No ar em 172 países, com seu programa de TV
de cirurgias plásticas, o brasileiro Roberto Miguel Rey Júnior, o Dr. Rey, diz que fatura US$ 100 milhões por ano com
produtos licenciados, cirurgias e apresentações na TV. Mora numa mansão
avaliada em US$ 6 milhões em Beverly Hills e acaba de comprar um apartamento no
bairro nobre do Itaim, em São Paulo. Filiou-se ao PSC (Partido Social Cristão),
o mesmo do pastor Marco Feliciano, que pretende lançá-lo a deputado federal no
ano que vem. A ÉPOCA, ele falou
da nova carreira.
ÉPOCA –Qual será sua plataforma eleitoral?
Dr. Rey – Sou uma espécie de embaixador do
Brasil, como Gisele Bündchen e Anderson Silva. Quero mostrar que o brasileiro
não é uma piada. É inacreditável que menos de 9% do PIB brasileiro vá para a
saúde. Meu governo ria metade Obama, pelo lado social, e metade Ronald
Reagan, pelo econômico. Venho da classe D, e meu barraco não tinha
eletricidade. O brasileiro só rouba porque está desesperado, assim como eu
fazia nos mercados paulistas. Se estivesse no Brasil, estaria na cadeia.
ÉPOCA – Vai abandonar a medicina e sua carreira na
TV?
Dr. Rey – Minha inspiração foi o Silvio
Santos. Precisei da mídia para ser conhecido. As riquinhas pagam meu trabalho
humanitário. A cada seio que faço nelas, consigo fazer três correções de lábios
leporinos em comunidades carentes. ‘Roubo’ das riquinhas e levo para os pobres.
Nasci para elevar o Brasil a Primeiro Mundo. Meu sonho era ser candidato nos
Estados Unidos, porque o latino é muito maltratado por aqui. Me falaram para
esquecer os gringos, porque o país está em colapso econômico e moral. Então,
vou para o Brasil, que é o país do futuro.
ÉPOCA – Acha que seria eleito?
Dr. Rey – Sei que a mulher brasileira me
apoia. Mas o homem vive numa sociedade machista e não está acostumado com o meu
jeito suave. Não sou gay, mas tenho um lado feminino.
ÉPOCA – Por que o PSC?
Dr. Rey – É um partido que não julga. Sou
mórmon, metade gringo, tenho um jeito diferente, e eles me aceitaram. Além de
tudo, é um partido que não tem vergonha de Deus. Não sou responsável pelas
pessoas que estão no partido. Respeito o Feliciano, mas ele é ele – e eu sou
eu.
Fonte:revistaepoca
Bruno Astuto
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