O estudante goiano Hector Ângelo Melo Briet de
Almeida, de 11 anos, tem no currículo uma produção cultural de deixar muito
adulto com inveja. O menino superou o bullying que sofria na escola por não
gostar de futebol, e hoje tem quatro livros infantis publicados, escreveu o
roteiro de uma novela e está com outro em andamento, compôs uma música,
atualiza um blog, desenha e até deu uma palestra para adultos de um curso de
formação de lideranças. Mas ele quer mais e sonha com uma carreira de autor de
novelas e roteirista de cinema. “Quero ser o primeiro brasileiro a ganhar um
Oscar”, afirma.
Apesar da pouca idade, os folhetins escritos por
ele trazem temas bastante maduros. Em “Celebridade - Um caso de polícia”, a
personagem principal é uma atriz que sonha acabar com a carreira de uma colega
de profissão. Já em “Histórias da Vida”, Lara, a personagem principal, é a
editora de uma revista de moda que tenta conciliar o trabalho com os vários
problemas familiares. Entre eles estão casos de bullying, câncer e a rebeldia
de uma filha que insiste em se casar com um criminoso.
“Temos um orgulho muito grande dele. Sabemos o
quanto é complicado seguir o caminho da cultura no Brasil, mas vamos apoiá-lo
sempre. Ele é um talento nato e todos os dias está com um projeto novo”,
derrete-se Isadora Soares de Melo, mãe do garoto.
A primeira obra de Hector foi criada quando ele
ainda tinha 7 anos. Com a ajuda dos pais, que são publicitários, ele lançou “A
Girafa que foi ao espaço”. A paixão pelos livros veio desde cedo e aumentou
bastante de tamanho quando o garoto foi alfabetizado. “Sempre gostei de contar
histórias e desenhar. Aí, quando aprendi a ler e escrever, resolver fazer o
livro. Fiz da girafa porque é meu animal preferido”, conta ele.
Depois de ilustrar e escrever o primeiro livro, a
produção nunca mais parou. Logo em seguida vieram outros dois títulos: “Maricota
à procura de sapatos e Transformação de Joca”. Porém, o que o pequeno autor
considera com sua obra prima é a sua última publicação. Com “4 Stars - Um
Fenômeno Pop”, o trabalho de Hector começou a ser reconhecido.
O livro conta a história de quatro adolescentes
desde que se conheceram, formaram a banda que dá nome à obra, e por fim,
fizeram sucesso. Uma oficina de brinquedos de São Paulo comprou a ideia e
desenvolveu quatro bonecas criadas a partir dos desenhos feitos pelo garoto.
Após um contrato feito entre a empresa e a família, ficou acordado que elas
serão vendidas pela internet no site da loja. Além disso, o livro e as bonecas
serão lançados em uma livraria do Rio de Janeiro, no próximo dia 19. Depois, no
dia 24, vai a Brasília para participar da abertura da semana literária de uma
universidade.
Apesar da facilidade e gosto pela arte, a mãe de
Hector diz que o filho já sofreu bullying por conta de seu gosto pelos livros. “Pelo
fato de não gostar de futebol, ele era pouco participativo nas aulas de
educação física na escola. Isso gerou uma implicância de alguns colegas e até
mesmo agressões. Depois de o levarmos a uma psicóloga, ele conseguiu reverter a
situação e hoje se dá bem com todo mundo”, avalia.
Ele mora em Goiânia, com os pais, a avó materna e a
irmã mais velha, de 16 anos. E cursa o 6º ano do ensino fundamental, faz aulas
de teatro duas de vezes na semana. Religioso, o menino também frequenta as
aulas de catequese.
Outra paixão de Hector são os desenhos. A avó,
Valdisa Moura Soares, diz que o menino passa boa parte do tempo desenhando.
Como a produção era em larga escala, várias folhas acabavam amassando ou
estragando com o tempo. O garoto então teve a ideia de criar um “varal” para
pendurar e conservar todo o material.
“No início, ele queria colocá-lo dentro do quarto.
Mas aí vimos que ele não conseguiria nem andar lá e resolvemos instalá-lo no
corredor do apartamento. Além disso, quem vem nos visitar também pode
acompanhar o trabalho dele”, diz a avó Valdisa.
Fonte: G1
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