O “estupro corretivo”, uma prática horrenda de estuprar lésbicas para “curar” a sua homossexualidade, se tornou uma crise na África do Sul.
Millicent Gaika foi atada, estrangulada, torturada e estuprada durante cinco horas por um homem que dizia estar “curando-a” do lesbianismo.
Infelizmente Millicent não é a única. Este crime horrendo é recorrente na África do Sul, onde as lésbicas vivem aterrorizadas com ameaças de ataque. O mais triste é que jamais alguém foi condenado por “estupro corretivo”.
Ativistas sul-africanas corajosas estão arriscando suas vidas para garantir que o caso de Millicent desperte mudanças. O seu apelo para o Ministro da Justiça repercutiu tanto que conquistou 140,000 assinaturas, forçando o ministro a responder ao caso em rede nacional.
Diversas mulheres homossexuais estão sendo arrancadas das ruas e sofrendo estupros “corretivos”, denunciou a TV ‘Sky News’. As mulheres, segundo a emissora, sentem medo de sair e viverem suas vidas.
Todas as entrevistadas afirmam que reconhecem pelo menos, uma pessoa que já foi tirada da rua e estuprada porque era lésbica.
Funeka Soliddat outra vítima deste hediondo crime, disse que foi atacada duas vezes. A mulher contou que homens cobriram o rosto com capuz e a estupraram. Segundo a vítima, o que a espantou ainda mais foi a atitude da polícia. As autoridades não teriam dado importância quando a mulher foi registrar o crime e a humilharam, não finalizando o registro de ocorrência.
Funeka faz parte do grupo de mulheres que falou sobre o “estupro corretivo” à “Sky News”.
Desire Dudu confessou que a mulher que se assume ser homossexual corre risco de morte.
Lamentavelmente, em pleno século XXI, somos obrigados a conviver com esses atos de violência contra a mulher, que afetam a dignidade da pessoa humana e que se configuram como uma afronta aos direitos humanos. Rosélia Santos
Fonte: Jornal Altiplano - ano VIII, João Pessoa PB, fevereiro de 2011
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