1 de março de 2011

ENDOMETRIOSE

Como o próprio nome já diz o meu Espaço é Único. Por isso, aqui você encontra de tudo um pouco. É só entrar, sentar e ficar à vontade.
Atendendo a um email de uma leitora, vou falar um pouco de um assunto que foi citado num dos capítulos da novela ‘Insensato Coração’, da Rede Globo: A ENDOMETRIOSE.
ANTES, QUERO ESCLARECER PARA MEUS LEITORES E LEITORAS, QUE QUANDO ALGUÉM ME MANDA UM EMAIL SUGERINDO UMA MATÉRIA TÃO COMPLEXA COMO ESTA, NÃO JOGO PALAVRAS AO VENTO. VOU PESQUISAR SOBRE O ASSUNTO, COM MUITO CUIDADO E RESPONSABILIDADE. NÃO TENHO RESPOSTAS PARA CERTOS ASSUNTOS QUE SÓ ESPECIALISTAS PODEM RESPONDER. ISSO É UM FATO. PORTANTO, APENAS REPASSO O CONHECIMENTO QUE OBTIVE AO LONGO DE 15 ANOS, ATUANDO EM ENFERMAGEM AMBULATÓRIAL, SOMANDO COM ALGUMAS PESQUISAS. E, REAFIRMO COM MUITA RESPONSABILIDADE ME CREDÊNCIO A TAL PONTO. POR ISSO, ORIENTO SEMPRE A VOCÊS A LER A MATÉRIA E AO SE IDENTIFICAR COM O TEMA, PROCURE ORIENTAÇÃO ESPECIALIZADA.

A  endometriose é um problema que atinge 6 a 7% das mulheres em idade reprodutiva. Isto significa que o ‘Endométrio’, que é o tecido que reveste o interior do útero e que se renova mensalmente por nossa menstruação, torna-se também presente fora da cavidade uterina, ou seja, em outras partes do útero como trompas, entre a vagina e o reto, nas paredes da pelve, intestinos, ovarios e bexiga.
Muitas vezes, a presença destes tecidos é tão grande que chega a transformar-se em quistos (cistos), que se alojam nos ovários da mulher.
A endometriose, é uma doença exclusiva das mulheres, durante a época em que a atividade hormonal é normal.
Apesar de ser descrita há tempos, a endometriose é pouco conhecida. Talvez, por acometer menos de 10% das mulheres. Contudo, ao longos desses últimos anos, muitos investigadores fascinados pelo tema, buscam respostas e tentam melhor entender essa doença cheia de mistérios e polêmicas. Já foram registrados grandes avanços, porém, insuficientes diante de tal doença.
Um dos sintomas principais da ‘ENDOMETRIOSE’ é a dor. Essa doença é dolorosa mesmo. São dores semelhantes às cólicas. Durante o período menstrual, os focos da endometriose sangram e o sangue não tem para onde ir, causando, assim, inflamação. E, como toda inflamação é sinônimo de dor, surgem dores generalizadas na região pélvica e cólicas fortes, seguidas de hemorragias durante o período menstrual. Sentir dores durante as relações sexuais, mas precisamente no fundo da vagina é muito comum nas mulheres com esse problema.
Se a endometriose estiver na bexiga ou no intestino, pode ocorrer sintomas urinários e intestinais, ou seja, a portadora pode sentir dores ao urinar e diarréias. É comum, mulheres acometidas por essa doença, apresentarem cansaço, alteração do sono, do humor, depressão e dores na região lombar.
Nem sempre esses sintomas se relacionam com o período menstrual, podem também ser imprevisível, variando de específicos a vagos, às vezes, moderado, outras vezes, muito acentuados. A endometriose pode tambem sumir por algum tempo e voltar de maneira espontanêa. E, isso, varia de mulher para mulher. 
Em algumas mulheres, os sintomas citados não existem e elas apenas não conseguem engravidar. Pesquisas apotam que 40% das mulheres com endometriose tem tal dificuldade. No entanto, não está comprovado que a endometriose é sinônimo de infertilidade.
Quanto às causas, existem teorias diversas, umas apontando para um mal genético e outras para uma doença do sistema de defesa do nosso próprio corpo.
Vale salientar que a ENDOMETRIOSE não é uma doença transmissível e quanto ao seu surgimento, não há prevenção.
Nas minhas pesquisas, não encontrei nada de concreto quanto ao surgimento da endometriose. Apenas, duas prováveis teorias para o desenvolvimento da mesma. Uma teoria afirma que, provalvelmente são pedaços de tecidos que revestem o útero e se desprendem do mesmo,  migrando para o exterior de sua cavidade pelas tubas uterinas. E, outra afirma que, áreas de células do exterior do útero, se transformam em areas de endometriose devido a influencia das oscilações de hormonios durante a menstruação.
Vamos saber um pouco sobre o diagnóstico!
O mesmo é feito inicialmente através da história clínica da mulher, seguido de exames ginecológicos, ultrassom endovaginal (essa ultrassom é feita durante o período menstrual) e exames laboratoriais.
Imagem da Laparascopia
Alguns especialistas já partem logo para um exame chamado ‘laparoscopia’, que permite que o médico tenha uma visão da parte externa do útero e dos órgãos vizinhos. Com este procedimento, é possivel detectar alterações como cistos e outras.  
Como não se tem uma causa clara para tal problema, vários tratamentos tem sido apresentados. Porém, ainda não existe cura. Apenas os casos considerados graves pelos especialistam são amenizados com hormônios para bloquear a menstruação e o problema. Anticoncepcionais são usados para reduzir os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Já para aquelas mulheres que desejam uma gravidez, os médicos recomendam o tratamento cirúrgico. Esse procedimento é feito atraves da laparoscopia, como já falei antes. Os coágulos podem ser retirados e as lesões podem ser vaporizadas com o uso do laser.
É normal, antes de ser diagnósticado o problema, a mulher se sentir muito deprimida, sozinha, desamparada, frustada e sem libido. Esse estado emocional só faz com que a doença piore e quanto mais a doença avança, o quadro emocional se agrava.
Bom, queridas... Esse é o resultado de minhas pesquisas para vocês terem uma pequena noção sobre o tema. Espero ter ajudado de alguma forma.
Muitas mulheres desconhecem o assunto e sofrem em silêncio, por medo ou por vergonha, porque toda vez que procura ajuda médica, o diagnóstico é o mesmo: ‘Cólicas menstruais’ e o problema vai se agravando.
Portanto, na sua próxima visita a seu genicologista, deixe o medo e a vergonha de lado e exponha suas dúvidas a respeito.
Quero ressaltar para vocês que só um bom especialista pode esclarecer todas suas dúvidas sobre o assunto. Por isso, converse com o seu médico.
Lembre-se que cada caso é um caso e só o seu médico vai decidir qual o melhor tratamento para você. Isso será uma decisão conjunta entre você e o seu ginecologista.  Bjusssss

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