O verão é a época
do ano em que mais estamos sujeitos a raios: 45% das ocorrências no Brasil são
nessa estação do ano, segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Anualmente, uma média de 133
pessoas morreram no país, nos últimos doze anos, em decorrência do fenômeno.
Com isso, vale a pena se informar melhor sobre essas descargas elétricas:
1. A diferença entre raios, relâmpagos
e trovões
Muita gente já
sabe essa resposta, mas não custa recapitular. Os raios são uma descarga
elétrica que ocorre entre as nuvens e o solo (ou entre uma nuvem e outra), em
decorrência da polarização das primeiras, por conta de uma tempestade, por
exemplo. O relâmpago é o clarão que a gente vê, devido à rápida movimentação
dos elétrons. Como eles se movem muito rápido, também se aquecem, gerando
barulho, no caso, trovão.
2. Vulcões e tempestades de areia
também podem gerar raios e relâmpagos
Durante a erupção
de um vulcão, as partículas entram em atrito e criam cargas elétricas. O mesmo
acontece com tempestades de areia e de neve, e até mesmo bombas termonucleares,
detonadas em solo. Essas cargas elétricas geram descargas, que costumam ser
menos intensas do que a de uma tempestade, mas ainda assim, podem gerar
relâmpagos e entrar em contato com o solo, criando raios.
3. O Brasil é o país onde caem mais
raios no mundo
Raios são mais
comuns em locais de clima tropical. A cidade que mais recebe raios no mundo é
Kifuka, na República Democrática do Congo. Mas, dada a extensão territorial do
Brasil, é nosso país o campeão mundial na incidência de raios: são cerca de
57,8 milhões de ocorrências por ano. Para piorar, o aquecimento global e a
urbanização contribuem para aumentar o fenômeno. Os cientistas do ELAT já
verificaram o aumento das ocorrências nas grandes cidades, em relação às
últimas décadas.
4. A temperatura de um relâmpago
equivale a 5 vezes a temperatura solar
A temperatura de
um relâmpago chega até 30 mil graus Celsius, enquanto a temperatura da
superfície solar é de cerca de 5.800 graus. É o aquecimento do ar, de uma forma
tão abrupta, que gera o barulho dos trovões.
5. Um raio pode cair mais de uma vez no
mesmo lugar
Apesar de a
expressão dizer o contrário, os raios de fato caem mais de uma vez no mesmo
lugar. Aliás, eles podem até cair repetidas vezes num ponto específico. Duvida?
Pois tome como exemplo o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que todos os anos
é atingido por uma média de 6 raios.
6. Como calcular a distância de um raio
com o som
O barulho do
trovão demora um tempo para chegar até nós, já que a velocidade da luz é bem
maior do que a do som. Para saber mais ou menos a que distância um raio está de
você, conte o tempo em segundos, do momento em que ver a luz do relâmpago até
quando ouvir o som do trovão. Divida esse número por três e o resultado será
aproximadamente a quantos quilômetros o raio caiu.
7. Como sobreviver à uma tempestade de
raios
A maior parte das
mortes causadas por raios não acontece quando o dito cujo atinge a cabeça da
pessoa, mas sim em decorrência da potência da descarga elétrica. Em locais
abertos, você estará muito exposto. O raio costuma cair num ponto mais alto,
onde as cargas positivas tendem a se acumular. No meio de um descampado, o
ponto mais alto é você. Ficar dentro (ou perto) d’água, no mar ou piscina,
durante uma tempestade, também é a pior das ideias. A água é condutora de
eletricidade e com isso as suas chances de ser atingido e morrer são grandes.
Uma simples tenda ou árvore pode até te proteger da chuva, mas certamente não
vai te proteger dos raios. Com isso, evite ficar embaixo de uma árvore, porque
além dela correr mais risco de ser atingida, ela também pode cair por conta da
chuva e vento.
Os lugares mais
seguros são dentro de casa ou de um prédio, desde que você fique longe das
janelas ou portas, e também de condutores de energia, como telefones com fio
(celular é seguro), canos e metais em geral, além de equipamentos
eletrodomésticos, como TV ou ar condicionado, ligados. Durante uma tempestade,
tire os aparelhos da tomada e fique longe do perigo até passar. Segundo o
ELAT, 15% das mortes decorrentes de raios ocorrem com as pessoas dentro de
casa.
Ficar dentro do
carro também é uma opção segura. Isso porque a estrutura metálica do carro
serve como isolante elétrico para quem está dentro. Mas se você estiver do lado
de fora de um carro ou perto de uma moto, a situação fica bem perigosa.
8. O que acontece se um raio atinge o
avião em que você está
Apesar da pouca
chance de isso acontecer, o mais provável é que aconteça com o avião o que
acontece com os carros. Ou seja: nada. A estrutura de metal da aeronave
funciona como uma blindagem para quem está dentro. Mas e as turbinas e tanques
de combustíveis? Bem, elas são protegidas com uma dupla camada de metal, para
garantir a segurança do voo. O momento mais vulnerável que o avião enfrenta é
durante pousos e decolagens, quando está em altitude abaixo de 1800 metros. Mas
não se preocupe (muito). Em geral, os aeroportos fecham em condições climáticas
adversas que podem comprometer a segurança dos passageiros.
Fonte:
super.abril.com
Luíza
Antunes
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