Desde o fim do ano passado, boa parte do
Brasil vem enfrentando uma forte onda de calor com termômetros que passam dos
30º C e sensações térmicas além dos 50º C. Regiões do Sudeste, inclusive,
chegaram a bater recordes nas temperaturas dos últimos 70 anos. De acordo com
especialistas, o calor que atrai as pessoas para praias e piscinas também pode
se tornar um grande vilão para a saúde.
O clínico Paulo Olzon, presidente da
Associação dos Médicos da Escola Paulista de Medicina, afirma que a
desidratação é a principal consequência do calor excessivo e, se não tratada
adequadamente, pode matar.
O calor excessivo pode matar, especialmente os
idosos que têm mais dificuldade de lidar com aumento da temperatura corporal e
de sentir sede. Se ele morar sozinho, o risco aumenta porque a desidratação
pode passar despercebida.
No verão de 2010, por exemplo, a onda de
calor chegou a provocar 32 óbitos em Santos, litoral paulista, em apenas dois
dias de fevereiro. Em julho passado, pesquisa da Escola de Higiene e Medicina
Tropical de Londres atribuiu ao calor entre 540 e 760 mortes ocorridas naquele
período na Grã-Bretanha.
A médica fisiologista e professora da Santa
Casa de São Paulo Cristiane Lopes ainda explica que o calor diminui a pressão
arterial, o que pode ocasionar tonturas e desmaios.
Há também uma diminuição do fluxo de sangue
no cérebro. É por isso que, geralmente, as pessoas ficam mais indispostas no
calor. Quando o corpo está doente, ele manda todas as suas energias para
combater essa doença. Assim, o calor acaba fazendo com que o organismo fique
ainda mais enfraquecido.
Além das tonturas e desmaios, Olzon
acrescenta que as principais consequências da desidratação são náusea, confusão
mental, sonolência e arritmias cardíacas. Por isso, a primeira dica do
especialista para driblar o mal-estar é beber água sempre que sentir sede.
Não há uma quantidade recomendada por dia,
mas é importante prestar atenção no sinal do corpo, que é a sede. No caso de
idosos, é preciso ofertar o líquido com mais frequência.
Além da água para hidratar, o nutrólogo
Guilherme Moura, do Hospital Nossa Senhora das Graças, avisa que podem ser
consumidos leite, água de coco, isotônicos e sucos, mas não se deve ter como
base de hidratação bebidas alcoólicas ou refrigerantes com cafeína, pois eles
atuam como diuréticos.
No Estado de São Paulo, nos dias de tempo
seco há aumento de 30% na procura de serviço na rede pública. Segundo a
Secretaria de Saúde do Estado, a maior parte dos que buscam ajuda sofre
especialmente de desidratação e problemas respiratórios.
Segundo Olzon, o ar seco e a poluição também
prejudicam a saúde. Atrapalham o funcionamento respiratório, o que predispõe a
infecções dos brônquios e pulmões, causando pneumonia e sinusite. A dica nesta
situação é recorrer ao umidificador de ar.
As crianças abaixo de dois anos merecem
atenção redobrada, já que não têm autonomia para hidratar o corpo sozinhas,
explica o clínico. Já pessoas que trabalham na rua devem optar por roupas leves
e sempre carregar uma garrafinha de água.
Procure ficar em lugares arejados e, sempre
que possível, abrir as janelas do transporte público.
Uma das maneiras de aliviar o mal-estar é
“criar correntes de ar” nos ambientes, como por exemplo, usar ventiladores,
segundo sugestão da fisiologista.
Outra dica seria colocar uma toalha úmida em
contato com o corpo, porque assim o corpo perde calor e alivia essa sensação.
Fonte: wscom.com.br
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