Os diários perdidos de Alfred Rosenberg, um
criminoso de guerra nazista que defendeu a aniquilação de seis milhões de
judeus, foram achados nos Estados Unidos, anunciaram nesta quinta-feira (13)
funcionários da imigração e autoridades do Museu Nacional do Holocausto em
Washington.
Os escritos do cérebro do antissemitismo e
confidente de Adolf Hitler, que não eram vistos desde o processo de Rosenberg
nos Julgamentos de Nuremberg por crimes de guerra e de sua execução em 1946,
foram apresentados nesta quinta-feira em uma coletiva de imprensa em
Wilmington, Delaware.
As autoridades do Delaware receberam em
novembro passado uma informação de um especialista em arte que trabalhava para
o Museu do Holocausto em Washington que permitiu localizar os escritos de
Rosenberg, um documento de 400 páginas de anotações a mão elaborado entre 1934
e 1944. “Contar com material que documenta as ações dos nazistas contra suas
vítimas é crucial para ajudar os especialistas a entender como e por que
aconteceu o Holocausto”, explicou Sarah Bloomfield, diretora do Museu Nacional
do Holocausto em Washington, dono de uma das maiores coleções de arquivos desse
período.
Os diários haviam sido recolhidos por Robert
Kempner, um advogado alemão que participou do julgamento dos criminosos de
guerra em Nuremberg, ao final da Segunda Guerra Mundial. Kempner foi morar nos
Estados Unidos e os manteve consigo até morrer em 1993. Desde então, e até
novembro de 2012, os escritos ficaram desaparecidos.
O conteúdo do documento deve proporcionar
novos dados sobre as reuniões e discussões entre Rosenberg e outros
funcionários do regime nazista, como Hermann Goring, comandante da Força Aérea
alemã, e Heinrich Himmler, o teórico da 'Solução Final', responsável pela
execução de seis milhões de pessoas.
Rosenberg nasceu em 12 de janeiro de 1893 e
foi enforcado em 16 de outubro de 1946. Curiosamente, Goring, que nasceu no
mesmo dia que Rosenberg, suicidou-se um dia antes da morte do colega.
Acredita-se que Rosenberg, uma figura
importante no desenvolvimento das ideias sobre a superioridade da “raça ariana”,
introduziu a Goring essas teorias, surgidas em um discurso de Hitler no início
dos anos 1920.
G1.com
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