9 de setembro de 2010

IDOSOS: AME-OS, NÃO OS DEIXEM

Rosélia Santos



































 

























  

 Muitas pessoas têm dificuldade em lidar com aqueles que durante toda a sua vida foram seus portos seguro, aqueles que durante toda a sua vida lhes deram carinho, amor, segurança, enfim, VIDA. Para algumas pessoas, “algumas pessoas”, não estou generalizando! Nossos idosos deixam de ser esse porto e tornam-se frágeis. É ai que os papéis são invertidos. Quem sempre cuidou de nós passa agora a precisar de cuidados em dose dupla, amor, carinho, atenção e o principal:  O RESPEITO. Como já falei anteriormente, para alguns, isso significa PROBLEMAS. Vem a obrigação e o que se percebe é que ninguém gosta de se sentir obrigado a nada, principalmente neste sentido. Talvez, pela necessidade de conciliar sua vida própria, a vida de quem tem muito pouco a oferecer. Lembre-se que estou falando de ‘ALGUNS’, certo?
Não me xinguem antes de terminar de ler o artigo, a não ser que você seja uma dessas pessoas. Se não, leia e passe adiante: se solidarize com essa causa. Acredito, que apesar de ter suas próprias vidas, há sim, como cuidar dos nossos velhinhos com todo o amor e o respeito que eles merecem.
Na realidade, essa atitude jamais deverá ser encarada como responsabilidade e sim, como um privilégio. Temos que aprender a exercitar diariamente a conjugação dos verbos AMAR, RETRIBUIR, RESPEITAR e outros mais.
A apatia daquela que era sempre tão atenta e esperta, o desânimo daquele que cumpria com suas tarefas de modo fácil surge e nós estávamos sempre tão ocupados, estudando, trabalhando, cuidando dos nossos filhos, do nosso marido, da nossa casa, da nossa vida. Enfim, nem sequer percebemos.
É preciso estar preparado: NOSSOS PAIS ENVELHECERAM. Porém, isso não quer dizer que temos que jogá-los de lado.
A terceira idade pode ser tranqüila cheia de cuidados dos filhos, netos, bisnetos e toda família. Você que tem idosos em casa, pode tornar a vida deles um pouco mais ativa. Com certeza, irão se assustar um pouco, pois diante da fraqueza da mente e conseqüentemente do corpo, ou mesmo por enfrentarem doenças da fase, como Parkinson e Alzheimer. Mas, nada disso impede que encaremos a realidade e passamos a dar mais importância a quem fez tanto por nós.
Quando despertamos para a velhice de nossos pais, já surge um monte de dúvidas: onde vão morar? Quem vai tomar conta no dia-a-dia? Com que dinheiro? Tudo isso deve ser discutido com os irmãos (se tiver) se não, é enfrentar sozinha mesmo, mas nunca abandonar. Com irmãos costuma ser difícil, pois, na maioria das vezes ninguém se prontifica, o que torna a conversa delicada. É preciso muito sentimento. Porém, a unificação de todos é de suma importância para que possam absorver as mesmas preocupações, sobre vários aspectos: saúde, qualidade de vida, medicamentos, vestuário, saldo bancário etc. Isso é fundamental, pois, feito dessa maneira evitará atritos na hora de dividir custos, tarefas e despesas.
Já vi casos em que foi preciso recorrer à justiça para conseguir ajuda dos irmãos, pois eles não se comprometiam por achar que a aposentadoria dos pais era suficiente para que a pessoa pagasse alguém para cuidar deles.
Não é somente isso que eles precisam. Isso é importante? Sem dúvida. Mas, não o principal. O correto é esclarecer tudo, o cuidado de toda família de forma justa com o idoso é muito raro. Isso já foi comprovado através de pesquisas. Se eles cuidaram de nós por grande parte de nossas vidas, porque pagar pessoas estranhas para cuidar deles? É admissível que se faça isso, mas quando não se tem outra alternativa.
Quem fica perto de uma pessoa idosa nos seus últimos anos vive uma fase interessante na vida. A limitação de tempo, pois ele torna-se cada dia mais dependente. Isso podemos encarar como uma inversão de papéis. Isto é, você deixou de ser filho e passou a ser pai e mãe ao mesmo tempo. Entendeu?
Algumas pessoas não entendem essa mudança e acabam sentindo raiva, porque acha que os idosos não colaboram. Por acaso, criança sabe o que faz numa certa fase da vida?
A diferença é que criança está desenvolvendo todas as suas funções em direção futura, enquanto que o idoso está regredindo todas as suas funções vitais.
A variação de humor das pessoas que estão perto do idoso também é uma humilhação para ele. Preparo emocional é importantíssimo, afinal ele não tem culpa de envelhecer e com o envelhecimento surgir as enfermidades.
Considere isso também e se doe mais um pouco, retribuindo o carinho e o amor do passado, transformando tudo isso em forma de gratidão. Se ele ainda tiver autonomia, respeite o desejo dele, não retire dele o que ele mais gosta de fazer. Ao contrário, observe com carinho e lhe dê forças. Outro ponto importante para quem cuida do idoso é não querer o controle de tudo, principalmente quando ele tem outros filhos. Peça ajuda, a responsabilidade deve ser de todos. O idoso não precisa só desses cuidados ele quer conversar, saber das novidades, quer companhia e não o isolamento. Isso não ajudará a mudar o estado dele. Buscar esse apoio não só vai ajudar a quem cuida do idoso como a ele próprio.

Não somos só responsáveis por nossos idosos, somos também abençoados. Sabe por quê? Existem pessoas que dariam tudo para ter uma mãe ou um pai para cuidar e não tiveram tempo para isso.
Minha mãe, por exemplo, se foi com apenas 53 anos de idade. Eu estou incluída nesta estatística. REFLITA. Portanto, sinta-se um(a) privilegiado(a). bjusssss

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