7 de setembro de 2011

DIAS ROUBADOS

Rosélia Santos


Nos últimos dez anos o número de idosos com AIDS dobrou. O vírus HIV está com cara nova.
Após trinta anos de sua descoberta, muitas mudanças aconteceram. Entre essa mudança, a que mais impressiona, é o aumento de pessoas idosas infectadas pelo vírus.
Essas pessoas acreditam que estão fora do grupo de risco e acham que a AIDS é uma doença de pessoas jovens. E, ao descobrirem que estão contaminados, preferem ficar em silêncio. A vergonha fala mais alto e muitos cultivam esse silêncio até a morte. Somente após sua morte, a família fica sabendo que os mesmos teriam contraído a AIDS.
As drogas que devolvem a vida sexual à terceira idade estimulam o sexo sem cuidados. Por acreditarem que estão fora do grupo de risco estas pessoas não se protegem.
Para esses idosos, ter que conviver com isso é reaprender a se relacionar e, conviver com a dor e a vergonha de ter sido contaminado.
Os remédios que têm como apelido azulzinho, abriram as portas e devolveram a vida sexual a esse grupo, em contrapartida, acabaram trazendo consigo riscos para os mesmos. Tal medicação eleva o encorajamento a ter mais disposição para as relações sexuais, estimulando a prática do sexo sem o devido cuidado pelos mesmos.
Além da degradação de ter que lidar com vários tipos de problemas, em decorrência da própria idade, o que é mais doloroso para essas pessoas é ter sido contaminada por seu próprio parceiro ou parceira. Para cada idade, a certeza da morte é algo doloroso. E a certeza de não poder aproveitar a vida a ter os seus últimos momentos, também é algo que causa dor.
A melhor forma de evitar problemas como esses é a prevenção, é ter a consciência de que em qualquer idade a vida deve ser vivida com responsabilidade. Prevenir ainda é o melhor remédio!

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