2 de outubro de 2012

E... SALVE SALVE A VAQUINHA!

Na Nova Zelândia, cientistas desenvolveram uma vaca geneticamente modificada que produz um leite com menos probabilidade de causar reações alérgicas. A vaca geneticamente modificada produziu um leite sem beta-lactoglobulina - uma proteína do soro do leite à qual algumas pessoas são alérgicas.
O estudo foi considerado um marco por cientistas, mas alguns grupos de ativistas afirmam que ele levanta preocupações éticas.
Há grandes diferenças entre o leite materno e o leite de vaca, entre elas a beta-lactoglobulina, que está presente no leite de vaca, mas não no leite materno.
As instruções para a produção da beta-lactoglobulina estão contidas no DNA da vaca. Os cientistas da AgResearch e da Universidade Waikato, na Nova Zelândia, adicionaram material genético extra para interferir no processo, usando uma técnica chamada de RNA de interferência.
A bezerra resultante nasceu sem rabo, mas os pesquisadores dizem que é “improvável” que isso se deva à modificação genética.
Ela ainda não ficou prenhe, nem começou a produzir leite normalmente, então os cientistas usaram hormônios para apressar o início da produção de leite.
Em um artigo na publicação científica Proceedings of the National Academy of Sciences, os pesquisadores disseram: “Todas as amostras de leite da bezerra transgênica foram desprovidas de beta-lactoglobulina”.
Eles concluíram que a técnica é uma “ferramenta eficaz” para modificar animais de pecuária.
O professor Keith Campbell, da Universidade de Nottingham, que integrou a equipe que clonou a ovelha Dolly, disse que o teste será quanto tempo a modificação genética vai durar.
Campbell disse que os pesquisadores precisariam mostrar que o efeito durou por toda a vida de cada vaca e foi transmitido por várias gerações.
“É muito interessante e é uma outra maneira de mostrar que a tecnologia pode avançar com resultados potencialmente úteis”, disse.
“Na minha opinião, o risco é zero. Se fosse tóxico, o animal estaria morto”.
Bruce Whitelaw, professor de biotecnologia animal na Universidade de Edimburgo, disse: “Isso é notável e representa uma das poucas histórias de sucesso de RNA de interferência em mamíferos”.
“O tempo dirá o quão abrangente a aplicação do RNA de interferência será em animais de pecuária geneticamente modificados - mas este estudo certamente é um marco nesse campo”.
Pete Riley, do grupo GM Freeze, disse: “Antes que isso vá adiante, eles precisam estabelecer qual foi a causa do defeito no bezerro, já que há uma possível ligação com o fato de ser geneticamente modificado”.
Riley disse que a compreensão sobre o papel dos genes e como eles interagem ainda é muito frágil e que ainda é necessário desenvolver mais pesquisas básicas. Nós podemos aprender muito ao olhar para organismos menos complidados que o gado”, disse.
 
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

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