ATÉ TÚ BRUTOS? II

Rosélia Santos

Como prometi na postagem anterior, veja como superar a traição.

Todas as traições vem sempre procedidas de aviso prévio.

O que acontece na verdade é que muitas vezes não conseguimos enxergar o que está acontecendo debaixo de nosso nariz.

Primeiro quando se ama demais, vem a recusa. Isto é, ‘o que os olhos não vêem o coração não sente’. Assim, é preferível não vê. Não é mesmo?

Na realidade, isso depende de cada um. Quem tem coragem, parte logo para cima do parceiro, e mostra até os detalhes. Quem não tem, fica com a cabeça a mil, se perguntando como, porque isso aconteceu, porque ele fez isso, como ele teve coragem de se desfazer de um relacionamento completo (pelo menos para você), descartar-me, jogar fora anos de convivência como se fosse lixo...

Você sente-se como se fosse um objeto que foi trocado por outro mais novo ou menos usado. Com isso, vem a necessidade de fazer com que o outro fale a respeito: se foi bom, se foi ruim, se não pensou em você, se não pensou nos filhos, se beijou muito, se beijou pouco, quanto tempo durou, quantas vezes aconteceu e mais um monte de perguntas. Isso é considerado puramente normal.

Mas, será que vale a pena digerir tudo isso? O vazio que vem depois é pior, a sensação de fracasso dói muito mais. Pois, num momento como esse, o ato de ‘trair’ é deixado de lado e substituído pela sensação de ter sido trocada.  Vem a dor da alma, que não passa com nenhum medicamento, uma dor que vem de dentro e você se sente só, como se o amor existisse para todo mundo, menos para você.

Eu sei que é muito difícil sair de uma situação como essa. Principalmente, quando está acontecendo há muito tempo. Pois, o homem não costuma falar disso. É você que começa a perceber algo errado e perguntar a mesma coisa várias vezes e sempre obtendo respostas diferentes, uma mentira atrás da outra e começa uma bola de neve, que não tem mais fim...

Se você é do tipo segura, não fica muito tempo e se separa logo. Agora, se você for daquelas inertes, que se perguntam por que e fica esperando o trem passar, torna-se mais difícil.

Acredito que a dor e a decepção sejam as mesmas em ambos os casos. A maneira de encarar os sentimentos e a coragem, é que muda.

Fechar-se para o mundo, enfiar-se num buraco negro, imaginar que no mundo não existe mais ninguém, que o amor não é para você, não é a saída.

Realmente, esse tipo de amor não é nem para você nem para ninguém.

O verdadeiro amor é grande, completo, te faz rir e chorar de alegria, de felicidade. Esse é o verdadeiro amor.  

O que mais importa é ter força para levantar a cabeça e dizer não. Não, eu não mereço, não quero isso para mim. Não permita que alguém te diga o contrário. Jamais sinta-se inferior a ninguém. O homem certo está a sua espera em algum lugar, é questão de tempo. Acredite!  

Comece recuperando sua autoestima, que é o primeiro e o principal passo a ser dado. Seja o mais indiferente possível. Tente não manter nenhum tipo de contato. Pelo menos até sentir-se segura.

Alegria é fundamental. Tá difícil? Tente, mexa-se, caminhe, dance, procure as velhas amigas. Não vale desanimar. Resista.

Coloque os planos em prática. Faça algum curso que você queria fazer e não conseguia por vários motivos. Você irá conhecer pessoas novas e talvez você se identifique com essas novas amizades.

Fique FÊMEA. Valorize o que há de melhor em você. Reserve uma hora para se olhar no espelho. Analise e descubra cada parte do seu corpo, só assim, você vai aprender a valorizá-lo mais e mais. Saiba o que deve mostrar. Aprenda a amar o seu corpo do jeitinho que ele é. Essa valorização também é preciso ser feita de dentro para fora.

Presenteie a si mesma, com banhos longos, um passeio no shopping ou em outro lugar que lhe agrada. Procure fazer algo para si mesma.

Vire a página querida. Escreva um novo capítulo de sua própria vida. Tente ser feliz. E lembre-se tudo passa nesta terra. Ser feliz é o que importa. Bjuss....