7 de janeiro de 2011

JOÃO CABRAL DE MELO NETO

João Cabral de Melo Neto
Último grande poeta brasileiro do século 20, o personagem da carta enigmática passou os derradeiros seis anos de vida cego. ‘Escrever era um ato visual, um trabalho quase manual com a palavra. Impossível somente ouvi-la.’ Deprimido, morreu em outubro de 1999, no Rio de Janeiro, aos 79 anos.
Pensou o Brasil em rimas. Sua poética é baseada na linguagem rigorosa, direta, de ritmo impecável. Rejeitou a melosidade e dizia preferir o ‘seco’ por ser mais contundente. Valorizava a marcenaria das palavras; desmistificou a poesia como mero fruto da inspiração. ‘Não acredito em talento, acredito em trabalho.’
Nascido a 6 de janeiro de 1920 no Recife, passa a infância num engenho. Com recursos próprios, lança Pedra do Sono (1942). Seguem O Engenheiro (1945), Psicologia da Composição (1947), O Cão Sem Plumas (1950).
Deixou 18 livros de poesias e críticas. Diplomata, passa mais de 40 anos no exterior. A Espanha marca-lhe a obra. Fica amigo de Joan Miró, mestre da pintura moderna. Sevilha, que adota como segunda cidade natal, inspira-lhe Poemas Sevilhanos, editado em 1992 na Espanha.
Em 1950, lê que a expectativa de vida dos hindus era de 29 anos e a dos pernambucanos 28. Temas sociais passam a preocupá-lo. Escreve Morte e Vida Severina (1956), seu texto mais conhecido, encenado com músicas de Chico Buarque em 1966.
Dois anos depois, é eleito para a Academia Brasileira de Letras.
Premiadíssimo, só lhe faltou o Nobel de Literatura. Que merecia.


FONTE:Aqui!

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