Morre o pequeno/grande cantor Nelson Ned, de
66 anos de idade. Ele foi internado na tarde deste sábado (4) no Hospital
Regional de Cotia, em São Paulo. Segundo a assessoria da Secretaria Estadual de
Saúde, o artista foi acometido por pneumonia grave e faleceu neste domingo.
Em 2003, o cantor sofreu um acidente vascular
cerebral que comprometeu
sua parte vocal.
Nelson, vivia em São Paulo, sob a guarda e cuidados de Neuma, uma de suas
irmãs.
Primogênito dos 7 filhos de Nelson de Moura Pinto e
Ned d´Ávila Pinto, saiu de Ubá (MG) para tentar a vida no Rio de Janeiro aos 17
anos. Começou bem distante dos palcos, trabalhando em uma linha de montagem de
uma fábrica de chocolates. Cantou em boates paulistas e cariocas antes da
maioridade e era escondido embaixo do balcão das casas quando o Juizado de
Menores passava para fiscalizar.
Tempos depois, passou a ser figura recorrente no
programa do Chacrinha, que ele considerava o “pai de sua carreira artística”.
Foi na televisão que conquistou espaço e sucesso com o hit “Tudo passará”, uma
de suas primeiras músicas.
Fez apresentações inesquecíveis como os shows em
Carnegie Hall e no Madison Square Garden, ambos em Nova York.
Certa vez em uma entrevista, Nelson Ned, falou que
no exterior, ele sentia que era tratado com respeito e pouco preconceito. Aqui,
diz que foi estigmatizado por ser um anão que fazia do amor um sofrimento
musical. “Lá fora eu não tinha rosto, era só uma grande voz”, afirma.
Embora tenha sofrido o que hoje foi patenteado de
“bullying”, as chacotas e rótulos não o impediram de fazer sucesso com o
público feminino. Ao saber que o amigo e cantor Agnaldo Timóteo o considerava
“um anão tarado, terror das mulheres”, Ned dava gargalhadas e confirmava a
definição. “Elas queriam me carregar no colo, era uma coisa maternal. Viam-me
como uma teteia, como se eu fosse inofensivo”.
As aventuras de Nelson eram incontáveis, porém, os
amores verdadeiros ele resumia a três mulheres. A primeira paixão foi
Eliciane, filha de um gerente na fábrica de chocolates. Depois veio Marly, com
quem teve três filhos e, por fim, Cida.
Com 32 discos gravados em português e espanhol, ele
se considerava um poliglota. Dizia que, assim como os jogadores de futebol,
aprende a falar inglês, espanhol e italiano de tanto frequentar os EUA, a
Europa e América Latina. De tanto cantar fora do Brasil, ele acabava pegando
rapidamente o sotaque.
Sucessos inesqucívéis: Tudo passará, Meu jeito de
amar, Jesus está voltando, Penso em você , Meu jeito de amar, Eu sonhei que tu
estavas tão linda, Prelúdio à volta e tantos outros.
“Tenho
certeza de que fui um dos melhores cantores do mundo. Fiz muito sucesso aqui e
lá fora em uma época nada globalizada. Fui o primeiro artista brasileiro a
cantar no Canecão sozinho”. Nelson Ned.
Fonte pesquisada: G1
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Bjussss Rosélia Santos.