7 de agosto de 2011

ROCK X PRECONCEITO

Em São José do Rio Preto, a 451 km da capital paulista, uma criança de oito anos de idade foi chamada na diretoria de escola, simplesmente, por sua preferência musical. O garoto gosta de rock!
No início das aulas, depois das férias de julho, ele foi apresentado à professora e recebeu as boas-vindas dos colegas. Porém, o aluno ficou menos de 40 minutos em sala de aula. A professora chamou a diretora e relatou que o comportamento dele estaria atrapalhando a aula por estar fazendo barulho na carteira.
A diretora Ana Maria, após o menino sair da sala de aula, quis conhecer os gostos do mesmo e descobriu que ele gostava de rock. A mãe conta que ao chegar em casa o menino queria abandonar o sonho de ser músico.
A família, então, decidiu desfazer a matrícula. A diretora acha que tudo não passa de um mal entendido.
Para a mãe do garoto, o filho é vítima de preconceito.

OPINIÃO DA BLOGUEIRA 

Preconceito? Será?
Logo aqui no Brasil, e, principalmente, num Estado, onde a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um projeto de lei do vereador Carlos Apolinário criando o Dia do Orgulho Hetero?
Segundo o vereador, o objetivo é estimular a moral e os bons costumes. Enfim, agora os heterossexuais, que são tão discriminados, terão  o direito de andar de mãos dadas com suas companheiras, sem correr o risco de serem agredidos com lâmpadas, garrafas e tudo mais. 
Sem contar também, que terão o direito de usar camisas pólo, trair suas esposas quando sentirem vontade, fazer seu xixi em pé, (inclusive no meio da rua sem serem incomodados), coçar o s.... em qualquer lugar, gostar de futebol, namorar, transar ou abusar de crianças de 10,11,12 anos, estuprar mulheres que usam roupas ousadas, espancar suas esposas ou outros que tenham uma opção diferente da dele, ter filhos, etc. Tudo isso agora é lei que garante o direito de ir e vir dos heteros. Afinal, eles precisam de muita proteção.
Pensar que os heteros precisam de um dia só pra eles, num país onde pessoas homossexuais, mulheres da noite, crianças, índios, nordestinos, negros, cantores de Rap e dançarinos de Funk sofrem algum tipo de violência, por sua opção diferente do que a sociedade espera, é até hilário. Estas pessoas citadas estão pouco se lixando para essa família hetero. Tudo que eles querem na verdade, é que seus direitos e escolhas sejam respeitados. O direito de ir e vir, de ter uma vida normal, poder andar nas ruas sem correr o risco de serem espancados até a morte.  

2 comentários:

Anônimo disse...

Olá Rosélia. Um caso bem peculiar. Convivendo, no entanto, com a imprensa falada e escrita como eu convivo sou tomado pela tentação de ver um tantinho assim de fumaça na história. Na minha opinião estão querendo fazer farofa com pouca farinha. Ora, não é por gostar de "rock" que o cidadão deve ter privilégios acima dos outros, se estava atrapalhando a aula teria sim que ser adverdito, e acredito que o tenha sido, porém, para que a diretora tenha sido convocada certamente o pequeno roqueiro devia (olhe eu aqui preconceituando a conversa) ter dado início a um show. No mais concordo contigo, para que tantas leis em um país tão "up"?!
Abraços e sucesso.

Rosélia Santos disse...

Olá amigo Assis, que bom que vc me visitou!
Na verdade, a questão, não é por se tratar de uma criança barulhenta, pois sabemos que isso acontece com todos que gostam do "diferente" sejam crianças ou adultos. O que ocorre é que o pequeno roqueiro foi investigado a advertido depois da aula. Se ele estava atrapalhando, o correto não seria tê-lo advertido no ambiente em que ele estava fazendo o barulho? Na minha opinião o gosto musical do mesmo não precisava se usado, princialmente fora da sala de aula. O problema é que o preconceito vai além, por se tratar de um estilo diferente. E não aceitar as diferenças é preconceito. Obrigada e volte sempre.

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Bjussss Rosélia Santos.