26 de novembro de 2010

REALIDADE NORDESTINA



J. Ozildo

Secas,
Secas, Secas,
Secas, Secas, Secas,
Secas, Secas, Secas, Secas,
Secas, Secas, Secas,
Secas, Secas,
Secas.

Fome,
Fome, Fome,
Fome, Fome, Fome,
Fome, Fome,
Fome.

Homens,
Homens, Homens,
Homens, sub-homens, sub-homens,
Sub-homens, sub-homens,
Sub-homens.

Esmolas,
Esmolas, Esmolas,
Esmolas, Esmolas, Esmolas,
Esmolas, Esmolas,
Esmolas.

Governo,
Governo, Governo,
Desgoverno, Desgoverno, Desgoverno,
Desgoverno, Desgoverno,
Vergonha.

4 comentários:

Jeferson Cardoso disse...

Olá Rosélia!
Estou navegando pelos blogs paraibanos e conhecendo uma Paraíba contada pelos seus moradores, que até então não conhecia e estou encantado por esse Estado!
Abraços.

“Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)

Gostaria de lhe convidar para que comentasse o meu “A Cruel Vingança De Seu Ignácio”. Ok?
http://jefhcardoso.blogspot.com de blog em blog.

Anônimo disse...

Olá.! Sou paraibano, com muito orgulho sim senhor! - Moro na capital, e muitas vezes quando as pessoas falam de nordeste, paraiba, lembram só daquelas malditas secas que acontecem apenas no interior /sertão do nosso estado -Isso é o que a midia impôe! Minha terra é linda, não é só secas, lugar lindo de morar, povo receptor e etc.! Amo o nordeste, amo minha paraiba !

Anônimo disse...

Ao ser humano foi dada a capacidade de ver o mundo sob diferentes formas. Em tudo que escrevo, procuro mostrar o mundo como vejo, como sinto, consciente de que posso mudá-lo ou melhor, que posso contribuir para mudá-lo.
Lendo o comentário postado em relação ao meu 'poemeto', vejo que seu visitante não entendeu a mensagem que tentei repassar através de meus versos.
Sou nordestino, nasci no interior do Rio Grande do Norte, na região do Seridó que é considerada a mais seca de meu Estado. E, como sempre convivi com a seca, sei o que seca. Hoje, resido no interior da Paraíba, na Região das Espinharas, uma das mais secas do sertão paraibano.
'Realidade Nordestina' é um desabafo, é um protesto contra o descaso, ou melhor, contra a forma como os sucessivos governos têm tratado o povo nordestino. Ele não foi inspirado naquilo que a mídia mostra. Foi escrito pela própria alma de um sertanejo, que sabe que o seu povo não é valorizado como deveria ser, que sabe que o problema da seca pode ser superado ou amenizado, mas que muito pouco ou quase nada tem sido feito pelos organismos de governo.
Reconheço que no sertão nordestino não existe somente seca: existe também um povo que sofre, que mesmo sofrendo ainda é capaz de levantar a sua voz em verso, para denunciar o descaso, o esquecimento, a falta de escolas, de trabalho, de assistência à saúde, etc., etc.
Essa é a 'Realidade Nordestina que o nosso poemeto, em suas entrelinhas, tenta mostrar. Ele não satiriza o sofrimento de nosso povo, espelhado na ficção transmitida pela mídia sensacionalista que existe em nosso país. É um recado àqueles que continuam de costas para o povo nordestino e suas necessidades.
J. Ozildo

Rosélia Santos disse...

Sou paraibana e amo minha terra. Contudo, querido leitor, o Nordeste não se resume às Capitais. Sou pesquisadora, e, infelizmente, tenho a oportunidade de ver in loco o que acontece. Como vc mesmo falou no interior/sertão. E, é preciso mostrar a realidade, pois, é justamente esse povo que precisa ser visto. Um grande abraço e volte sempre.

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