Depois de oito anos longe dos palcos e dos
estúdios, Deborah Blando está de volta.
A cantora emplacou duas músicas na novela Guerra dos Sexos e
acaba de voltar de Nova York, onde gravou o primeiro clipe do projeto de música
eletrônica In Your Eyes. Ela pretende lançar um CD
e DVD acústicos de seus maiores sucessos. “Não quero ficar cantando em boates”,
afirma. O sucesso veio na década de 90 - aos 20 anos, Deborah vendeu mais de 6
milhões de álbuns ao participar de 16 trilhas de novelas. Ela conta que a fama
subiu à cabeça e entrou em depressão, teve síndrome do pânico e usou drogas.
Depois de uma temporada de ‘rehab’ num templo budista na Inglaterra, diz que se
encontrou.
Por que caiu em
depressão?
Não tive uma vida muito normal.
Acho que foi meio uma síndrome de Michael Jackson. Aos 10 anos, eu fazia show
todo fim de semana e não sabia mais quem eu era. Fui vítima de psiquiatras
malucos que me encheram de remédios. Eles já vêm com a receita pronta e o
ouvido surdo. Depois de um tempo, estava tomando oito psicotrópicos.
Como as drogas
surgiram?
Por um acúmulo de coisas, como os
problemas da gravadora, um término de relacionamento, crise de idade. A
depressão é um buraco sem fim. Fumava maconha esporadicamente. Sempre fui
careta e já me achava criativa demais para usar qualquer tipo de substância.
Comecei com a cocaína bem mais velha, aos 38. Foi a derrocada. Fazia para sair
do efeito robótico dos remédios.
E como descobriu o
budismo?
Comecei os estudos em 1999, mas
resolvi aprofundar e ir para o Manjushri Institute na Inglaterra por dois anos
intercalados. Fiz um estudo interior que mexeu até com a minha voz. Meditação é
um milagre. Hoje em dia só tenho amigos monges. Não gosto de falar a palavra
cura, mas me sinto curada.
Tem medo do
ostracismo?
Voltei a pedido dos fãs. Não podia
simplesmente abandoná-los. Achei que seria bacana voltar a cantar e fazer o que
gosto, mas não tenho expectativa nenhuma quanto ao sucesso, porque, se eu
colocar toda minha expectativa no sucesso, eu caio novamente. Me basto de um
jeito que não preciso nem de homem e nem quero. Minha vida está tão boa, que
qualquer relacionamento pode atrapalhar. Estou na melhor fase da minha vida.
Alguma dica para as
pessoas que precisam sair dessa?
Primeiro é cortar todos os amigos
que usam drogas, buscar a ajuda da família, de um AA ou NA, e uma boa
psicanálise. Não existe inimigo do lado de fora, todos os demônios estão dentro
da gente.
Fonte: revistaepoca
Por: Bruno Astuto
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