Donos de gatos
adoram acariciar seus bichanos com frequência, mas a recíproca pode não ser
exatamente essa. Em outras palavras: o carinho contínuo do dono pode ser um
tormento para o felino que não gosta do toque humano.
Isso é o que
aponta um estudo divulgado no periódico Physiology & Behavior, que
detectou que felinos tendem a liberar
hormônios relacionados à ansiedade quando aceitam carinho, mas não gostam
dele. Já aqueles que gostam de carinho não apresentaram
maiores níveis de estresse pelo contato humano. Uma pequena porcentagem dos
gatos não gosta de carinho e os pesquisadores entenderam que estes não recebem
toques humanos.
Para chegar à
descoberta, os pesquisadores analisaram o convívio de gatos em 60 lares,
levando em conta se os bichanos viviam sozinhos, em pares ou em grupos de 3 ou
4 gatos.
Seus donos
responderam a questionários relatando o tipo de humor do felino (“mandão”, “tímido”
ou “de fácil trato”), a resposta do animal a carinhos (“detesta”, “tolera” e “gosta”)
e coletaram fezes dos animais, que em análise podem revelar traços de hormônios
ligados ao estresse.
O estudo foi feita
por pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP em
São Paulo, com parceria da Universidade Lincoln, no Reino Unido, e
a Universidade de Viena, na Áustria.
Assim, os
pesquisadores relatam que, de 120 gatos analisados, alguns viviam em estado de
estresse, mas não foi possível avaliar o que motivava este estado. “Há gatos
estressados e não estressados igualmente distribuídos ao longo dos três grupos.
Portanto, o estilo de vida - sozinho ou em pequenos grupos (de até 4 gatos) -
não parece ser determinante no estado de estresse do gato. Então, eles
podem se adaptar bem a vida em grupos pequenos”, afirma a veterinária líder da
pesquisa, Daniela Ramos, da USP.
A convivência
felina se revelou desestressante para os animais contrariando a crença de que
gatos não gostam de dividir o espaço desde que cada gato tenha seu espaço na
casa.
“Os resultados
reforçam a importância de que o dono garanta a todos os bichos total controle
sobre sua área no ambiente”, diz, na divulgação do estudo, o pesquisador Daniel
Mills. “Portanto, quem tem vários gatos
deve procurar dar a eles a opção de dividir ou não o espaço, com áreas próprias
para beber água, comer e fazer as necessidades”.
UOL.com
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