27 de setembro de 2010

VARICELA = CATAPORA


A varicela é uma infecção viral primária, aguda, caracterizada por surgimento de erupção cutânea, alteração de coloração da pele, sem que esta apresente saliência, que, após algumas horas, adquire aspecto vesicular, evoluindo rapidamente para pústulas e, posteriormente, formando crostas em 3 a 4 dias. Pode ocorrer febre moderada e sintomas sistêmicos. A principal característica clínica é o polimorfismo das lesões cutâneas, que se apresentam nas diversas formas evolutivas, acompanhadas de prurido. Em crianças, geralmente, é doença benigna e autolimitada.
          O Agente etiológico é um vírus RNA, o Varicella-zoster, da família Herpetoviridae.
         A maioria dos doentes refere, antecedendo às lesões cutâneas, dores nevrálgicas, além de parestesias, ardor e prurido locais, acompanhados de febre, cefaléia e mal-estar.
          A lesão elementar é uma vesícula sobre base eritematosa. A erupção é unilateral, raramente ultrapassando a linha mediana, seguindo o trajeto de um nervo. Surgem de modo gradual, levando de 2 a 4 dias para se estabelecerem. Quando não ocorre infecção secundária, as vesículas se dissecam, formam-se crostas e o quadro evolui para a cura em duas a 4 semanas. As regiões mais comprometidas são a torácica, cervical, trigêmeo e lombossacra.
          A Varicela apresenta as seguintes complicações: infecção bacteriana secundária de pele – impetigo, absesso, celulite, erisipela, que podem levar a quadros sistêmicos de sepse, com artrite, pneumonia, endocardite; encefalite ou meningite e glomerulonefrite.
          Pode ocorrer síndrome de Reye, caracterizada por quadro neurológico de rápida progressão e disfunção hepática, associado ao uso de ácido acetilsalicílico, principalmente em crianças. Infecção fetal, durante a gestação, pode levar à embriopatia, com síndrome da varicela congênita (varicela neonatal, em recém-nascidos expostos).
          Imunodeprimidos podem ter a forma de varicela disseminada, a varicela hemorrágica.
Sua incidência é claramente associada à idade, atingindo cerca de 40% dos indivíduos acima de 50 anos. É mais freqüente em mulheres e após comprometimento do trigêmeo.
          A Varicela em crianças é uma doença benigna, não sendo necessário tratamento específico.
Embora seja uma doença benigna, é altamente contagiosa, ocorrendo principalmente em menores de 15 anos. É mais freqüente no final do inverno e início da primavera.
          Indivíduos imunocomprometidos, quando adquirem varicela primária ou recorrente, possuem maior risco de doença severa.
          A vacina contra varicela ainda não faz parte do calendário básico de vacinações, estando disponível nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), sendo recomendada nas seguintes circunstâncias:
a) Em populações índígenas, em caso de surto a partir dos 6 meses e em qualquer idade, nos indivíduos suscetíveis até 96 horas de contato;
b) Imunocomprometidos (leucemia linfocítica aguda e tumores sólidos em remissão (pelo menos, 12 meses), desde que apresentem resultado maior ou igual a 1.200 linfócitos/mm³, sem radioterapia; caso esteja em quimioterapia, suspendê-la por sete dias antes e sete dias depois da vacinação;
c) Profissionais de saúde, familiares suscetíveis à doença, imunocompetentes que estejam em convívio comunitário ou hospitalar com imunocomprometidos;
d) Suscetíveis à doença que serão submetidos a transplante de órgãos sólidos, pelo menos três semanas antes do ato cirúrgico;
e) Suscetíveis à doença, imunocompetentes, no momento da internação em enfermaria onde haja caso de varicela;
f) HIV positivos, assintomáticos ou oligossintomáticos.
          A administração da vacina é subcutânea e a dose varia de acordo com o laboratório produtor.


OBS.: Texto condensado a partir das informações contidas no livro Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso, editado pelo Ministério da Saúde, em 2005.

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