças foi muito oportuna, bem elaborada e tem minha aprovação. Boa sorte e acessando o Blog Genildo Medeiros você verá que sua arte será de conhecimento de nós Seridoenses. Um abraço.
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Bjussss Rosélia Santos.