Desde o dia 21 de fevereiro deste ano o Serviço Social da cidade de Extrema, no sul de Minas Gerais, tem um desafio nas mãos: identificar a idosa que foi abandonada por um homem no estacionamento do Hospital e Maternidade São Lucas, e está agora sob cuidados na Fundação Geriátrica de Antônio Pascoal, em Cambuí, a 56 km do município.
Segundo Giovanna Lemos Sarto, assistente social em Extrema, a idosa se identificou como Eva da Silva e disse ter 90 anos. Ela foi levada ao hospital durante a madrugada da terça-feira de Carnaval pelo homem, que disse a testemunhas que iria ao banheiro, mas nunca mais voltou. Ele seria filho de Eva, segundo ela mesma teria relatado a funcionários do centro médico.
Sarto confirmou que a senhora foi deixada no local sem qualquer documento e não há informações que comprovem a identidade, idade e nem sua cidade de origem da mulher.
Jainy Alvarenga Rosa, funcionária do Hospital e Maternidade São Lucas, conta que Eva ficou internada ali por duas semanas e depois foi transferida para a Fundação Geriátrica de Antônio Pascoal, na cidade vizinha. "Ela estava muito judiada, suja e com piolhos, mas sem nenhum problema grave de saúde".
Camila Espinar, auxiliar de enfermagem da instituição onde Eva hoje se encontra, é uma das enfermeiras responsáveis pelos cuidados dispensados à idosa, e diz que ela é tranquila, come bem e anda bastante mas, às vezes, é contraditória. "É meio confusa, não fala coisa com coisa", afirmou.
Aos funcionários do hospital, Eva também diz que morava na Lapa, bairro na zona oeste de São Paulo, mas não costuma falar da família, por exemplo. "Quando fala a respeito, diz apenas que não quer voltar para o filho porque ele e a esposa a maltratavam. Na verdade acredito que ela sabe das coisas, mas não quer falar por medo", comentou Giovanna Sarto.
Até o momento nenhum parente se pronunciou. Caso ninguém reclame o desaparecimento da idosa e a investigação do Ministério Público e da Polícia Civil de Extrema seja inconclusiva, a promotoria entrará com um pedido de nova identidade e, após aprovação, outra certidão de nascimento será emitida, com as informações que a idosa seja capaz de fornecer.
Esta reportagem foi enviada pela internauta Aline Eusébio, de Extrema (MG), para o portal "Terra". Estou repassando. E, ao mesmo tempo pensando... Que tipo de filho é esse? Monstro...
Fonte:http://noticias.terra.com.br/
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