Um dispositivo apelidado de “botão do pânico”
deverá ser a nova arma de mulheres do Espírito Santo contra ex-parceiros
agressores. O Estado tem a maior taxa de assassinatos de mulheres do país o
dobro da média nacional.
Com cerca de cinco centímetros e um chip
interno igual aos de celulares, o aparelho poderá ser levado na bolsa para,
quando acionado, enviar uma mensagem à polícia e à Justiça alertando, por
exemplo, a aproximação de um potencial agressor.
Caberá à própria mulher apertar o botão em
situações que considerar de perigo. A mensagem dará à polícia, pelo sistema
GPS, as coordenadas de onde ela está. Não há aparelho semelhante em outros
Estados.
O botão será lançado em 4 de março pelo
Tribunal de Justiça capixaba, que mantém uma coordenadoria específica para
tratar de casos de violência doméstica.
O público-alvo são as mulheres já protegidas
por medidas judiciais, previstas na Lei Maria da Penha, como as que determinam
que o homem saia do lar ou mantenha uma distância mínima delas.
Nos últimos cinco anos, a Justiça do Estado
concedeu 13,6 mil medidas protetivas a mulheres que se queixaram de agressões
ou ameaças.
Segundo o Mapa da Violência 2012, estudo
feito em todo o país a partir de dados de homicídios computados pelo SUS
(Sistema Único de Saúde), o Espírito Santo é o Estado com a maior taxa de
assassinatos de mulheres: 9,8 casos para cada 100 mil mulheres. A média no
Brasil é de 4,6 homicídios por 100 mil.
“A Lei Maria da Penha é boa, mas costumo
dizer que por um pequeno cochilo do legislador faltou [prever] a fiscalização
[do cumprimento] das medidas protetivas”, afirma a juíza Hermínia Azoury,
responsável pela coordenadoria de violência doméstica.
“O juiz determina ao agressor: você não pode
chegar a menos de 500 metros da mulher. Mas o juiz vai fiscalizar? Ou o
promotor vai? É inviável, tem que ter um mecanismo”, diz a juíza.
O aparelho é fabricado na China e, segundo o
TJ, cada unidade custará até R$ 80 para ser importada.
Mesmo antes do lançamento, a ideia já causa
polêmica. A Folha apurou que a cúpula da Secretaria Estadual de Segurança
Pública teme que seja impraticável caso muitas mulheres apertem o botão ao
mesmo tempo, o que congestionaria o trabalho da polícia.
Para a professora da UFES (Universidade
Federal do Espírito Santo) Vanda Valadão, do Núcleo de Estudos da Violência,
essa é “uma medida positiva”, desde que “equacionada a questão do efetivo
policial” para esse fim.
OPINIÃO DA BLOGUEIRA
Eu sempre bati nesta Tecla “FALTA ALGUMA
COISA PARA COMPLETAR A LEI MARIA DA PENHA”. Acho que era exatamente isso ai. Tenho
plena certeza que isso vai ajudar muitas mulheres, contudo, não podemos nos
conformar que esse procedimento seja implantado em apenas um estado. Porque não
no Brasil inteiro? Por isso, a partir de hoje estarei lutando nas Redes Sociais
neste sentido. Preciso do apoio de todos.
Fonte: folha.uol.com.br/
Reynaldo Turollo
jr.
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